quinta-feira, 8 de julho de 2010

Dom Célio: 1ª carta com as 3 outras.

Paz plena...
No encontro do ENFRADES de 1999 tive uma rápida conversa com o Dom Célio de Oliveira Goulart no seminário, em Santos Dumont. Fiquei de enviar para ele algumas correspondências e que ele iria me dar algum auxílio.
Eis aqui a 1ª carta que enviei para ele com a 1 das outras três já escritas, que foram enviadas juntas:
Belo Horizonte, 07 de Julho de 1999
Caro amigo Dom Célio de Oliveira Goulart, muita paz e luz é o que lhe desejo. Que a “boa nova” anunciada por Jesus possa ser entendida e vivida por todos. Que a vivência de São Francisco desta “boa nova” nos sirva de exemplo para que também sejamos anunciadores da PAZ PLENA em toda a terra.
Dom Célio, como combinamos no dia 04/07/1999 em Santos Dumont, estou enviando-lhe 3 (três) das minhas cartas, escritas para registrar tudo aquilo que estou vivendo e descobrindo, que são:
1ª) A 3ª carta para o Frei Estanislau - 23/11/1992.
2ª) Carta para o Frei Patrício - 15/10/1994.
3ª) A 11ª carta para o Frei Basílio - 15/05/1999.
Como lhe disse, estas cartas e as outras tiveram também como objetivo a busca do diálogo com os meus ex-professores para que tudo ficasse o mais claro possível, após encontrarmos as incógnitas de tudo, desvendarmos todos os segredos e os mistérios, como também abrirmos todos os selos.
Espero seus comentários e observações.
Um grande abraço do amigo, irmão e companheiro.... Rosário Américo de Resende.
P. S.:
1ª – Carta:
Belo Horizonte, 23 de Novembro de 1992.
Frei Estanislau, saudações franciscanas... paz, luz, amor e liberdade para todos nós, pois só assim poderemos encontrar a VERDADE, que liberta e que explicará tudo... até os segredos mais profundos da criação.
Frei, como é bom escrever-lhe contando cada vez mais aquilo que está dentro de mim, secretamente guardado por mim e protegido por Deus-Pai-Mãe. O que realmente pode-se dizer que é nosso é aquilo que está arquivado em nossa mente... “no nosso eu profundo”, que é o nosso inconsciente individual. Podemos ter consciência ou não, mas é o TESOURO, que ocultamos no nosso campo (Mt 13,44) e ou na nossa mente.
Cada vez mais vou descobrindo-me dentro de mim e assim me compreendo cada vez mais, como também entendo mais a todos os outros nossos irmãos, que buscam o mesmo que busco: “O conhecimento pleno de nós mesmos e de DEUS”.
Como me confortou muito aquela sua observação, Frei Estanislau: “Claro que não podemos negar os fatos. A gente sente você plenamente normal”. Essa sua frase me deu e dá muita força para que eu vá em frente, pois se antes fui considerado desequilibrado ou mesmo doente mental, hoje já posso dizer que sou considerado normal e realmente muito bem... ou curado.
No início desse ano (1992), numa longa conversa com o Frei Basílio, repassando os acontecimentos ocorridos comigo em 1980 e outros (o Frei Basílio não abre mão de que estive doente, mas hoje também aceita que me curei), quando ele me disse mais ou menos assim: “Você falava tantas verdades naqueles dias, que nem você tinha capacidade de compreendê-las”. Aí respondi: “Eu queria ouvir isso de você era naqueles dias e não hoje”. Naqueles dias precisava ouvir isso do Basílio para meu apoio e ele iria me ajudar muito, hoje já tenho calma, controle emocional e conhecimento da situação.... No momento atual a aprovação ou reprovação dele não iria me influenciar em nada. Hoje sei quem sou, onde estou e porquê estou aqui. Mas, mesmo assim foi muito bom ouvir aquela afirmativa do meu irmão Frei Basílio, 12 anos depois, pois o que Deus planejou realmente acontecerá.
