terça-feira, 21 de julho de 2020

Doutrina Rosareana - 14º princípio.


O décimo quarto (14º) princípio da “Doutrina Rosareana” é:

“Todo SER ou Espírito criado evolui, como também todas as sociedades, pois estas são constituídas de SERES individuais.
No processo do aperfeiçoamento coletivo cada grupo pequeno, grande ou imenso vão criando, corrigindo e até eliminando suas leis. Para decidir qual ato ou ação é melhor para o aperfeiçoamento individual e coletivo torna-se necessário expandir o processo ou a ideia para todo o grupo e ver se é possível e bom ou não para todos e até para o grupo”.

Exemplos: O que é mais correto para cada sociedade com relação aos regimes de casamento: monogamia, poligamia ou poliandria? Os regimes de casamentos da poligamia e da poliandria não são possíveis para todos os membros dos dois sexos de uma sociedade, pois os nascimentos entre os dois sexos se aproximam de 50% para cada um, então o regime da monogamia é o mais perfeito.
Qual é o melhor sistema para os casamentos dos seres humanos: homossexual ou heterossexual? Se todos os membros de uma comunidade forem homossexuais a sociedade se extinguirá, pois não haverá mais reprodução, então o sistema heterossexual é o mais perfeito.


Doutrina Rosareana - 13º princípio.


O décimo terceiro (13º) princípio da “Doutrina Rosareana” é:

“Como todo SER ou Espírito foi, é ou será criado simples e ignorante, então ele irá sempre buscar o autoaperfeiçoamento e o autoconhecimento até alcançar a plenitude da Perfeição e da Verdade.
Na caminhada evolutiva cada SER ou Espírito sempre estará vivendo e convivendo com outros SERES ou Espíritos e assim são formadas as comunidades ou sociedades. Para que existe a harmonia entre todos os SERES são criadas leis específicas para cada sociedade. Todo aquele que desobedecer às leis existentes da sociedade terá que ser julgado conforme as mesmas leis. Cada julgamento deverá levar em conta o aspecto individual e único de cada SER, pois cada caso é um caso único”.

Este princípio tem como base os ensinamentos do Evangelho que estão nestes textos:
Mateus 5,4: “Bem-aventurados os mansos porque herdarão a terra”.
Mateus 5,26: “Em verdade te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo”.
Mateus 5,48:Portanto, deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”.
Mateus 18,34: “Assim, encolerizado, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse toda a sua dívida”.
Lucas 12,59: “Eu te digo, não sairás de lá antes de pagares o último centavo”.
João 3,11:Em verdade, em verdade, te digo: falamos do que sabemos e damos testemunho do que vimos, porém não acolheis o nosso testemunho".  
João 8,32: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. 
João 16,13: “Quando vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à verdade plena, pois não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas futuras”.

Doutrina Rosareana: 12º princípio.


O duodécimo (12º) princípio da "Doutrina Rosareana" é:

“Em todo ato executado procure sempre agir fazendo somas e ou divisões perfeitas. Só poderá participar das divisões quem antes participou da soma”.

Pondo em prática esta síntese pode-se dizer que todos os problemas da humanidade serão resolvidos já que todos os seres humanos passarão a agir com sabedoria e altruísmo.


2ª carta para o Jacques...


Eis uma carta que escrevi para falar sobre o caso do Sacrifício de Abraão e também expliquei atualmente em P. S. sobre o caso das mulheres bíblicas estéreis e um e.mail onde comento sobre a disputa dos espíritos de Ismael e Isaac antes da reencarnação deles.   