Frei Estanislau, quando nos encontramos em Pará de Minas em 1983 e lhe expus um pouco as minhas experiências, o Senhor me aconselhou a ler o livro de Jacques Loew: “Meu Deus em Quem Confio”, o qual comprei e li. Cheguei a concluir que o Senhor não tinha me entendido, pois o Jacques Loew foi ateu e lutou muito com ele mesmo para encontrar com Deus e eu sempre fui um fervoroso crente em Deus, só que, quando realmente encontrei com Deus, não mais encontrei os meus amigos, para eles eu era apenas um “louco” digno de compaixão e de muita pena mesmo.
Estava vivendo experiências místicas fantásticas e tornaram-se mais fantásticas ainda depois do nosso encontro de Pará de Minas, chegando ao nível máximo possível. Frei, já tentei explicar para o Senhor um pouco das minhas experiências místicas, mas o Senhor mesmo já me falou que não existe nada de sobrenaturalidade comigo, pois a parapsicologia explica tudo pela paranormalidade. Volto a insistir que para mim sobrenatural (sobre o natural) e paranormal (além do normal) são conceitos idênticos, que expressam as mesmas idéias, só que um foi criado pelos teólogos e o outro pelos parapsicólogos, tudo é fruto de estudo e desenvolvimento do conhecimento. Para mim até as experiências místicas com Deus são paranormais, pois não são normais e são sim muito anormais. Aqui está o nível máximo possível: o encontro com Deus, quando “nós atingimos o infinito ou infinito envolve o finito, sem eliminá-lo”.
Frei, compreender as experiências vividas por de Abraão, que ouviu, viu e recebeu orientações dos anjos e de Deus (Gn18); Moisés, que viu o fogo na sarça ardente, ouviu a voz de Deus do fogo e depois em várias circunstâncias (Ex 3); como as dos pais de Sansão, que viram e conversaram com um anjo (Jz 13); Samuel, que ainda como menino ouviu uma voz chamando-o dentro do Templo (ISm 3); Isaias, no momento em que recebeu a revelação da missão dele (Is 6); Elias, que sintonizou, conversou e viu Deus no monte Horeb (IRs 19); Maria de Nazaré e Zacarias, que receberam, a visita de anjos, conversaram com eles e souberam de acontecimentos futuros (Lc 1); como as dos apóstolos de Jesus, que O tiveram como mestre e que passaram pelas experiências da aparição do ressuscitado e do Pentecostes (At 2); Pedro, Tiago e João, que presenciaram a transfiguração de Jesus e ouviram a voz de Deus (Mt 17); Paulo de Tarso, que viu e ouviu Jesus em forma de luz no caminho de Damasco (At 9); Francisco de Assis, que ouviu a súplica do crucifixo (de Jesus) e teve anormalíssimas experiências místicas; Clara de Assis, que ouviu vozes e até viu o resultado de seus milagres; Joana d’Arc, que ouviu as vozes e recebeu orientações das vozes; Tereza d’Ávila, que ouviu e recebeu orientações por processos anormais (paranormais); só poderão ser completamente compreendidas e entendidas por quem também passou e viveu, passa e vive experiências semelhantes. Nenhuma experiência mística vivida por uma pessoa é igual a experiência vivida por outra, mesmo experiências vividas pela mesma pessoa não são repetições idênticas.... O campo místico está muito além do campo científico.
Frei, tive e tenho minhas experiências de vida, que para mim, são normais e entendo porque os outros não vivem as mesmas experiências, mas fui considerado anormal e até “doente” por muita gente, principalmente pelos estudiosos da “mente humana”: os psicólogos e psiquiatras, até também por muitos teólogos. Para estes foi muito mais fácil considerarem-me como doente do que procurarem entender realmente o que se passava comigo, já que o próprio Deus me escolheu para representá-Lo na atualidade. Apresentei-me como candidato e fui aprovado...