Belo Horizonte, 01 de Agosto de 1993.
Caro amigo e companheiro, Jacques. Que Deus nos ilumine para juntos colaborarmos com a descoberta e divulgação da VERADE verdadeira.
Que Deus, que é a fonte suprema de sabedoria e vida, nos dê força e coragem para pensarmos no já pensado e decifrarmos as incompletas e inexplicáveis interpretações bíblicas dos sábios do passado.
Jacques, muitos grandes e intocáveis “estudiosos do passado” criaram para nós um “terrível labirinto bíblico”, do qual dificilmente encontramos a saída com a cabeça erguida e com um amor verdadeiro para chegarmos no “Deus-Amor”. O meu intuito é descobrir e revelar a verdadeira Verdade com o auxílio, colaboração e união de todos. Não quero fazer polêmicas ou cismas, mas quero evitar discórdias e acabar com os cismas do passado e do presente. O cristianismo ou o catolicismo foi um grande cisma do judaísmo, que só veio trazer muitos dissabores para os dois lados. Para descobrirmos a VERDADE temos que procurá-la com muito afinco, interesse e amor; para essa conquista temos que manter profundos, francos e sinceros diálogos para reconhecer, entender os nossos próprios erros e ver, sentir e descobrir a Verdade dos outros. Quem julga que é o dono da Verdade, que só ele e o grupo dele sabe tudo e que os outros são ignorantes, hereges ou carismáticos..., não está apto para receber e colaborar com o “Messias” e nem para “ser o Messias”. Essa atitude é vaidosa, orgulhosa, ciumenta e contrária ao amor verdadeiro.
Com relação ao assunto da 1ª pergunta da 1ª carta julgo realmente que trata-se do “sacrifício de Abraão”, pois o Isaac era apenas a vítima a ser imolada ou a oferenda do sacrifício, como se pode ver: “Depois desses acontecimentos, sucedeu que Deus pôs Abraão à prova e lhe disse: “Abraão! Abraão!”. Ele respondeu: “Eis-me aqui!”. Deus disse: “Toma teu filho, teu único, que amas, Isaac, e vai à terra de Moriá, e lá o oferecerás em holocausto sobre uma montanha que eu te indicarei”. Abraão estendeu a mão e apanhou o cutelo para imolar seu filho. O anjo disse: “Não estendas a mão contra o menino! Não lhe faças nenhum mal! Agora sei que temes a Deus: tu não me recusaste teu filho, teu único” (Gn 22,1, 2, 10 e 12).
Nesses versículos fala-se muito claramente em “holocausto e em imolar o filho”, então fica muito claro mesmo que o objetivo era “matar ou sacrificar a Isaac com a morte” ou a tradução de “A Bíblia de Jerusalém” não é correta? Você diz que o versículo não fala em matar a Isaac”, mas fala em holocausto e imolar, que é um sacrifício feito com a morte da oferenda ou vítima.
No versículo 22,10 fala-se em menino e você afirma que Isaac tinha 37 anos no momento desse sacrifício. Qual é a fonte dessa informação? Outra ideia com a qual não concordo é com relação ao “temor a Deus ou de Deus”, pois na relação entre Aquele que realmente ama, que é a fonte suprema do amor para com o ser amado não pode existir “temor”, mas só amor e só assim haverá uma pura e real convivência.
No meu atual modo de pensar vejo nesse acontecimento: “O Sacrifício de Abraão (ou Isaac)” (Gn 22,1 a 14) uma luta ou disputa entre anjos de guarda e quando existe luta vence o mais forte e mais sábio. Temos aqui uma “fenomenal disputa entre anjos de guarda”, pois cada um é o responsável pelo sucesso ou pela vitória de seu protegido e nessa luta cada um utiliza-se de seus conhecimentos ou de suas armas. O anjo de guarda de Ismael, que foi expulso com a mãe Agar por Abraão por causa do ciúme de Sara (Gn 21,8 a 21), tomou a decisão de eliminar a Isaac pelas próprias mãos de Abraão e, se conseguisse êxito no seu intento, Abraão chamaria Ismael de volta. Para executar o seu plano não hesitou em aproximar de Abraão como se fosse o próprio Deus (fato que muitos ainda acreditam piamente) e fez o pedido do sacrifício, cuja a oferta ou vítima seria o próprio Isaac (Gn 22,1 e 2). Abraão com sua atitude, até infantil, e em sua cega obediência foi enganado e ludibriado. Mas como o Deus verdadeiro deu e dá plena liberdade a todos, por sua vez o anjo de guarda de Isaac também agiu e efetuou a defesa de Isaac, protegendo-o, como também arranjou um cordeiro para ser imolado em lugar do filho de Abraão.
Abraão foi ingênuo em obedecer cegamente ao primeiro pedido e os “teólogos e exegetas bíblicos tentam nos explicar tudo defendendo a atitude de Abraão como um ato de obediência e temor a Deus”. (Hoje isso é crime, magia negra e caso de polícia). “Deus-Pai-Mãe-Amor-Criador” nunca exige de nós obediência cega e nunca nos causa temor, já que Ele próprio nos deu plena liberdade e tem Amor e Vida em plenitude.
Com relação a 2ª resposta sua, comento: Você escreveu que “cada praga é para cobrir a cada aflição que os judeus passaram no Egito”. Dentro desse raciocínio afirmo que “as pragas foram então uma vingança e cobrança” e digo que quem é perfeito não se vinga e nunca se ofende. Vendo Deus dessa forma apresentada por você, Ele seria um grande sádico e tirano, pois ainda endureceu o coração do Faraó para que a vingança fosse mais cruel. O “Perfeito” ama a todos e só quem não é perfeito poderá amar a um e odiar a outro (ou mesmo vingar de outro).
Pelo conhecimento do século XX chega-se com relação a 1ª pergunta o que já expus: “A luta entre os anjos de guarda ou a luta entre os espíritos protetores ou mentores de cada grupo”. Neste episódio a atitude de Abraão foi muito infantil.
Com relação às pragas contra o Egito já digo: “Hoje no século XX tudo o que se lê e compara com as pragas contra o Egito (Ex 7 a 11) pode ser comparado ou tido como obra de magia negra e caso de polícia. Hoje todos os “trabalhos espirituais”, que causam mortes, destruições, calamidades, mal-estar ou mesmo terror ou medo para as pessoas são trabalhos de magia negra, e, nossas leis civis, ainda imperfeitas, condenam a todos como coisas erradas. Para mim qualquer tipo de sofrimento mostra imperfeições e “Deus”, o pleno de Amor, nunca iria utilizar de imperfeições para mostrar a perfeição dEle, isso seria e é um contrassenso. Deus não precisa das nossas relatividades. O que quero dizer é que: “Deus-Amor-Perfeito utiliza dos erros das criaturas ou mesmo dos “espíritos” para revelar a grande sabedoria e o grande amor dEle para com todos”.
Respostas às suas perguntas:
1ª) Quando fiz referências à “luz da atual sabedoria e conhecimento do século XX” é porque conforme os nossos atuais conhecimentos, os sacrifícios sangrentos, humanos ou não e pragas são obras de magia negra e não obras de Deus, que é a fonte de todo amor e sabedoria. Tudo isso são obras de “espíritos imperfeitos”, vivos e mortos ou mortos e vivos, e que na Bíblia assumiram a posição de Deus e nos enganaram por milênios. Esses trabalhos são obras de magia negra, macumba e ou do vodu, pois só causam terror, medo, perseguição e obsessão aos seres vivos.
2ª) Quando mencionei os trechos do “Novo Testamento”, que falam do Messias com muita ênfase, não disse que não havia referências no Velho Testamento. Pelo contrário no Velho Testamento existem muitas referências sobre a vinda do Messias, que viria nos orientar ou mesmo estabelecer um Reino Eterno e Indestrutível. No Velho Testamento existem muitas passagens que nos dão plena confiança da e na Vinda do Messias; como: Gn 3,15; Dt 18,15; Dn 2,44 e 9,25; Mq 5,1 a 3;Zc 3,8; 9,9 e 14,9; Ml 2,7 e 3,1; Jr 23,5 e 33,15; Nm 24,17; Sl 2,6; 72,2 e 4; 110,4 e 6, e 118,22; Is 7,14; 9,6; 11,1 e 4; 28,16; 32,1; 33,22; 42,1; 49,6 e 8; 53,3 e 11; 55,4; 59,20 e 62,11.
Isaias é chamado de “o Profeta Messiânico”.
Já no Novo Testamento as referências informam que o Messias já veio; como: Mt 2,1 a 11; 19,28; 20,21 e 21,5; Lc 23,42 e 43; Mc 10,35 a 40 e muitas passagens em Atos e nas Epístolas.
Sobre a aparição do Messias hoje afirmo que todos o esperam:
Judeus:                            É a vinda do Messias.           
Católicos:                        É a volta do Cristo.
Budistas:                         É a vinda do Buda Maitreya.
Ponte para a Liberdade:  É a vinda do Maitreya.
Hinduístas                       É a vinda do Krishna.                      
Crentes:                          É a volta do Cristo ou o Arrebatamento.
Muçulmanos:                  É a vinda do Iman Mandhi.
Outros:                           É a Nova Era ou a Era de Aquário.
Muitos que esperam o “Messias” não vão aceitá-lo e até irão considerá-lo como o próprio “Anti-Cristo ou mesmo a Besta-Fera”, pois o Messias irá colocar as coisas em seus devidos lugares. Ninguém poderá ser um profissional religioso, viver da religião, dos dízimos e da boa fé alheia, então todos aqueles que vivem às custas da fé alheia irão condenar ao Messias e a todos os que estarão colaborando com ele, já que estes o entenderão. Jesus foi traído, preso, julgado e condenado injustamente à morte pelos líderes religiosos do seu tempo, que o entregaram a um líder civil, o Pôncio Pilatos. O romano Pilatos nada tinha a haver com as disputas religiosas dos judeus, mas ficou marcado como o responsável final pela condenação à morte e morte pela cruz do Mestre Jesus. Então tudo se espera daqueles que defendem os seus bolsos ou os seus interesses.
Paz, liberdade e sabedoria é o de que todos nós necessitamos para encontrar a Verdade e sermos colaboradores do Messias ou do Cristo. Quando ele precisar de nós. O amigo: Rosário A. de Resende.