Meu pai, por muitas vezes, falou-me assim, quando o levava de carro aqui em Belo Horizonte a algum lugar determinado: “Não entendo como esses médicos podem dizer que você tem doença de cabeça, pois você dirige o carro aqui nesse trânsito e não acontece nenhum acidente e você vai onde é necessário, mesmo que você ainda nunca foi no lugar desejado”. Hoje posso dizer que venci mais esta batalha, que foi a de ser considerado como uma pessoa doente e incapaz: “Hoje sou considerado normal e completamente sadio”. A sua carta é uma prova do que estou falando.
Frei, seria muito bom para todos e principalmente para a aqueles, que buscam o caminho da PAZ e da VERDADE, se os “estudiosos da mente e os teólogos” aceitassem dialogar comigo para que pudessem analisar melhor o que aconteceu e acontece comigo. Com essa atitude a Verdade se tornaria mias clara, límpida e compreensível, pois todas as dúvidas seriam facilmente esclarecidas... Mas enquanto estou aqui, habitando um corpo de carne, julgam-me um anormal ou mesmo doente, e a maioria me oferece apenas o silêncio profundo como resposta. Mas sou teimoso e até chato mesmo, sou uma pedra no sapato de muita gente, por isso continuo escrevendo as minhas cartas para registrar e divulgar o máximo possível o que já descobri e tiro cópias xerox de todas. Isso faço porque a minha responsabilidade é para com todos e principalmente para com “Deus-Pai-Mãe Criador”. Aprendi a agir assim com o nosso mestre Jesus, que disse: “Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e consumar a sua obra. O meu Pai trabalha até agora e por isso eu também trabalho” (Jo 4,34 e 5,17).
Frei, depois, que eu não estiver mais aqui, muitos irão tentar me compreender, estudar tudo o que fiz e tentei fazer, mas aí será muito mais difícil... Uns irão até trabalhar para a minha canonização, já que senti e vivi na presença de Deus, falei com Deus e ouvi a voz de Deus. Veja o que aconteceu com Teilhard de Chardin e com muitos outros. O normal para os pesquisadores ou defensores da Verdade é só aceitarem uma “nova idéia ou uma nova visão de algo já pensado”, quando o defensor da tese já estiver em outra, livre das incompreensões e disputas comuns dessa vida. Não entendo como os representantes daquele que nos ensinou a “amar uns aos outros, a rezar pelos inimigos, a servir sempre, que lavou os pés dos apóstolos e nos ensinou a fazer o mesmo”, vêm de público no século XX dar orientações para pregar contra outros grupos religiosos, isso é defender uma guerra psicológica ou religiosa. Quem muito sofre com tudo isso são aquelas pessoas menos esclarecidas, que confiam e acreditam plenamente na hierarquia da Igreja Católica Apostólica Romana. Não pode-se aplicar a esses sucessores dos apóstolos nem aquela frase de Jesus: “Fazem o que eles dizem e não fazem o que eles fazem”, pois nãos se pode seguir nem o que eles ensinam ou dizem... já que pregam guerras psicológicas no campo religioso.
Eu mesmo, antes de 1980, julgava ser pecado ou algo pecaminoso entrar em alguma casa de oração que não fosse da Igreja Católica ou mesmo sentia estar pecando quando conversava com outras pessoas, que não seguiam o catolicismo, já que eram pessoas candidatas ao “Inferno” e Inferno para mim era eterno. Veja que ignorância e inocência era o meu modo de ver e entender as coisas de Deus. Frei, a responsabilidade de quem “prega a palavra de Deus” é muito grande.
Todos aqui vão bem e enviam-lhe muitas lembranças, a Malvina vai ler essa carta agora... e ela também envia-lhe um grande abraço.
Um grande abraço do ex-noviço, que sempre está em busca da PAZ PLENA e da VERDADE ABSOLUTA.... Rosário Américo de Resende.

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