P.S.:
Hoje dia 21/07/2020, telefonei para o meu amigo e conversamos sobre os 6 casos das mulheres estéreis, que estão relatados na Bíblia e que tiveram filhos depois, e quase todas já bem idosos.
Estas mulheres já foram relatadas por mim nesse trabalho meu, que divulguei no site do jornal O TEMPO:

Amigos. Paz plena.
Um dos problemas que eu tinha com relação à Bíblia é o caso de mulheres amadas e estéreis, que depois de idosos tiveram filhos.
Como a primeira função do sexo é sim a reprodução ou a continuação da perpetuidade da própria espécie.
Após o afloramento público da minha mediunidade em janeiro de 1980 e ter recebido a revelação da minha primeira vida passada em agosto de 1982, que foi durante a celebração de uma missa dominical, então passei a ter coragem de perguntar para a Espiritualidade uma explicação sobre os casos de mulheres estéreis e que depois de velhas tiveram filhos.
Vou em seguida relatar os casos dessas mulheres:
Sara a esposa de Abraão, que era estéril e só após ter pedido ao Abraão para ter um filho com a escrava Agar, o Ismael, (Gn 16), foi que ela teve o filho Isaac (Gn 21,1-7) e Sara já tinha 90 ano (Gn 17,17).
Rebeca a esposa de Isaac, que era estéril (Gn 25,21) e teve os dois filhos gêmeos: Esaú e Jacó (Gn 25,24-26). Eles já estavam casados por 20 anos, pois quando casaram Isaac tinha 40 anos (Gn 25,20) e quando os filhos nasceram Isaac já tinha 60 anos (Gn 25,26).
Raquel, a esposa amada de Jacó, era estéril e entregou sua escrava para Jacó ter filhos com ela, que teve dois filhos (Gn 30,1-8).
Depois que Jacó teve 6 filhos e uma filha com a Lia (Gn 29,31-35 e Gn 30,16-21), dois filhos com a escrava de Raquel (Gn 30,1-8) e dois filhos com a escrava de Lia (Gn 30,9-13), foi que Raquel teve o primeiro filho (Gn 30,22-24).
Esposa de Manué e mãe do juiz Sansão, que era estéril e teve um filho depois (Jz 13).
Ana a esposa amada de Elcana era estéril (1Sm 1,4-8), depois teve o filho Samuel (1Sm 1,19-28).
Isabel a esposa de Zacarias e mãe de João Batista, era estéril e teve um filho depois de idosa (Lc 1,5-25).
Todos esses 6 casos sempre me intrigava, mas nunca tinha como entendê-los e também aceitava as explicações que recebia de meus professores, dizendo que elas eram estéreis e que Deus as abençoou depois. Isso para mim não era coisa de Deus, pois porque esperou tanto tempo, fazendo com que as mulheres amadas sofressem e em alguns casos entregando outra mulher para dar filhos ao homem amado. Isso, para mim, nunca foi atos perfeitos e nem de Deus.
Só após o afloramento da minha mediunidade foi que recebi explicações aceitáveis e até lógicas para mim de todos esses casos e que a primeira função do sexo é sim a reprodução e como recompensa os cônjuges têm o prazer no ato sexual e na convivência amorosa entre eles e os filhos se os tiverem, pois existem casais amorosos, que não têm filhos.
Agora muitos só querem o prazer, que é o complemento, mas não querem assumir a responsabilidade de assumir e criar os filhos, e até não querem ter fidelidade plena entre os cônjuges, como Deus respeita plenamente a liberdade de todos, então cada um será sim o único responsável por todos os seus atos e até omissões.
Sobre o problema da homossexualidade só mesmo um profundo conhecimento sobre a caminhada evolutiva de cada espírito é que se pode compreender melhor o assunto, pois pela homossexualidade foi eliminado a primeira função do própria sexualidade.
No ano de 1984, eu ouvi do espírito do Sumo Sacerdote Caifás (Mt 26,57-68), esse conselho:
“Ame a tudo e a todos os que já passaram por essa terra, seja Torquemada, Átila, Gengis Khan, Hitler, Amã (do livro Ester), Judas Iscariotes, o Tentador de Jesus e etc, pois caso você foi esse espírito no passado, então poderá estar odiando o seu próprio ser interno”.
E ele ainda me revelou que já tinha reencarnado algumas vezes como cristão, mas que odiava o Caifás, então ele odiava a ele mesmo. 
Paz plena. Rosário.


Eis o e.mail que escrevi hoje (21/07/2020) para o Júlio.
Paz plena...
Júlio, um grande fraternal abraço. 
Essa foi uma das cartas que escrevi, após receber da Espiritualidade explicações sobre vários textos bíblicos. 
Nessa carta que não pude relatar a disputa entre os espíritos do Ismael e do Isaac, antes da reencarnação deles.
Na hierarquia espiritual, à qual pertenciam os esses dois espíritos, o espírito de Ismael tinha o direito de ser o filho primogênito do Abraão. Já o espírito do Isaac tinha mais conhecimento. Quando acontecia um caso como esse era lógico que o espírito, que tinha conhecimento inferior renunciasse o direito dele para aquele que tinha mais conhecimento.
O Ismael não renunciou o direito dele de ser o filho primogênito do Abraão, então o Isaac falou para ele mais ou menos assim:
"O direito de ser o filho primogênito do Abraão é seu, mas eu vou ser o filho primogênito da Sara e vamos ver quem é que vence."
O espírito do Isaac não permitiu que Sara ficasse grávida e por isso ela foi ficando velha e não podia dar um filho para o Abraão, chegando ao ponto de oferecer a escrava para que Abraão tivesse um filho com ela (Gn 16). Veja que Sara, neste relato ainda tinha o nome de Sarai (Gn 16,1). 
Em Gênesis 17,5 o nome de Abrão é mudado para Abraão e em Gênesis 17,15 o nome de Sarai é mudado para Sara. E Abraão já tinha 100 anos e Sara 90 anos (Gn 17,17). 
Quem não permitiu que Sara engravidasse foi o próprio espírito do Isaac. Após o nascimento do Ismael, o espírito do Isaac teve que preparar o corpo da Sara para que ela pudesse se engravidar.
O espírito de Isaac levou 13 anos (Gn 17) para preparar o corpo de Sara para que ela pudesse ficar grávida. Se fosse o próprio Deus, isso iria acontecer de uma hora para outra e não levaria 13 anos.
Veja que na carta eu não coloquei a disputa dos dois espíritos antes das reencarnações deles, com relação ao direito da primogenitura. Naquele época o direito de primogenitura era sim muito importante (Gn 25,29-34). 
Paz plena... Rosário
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8,32).


terça-feira, 14 de julho de 2020

Quarta carta para o João Batista Libânio.


Amigos. Paz plena.
Eu queria sim continuar as minhas correspondências com o teólogo defensor da Teologia da Libertação, o padre João Batista Libânio, mas como ele não respondeu à minha terceira carta e sabia que ele não iria mais me responder, então escrevi para ele uma quarta carta e fiz sim um grande levantamento de textos bíblicos para mostrar para quem quiser depois estudar livremente e entender um pouco mais sobre a Bíblia.
Como a própria carta explica, eu defendi mais duas teses bíblicas e as defendo com textos da própria Bíblia.
O meu objetivo foi sim o de escrever para muitas outras pessoas no futuro, mas enviei a quarta carta para o teólogo, que já tinha se refugiado na fortaleza inexpugnável do silêncio.
Eis uma cópia da 4ª carta, que também não foi respondida pelo teólogo:

    
Belo Horizonte, 02 de Janeiro de 1994.
Estimado companheiro em Cristo Jesus, nosso Mestre e guia.
Padre João Batista Libânio, desejo-lhe muito sucesso e paz neste novo ano.
A missão de Jesus, iniciada há dois mil anos, merece todo o nosso apoio, dedicação e humildade, por isso ainda irei escrever-lhe esta 4ª carta.
Peço antecipadamente desculpas pelo meu desabafo, mas tenho que ser sincero, franco e honesto para dizer que o trabalho, a responsabilidade e o engajamento com a obra salvífica de Jesus são de todos aqueles que se julguem como verdadeiros discípulos de Jesus. A descoberta e divulgação da VERDADE são muito importantes e não posso me omitir.
Lendo o “Evangelho” (os 4 evangelhos e por que quatro?) podemos ver que Jesus enfrentou corajosamente os líderes religiosos da época dele e não teve medo de nenhum deles, mesmo após ter sido sorrateiramente traído por um discípulo e entregue, após um injusto e falso julgamento, ao líder civil para ser condenado a morrer crucificado: a morte dos infames.
Aprendemos que “Jesus morreu na cruz para nos salvar”. Mas, como os líderes religiosos e civis continuaram e continuam dando as cartas, pode-se concluir que Jesus foi crucificado por inveja, ciúme e despeito dos líderes religiosos. Estes envolveram por traição um dos discípulos de Jesus e, cometendo muitas injustiças e tramóias, entregaram-no a Pôncio Pilatos e ainda o obrigaram por estratagema para que Pilatos condenasse Jesus a morrer na cruz (vide Mt 27,20 e Jo 19,12 e 15).
Esse costume e modo de agir dos líderes religiosos são muito bem conhecidos de todos os que estudam a história das religiões, principalmente no trevoso período do “Reinado Sanguinário da Nossa Igreja Católica Apostólica Romana”. Período este conhecido como: “O Tempo da Inquisição”, sobressaindo o caso da jovem francesa Joana d’Arc, condenada a morrer na fogueira, após ter sido traída pelos líderes civis e, quase 5 séculos depois, foi canonizada em 09/05/1920. Como pode uma pessoa ser condenada como bruxa em 30/05/1431 e depois ser considerada santa? Quem errou? Será que a canonização acabou com as injustiças dos homens e as dores, que a jovem sofreu na fogueira e antes dela, nas prisões e torturas? Ou foi apenas uma canonização política para abafar a vitória de outra crença religiosa? Allan Kardec é francês. O Papa já era infalível e era fácil enganar ao povo francês!!!
Padre Libânio, à minha 1ª carta, onde defendi a tese: “DEUS NÃO PERDOA NUNCA” e fiz algumas referências e correlações com a Bíblia Sagrada, o Senhor me respondeu e no fim desejou-me: “muita dedicação à Bíblia”. Enviei-lhe a 2ª carta com a tese, que chamei de: “BOMBA” e o Senhor ainda me respondeu, mas à 2ª carta dedicou-se apenas a frase: “A sua carta revela grande manuseio e conhecimento da Escritura”, e voltou-se a referir ao assunto da 1ª carta. Com relação à 3ª carta, que chamo de: “Joanina”, só houve, até agora, a resposta do silêncio profundo e já faz 165 dias.
Por tudo isso pergunto a mim mesmo: “O que realmente existe e acontece? Será que estou errado? Estou entrando ou mexendo na seara alheia? Devo me omitir, fugindo também para o silêncio, com a desculpa da meditação?”. Depois de meditar muito, principalmente nos últimos 3 meses, cheguei a seguinte conclusão: “Enviar a 4ª carta, englobando 2 teses bíblicas”, que são:
1a  - “O Deus Imperfeito da Bíblia ou O Incompleto (ou errado) Ensino Sobre a Bíblia”.
2ª - “As Comunicações Bíblicas entre os Planos Visível e Invisível”.
Pe. Libânio, desculpe-me, pois para o Senhor será até chato e cansativo, já que irei relatar e comentar muito sobre trechos bíblicos, retirados da “Bíblia de Jerusalém”. Parece que quero “ensinar o Pai-Nosso ao seu vigário”, mas escrevo não só para o Senhor e sim para muitos outros no presente e no futuro...... Sei desta minha responsabilidade também: “Sou o autor pleno da 3ª carta, pois descobri quem realmente sou e para quê aqui estou”.
Tese: “O Deus Imperfeito da Bíblia ou O Incompleto (ou errado) Ensino sobre a Bíblia”.
1.1 - “À mulher, ele disse: “Multiplicarei as dores de tuas gravidezes, na dor darás à luz filhos. Teu desejo te impelirá ao teu marido e ele te dominará. Ao homem, ele disse: “Porque escutaste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te proibira de comer, maldito é o solo por causa de ti. Com sofrimentos dele te nutrirás todos os dias de tua vida”. E Iahweh Deus o expulsou do jardim de Éden para cultivar o solo de onde fora tirado” (Gn 3,16,17 e 23).
Quem condena outros a viverem exilados em dores e sofrimentos, depois de os ter expulsado do Paraíso, não tem amor e uma compreensão infinitos. Esta atitude não pode vir de quem tem amor e compreensão infinitos para dar, de quem é bom e perfeito. Vemos aqui mais uma comprovação da minha “tese Bomba”.
1.2 - “Iahweh arrependeu-se de ter feito o homem sobre a terra, e afligiu-se o seu coração. E disse Iahweh: “Farei desaparecer da superfície do solo os homens que criei - e com os homens os animais, os répteis e as aves do céu -, porque me arrependo de os ter feito” (Gn 6,6 e 7).
Quem arrepende é porque não agiu certo e corretamente, quem se aflige é porque não é perfeito, bom e sábio em plenitude. Será que Deus, o perfeito, sábio, onisciente, onipresente e onipotente agiu erroneamente alguma vez ou teve atitudes imperfeitas?
1.3 - “Quanto aos homens que estavam na entrada da casa, eles os feriram de cegueira, do menor até o maior, de modo que não conseguiram encontrar a entrada. Iahweh fez chover, sobre Sodoma e Gomorra, enxofre e fogo vindos de Iahweh, e destruiu essas cidades e toda a planície, com todos os habitantes da cidade e a vegetação do solo! Ora a mulher de Ló olhou para trás e converteu-se numa estátua de sal” (Gn 19,11 e 24 a 26). Vemos aqui uma atitude e a ação de vingança de 2 anjos, a destruição de tudo com o poder de Iahweh e a necessidade da obediência absoluta, sem nenhuma liberdade. Essas atitudes são próprias de tiranos, de seus carrascos e frios agentes dos mesmos, mas não podem vir de quem é perfeito e tem muito amor para doar.
1.4 - “Ele retomou: “Não te chamarás mais Jacó, mas Israel, porque foste forte contra Deus e contra os homens, e tu prevaleceste” (Gn 32,29). Pelo relato bíblico Jacó lutou com o próprio Deus e Deus não conseguiu vencer, então quem lutou não é o mais forte já que não venceu. Quem luta não é compreensivo e nem possui a sabedoria em plenitude, então não é ainda perfeito.
1.5 - “Iahweh disse a Moisés: “Farei vir mais uma praga ainda contra o Faraó e contra o Egito. Então, ele vos deixará partir daqui. E todo o primogênito morrerá na terra do Egito, desde o primogênito do Faraó, que deveria sentar-se no trono, até o primogênito da escrava que está a mó, e até mesmo os primogênitos do godo” (Ex 11,1a e 5). Hoje atitudes como estas são consideradas como “magia negra” e só vêm de quem ainda não é perfeito. Será que Deus, o perfeito, já agiu assim e até e permitiu atos de “magia negra”? Ou antigamente podia e hoje não pode mais, então Deus também se evoluiu e se aperfeiçoou, nesta hipótese então Ele não era tão perfeito.
1.6 - “Dize, pois ao povo, que todo homem peça ao seu vizinho, e toda mulher à sua vizinha, objetos de prata e ouro” (Gn 11,2). Iahweh também aconselhou a agir de uma forma não muito certa, pois disse para pedir, sabendo que o plano era de viajar sem devolver nada mesmo: isto é calote!!
1.7a - Vide os trechos bíblicos referidos na carta de 01/01/1993, nos quais estão muito claros a ajuda e o auxílio de Iahweh a Moisés para guerrear, vencer e matar os inimigos de Israel e de Moisés, incluindo os israelitas, esquecendo-se do mandamento: “Não Matarás” (Ex 20,13 e Dt 5,17). Onde está o erro? O mesmo aconteceu com Josué e outros, como:
1.7b - “Ninguém te poderá resistir durante toda a tua vida, assim como estive com Moisés, estarei contigo: jamais te abandonarei, nem te desampararei” (Js 1,5). Promessa de apoio pleno a Josué, feita por Iahweh. “... e o que fizestes aos dois reis dos amorreus, do outro lado do Jordão, a Seon e a Og, que destruístes totalmente (Js 2,10b). Acontecimentos narrados em Nm 21,21 a 35 com plena aprovação de Iahweh (Nm 21,34). Isso não é uma prática da perfeição e do amor pleno.
O perfeito não age assim e nem permite que os seus ajam deste modo.
1.7c - “Iahweh disse então a Josué: “Vê! Entrego nas tuas mãos Jericó, o seu rei e os seus homens de guerra” (Js 6,2). As ordens de Iahweh foram obedecidas e todos em Jericó foram passadas ao fio da espada, como está escrito em Josué 6,17 a 21.
1.7d - Em Josué 7,1 a 25 vê-se o relato da descoberta e destruição de quem não obedeceu: como “... e a ira de Iahweh inflamou-se contra os filhos de Israel”, e “Que Iahweh, neste dia, traga a desgraça  sobre ti!”. E todo Israel o apedrejou” (Js 7,1c e 25b).     
1.7e - A tomada, destruição e matança de todos em Hai, como se vê em Josué 8,1 a 29. Tudo contrário ao mandamento: “Não Matarás”. A relação dos reis vencidos  e destruídos está em Josué 12,7 a 24. “...ao todo trinta e um reis” (Js 12,24b).   
1.7f - “No entanto não escutastes a minha voz. Por que fizestes isto? Por isso eu digo: “Não expulsareis estes povos de diante de vós. Serão vossos opressores, e os seus deuses serão uma cilada para vós” (Jz 2,2b e 3).
Esta atitude não é digna de quem é perfeito e bom.
1.7g - “E ele disse-lhe: “Segui-me, porque Iahweh entregou o vosso inimigo, Moab, nas vossas mãos”. Eles o seguiram, pois, e cortaram a passagem dos vaus do Jordão e não deixaram passar ninguém”  (Jz 3,28). Foram feridos 10 mil homens. Isso não é amor e paz em plenitudes.  
1.7h - “Então Iahweh se voltou para ele e lhe disse: “Vai com a força que te anima, e salvarás a Israel das mãos de Madiã. Não sou eu quem te envia?” Então Iahweh disse a Gedeão: “É com os trezentos que lamberam a água que vos salvarei e entregarei Madiã nas tuas mãos”. Destruiu a torre de Fanuel e massacrou os habitantes da cidade” (Jz 6,14; 7,7 a 8,17). Batalhas e vinganças de Gedeão. Quem vinga não é perfeito e nem é intuído por um “espírito bom e perfeito”.
1.7i - “Sansão invocou a Iahweh e exclamou: “Senhor Iahweh, eu te suplico, vem em meu auxílio; dá-me forças alinda esta vez, ó Deus, para que, de um só golpe, eu me vingue dos filisteus por causa dos meus olhos”. E disse: “Morra eu com os filisteus!” (Jz 16,28 e 30a). Iahweh deu forças e condições para vingança e Sansão cometeu o suicídio, matando-se junto com os filisteus.
Hoje, quando temos conhecimentos dos atos terroristas, onde o condutor dirigindo um carro-bomba e matando-se juntamente com os inimigos, julgamos ser um ato do “mal” ou errado, mas é semelhante ao acontecimento bíblico, só que este foi feito com auxílio e concordância de “um espirito”. Qual? Será Deus, o perfeito? Não!!!
1.7j - “Golpeou por duas vezes o seu pescoço, com toda a força, e separou a sua cabeça. Tirando a cabeça do alforje, mostrou-a e disse-lhes: “Eis a cabeça de Holofernes, general do exército da Assíria” (Jt 13,8 e 15a). Judite agiu como agem as espiãs modernas, que atraem e subjugam as vítimas pela atração e beleza femininas. Judite matou, tinha o objetivo de matar e dizem que foi protegida por Deus para matar friamente.
1.7l - “....É Iahweh que é Deus!”. Elias lhes disse: “Prendei os profetas de Baal; que nenhum deles escape!” e eles os prenderam. Elias fê-los descer para perto da torrente do Quison e lá os degolou” (1Rs 18,39b e 40). Por intermédio de Elias foram degolados 450 pessoas (1Rs 18,22) e mesmo sendo Elias um representante de Iahweh, ele não agiu certo, pois foi contra ao mandamento: “Não Matarás”. Quem é perfeito e honesto não age com formas antagônicas e quem é bom e sábio não deixa e nem manda matar.
Quem é perfeitamente bom e plenamente sábio  não age com vingança, não tem sentimentos de ira, ódio e nem causa terror e medo nos outros. Então nos trechos seguintes vemos imperfeições em Deus ou nos representantes de Deus, que a Bíblia nos apresenta:
1.8a - No item 1.3 vemos uma manifestação com vingança e destruição. Hoje em dia qualquer presença espiritual com cheiro de enxofre é considerada como sendo de espíritos trevosos (ou de Lúcifer). Veja a carta da “tese bomba”.
1.8b - “Eis que a mão de Iahweh ferirá os rebanhos que estão nos campos, os cavalos, os jumentos, os camelos, os bois e as ovelhas, com uma peste muito grave” (Ex 9,3).
Nada aconteceu aos que pertenciam aos filhos de Israel e isto hoje é conhecido como “magia negra”, o modo de agir dos agentes do mal ou contrários ao BEM.
1.8c - “E Iahweh castigou o povo pelo que havia feito com o bezerro fabricado por Aarão” (Ex 32,35).
1.8d - “A ira de Iahweh se inflamou contra eles. E retirou-se e a Nuvem deixou a Tenda. E Maria tornou-se leprosa, branca como a neve” (Nm 12,9 e 10a).
1.8e - “Iahweh jamais consentirá em perdoá-lo. Pelo contrário, sua ira e ciúme se inflamarão contra tal homem, sobrevindo-lhe toda a imprecação escrita neste livro, e Iahweh lhe apagará o nome de sob o céu. Iahweh os arrancou do próprio solo com ira, furor e grande indignação, e os atirou numa outra terra, como hoje se vê” (Dt 29,19 e 27).
Veja que contraste com os ensinamentos de Jesus com relação ao perdão: “..até setenta e sete vezes” (Mt 18,22b) ou setenta vezes sete (outra tradução). Deve-se  perdoar sempre.
1.8f - “Mas os filhos de Israel tornaram-se culpados de violação do anátema....e a ira de Iahweh inflamou-se contra os filhos de Israel” (Js 7,1).
1.8g - “Então a ira de Iahweh se inflamará contra vós e bem depressa desaparecereis da boa terra que ele vos deu” (Js 23,16b).
1.8h - “A ira de Iahweh se inflamou então contra Israel e ele disse:” (Jz 2,20a).
1.8i  - “Senhor, por todos os teus atos de justiça, afasta, por favor, a tua ira e a tua indignação de Jerusalém, tua cidade e tua montanha santa” (Dn 9,16a).
1.8j - “Iahweh, não me castigues com (em) tua ira (cólera), não me corrijas com teu furor!” (Sl 6,2 e 38,2).
1.8l - “Quem recusa crer no Filho não verá vida. Pelo contrário, a ira de Deus permanece sobre ele” (Jo 3,36b).
1.8m - “Ninguém vos engane com palavras vãs, porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os desobedientes” (Ef 5,6) - “Essas coisas provocam a ira de Deus sobre os desobedientes” (Cl 3,6).
1.8n - “Pois chegou o Grande Dia da sua ira, e quem poderá ficar de pé” (Ap 6,16).
1.8o - “Esse também beberá o vinho do furor de Deus, derramado sem mistura na taça da sua ira; será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos Anjos e diante do Cordeiro” (Ap 14,10).
1.8p - Vemos ainda referir-se em “furor de Deus” no Ap 15,1 e 16,1; “do furor da sua ira” (Ap 16,19); “do furor da ira de Deus” (Ap 19,15) e “Deus lhe acrescentará as pragas descritas neste livro” (Ap 22,18). Resumindo podemos dizer que vemos sentimentos próprios dos imperfeitos referidos a Deus, o perfeito,  o bom, o compreensivo e o humilde.
1.8q - “Assim fala Iahweh: “...Minha ira se inflamou contra esse lugar e ela não se aplacará”(2Rs 22,16a e 17b).
1.9 - “Oráculo de Iahweh ao meu senhor: “Senta-te à minha direita, até que eu ponha teus inimigos como escabelo de teus pés” (Sl 190,1; Mt 22,44; At 2,34 e 35; Hb 1,13 e 10,13).
O próprio Jesus ensinou-nos para reconciliarmos com os nossos adversários, como também a amar e orar pelos inimigos e perseguidores (Mt 5,25 e 44). É possível conciliar estes ensinamentos com os trechos anteriores?
1.10 -  “Então a ira de Iahweh se acendeu contra Oza; e ali mesmo Deus o feriu por causa da sua falta, e ele morreu, ali, ao lado da Arca de Deus” (2Sm 6,7).
É inadmissível uma atitude destas para com aquele que apenas segurou a Arca para que esta não tombasse, principalmente vinda de quem é perfeito.
1.11 - “Ao ouvir estas palavras, Ananias caiu e expirou... No mesmo instante ela caiu a seus pés e expirou” (At 5,5a e 10a). Comportamentos e atitudes como estas hoje são crimes e obras de magia negra. Quem é perfeito não age e não permite ações como estas descritas anteriormente.
Como acabamos de demonstrar biblicamente, chegamos ao seguinte impasse: “Ou o Deus da Bíblia era imperfeito e evoluiu, ou e ensino sobre a Bíblia está errado ou incompleto; ou ainda os teólogos descobriram o incompleto ensino bíblico e continuam enganando ao povo ignorante”.
Como Deus-Pai-Mãe é perfeito, bom, compreensivo, humilde e sábio, então os teólogos ou não entenderam ainda a Bíblia ou nos enganaram e enganam com muitos falsos e deturpados ensinamentos sobre as Escrituras.
Tudo isto que está exposto nesta primeira tese confirma também a tese da minha 2ª carta, que chamei de “Bomba”.
2ª Tese: “As Comunicações Bíblicas entre os Planos Visível e Invisível”.
Lendo a Bíblia logo pode-se ver perante uma grande e indiscutível verdade: “A constante comunicação entre o Plano Visível e o Invisível”. Existem inúmeras citações desta sintonia, como se pode ver a seguir:
2.1 - “Iahweh Deus chamou o homem: “Onde estás?”” (Gn 3,9). O diálogo entre Iahweh, Adão e Eva está registrado em Gênesis 3,1 a l9.
2.2 - “Iahweh disse a Caim: “Onde está teu irmão Abel?”” (Gn 4,9). O diálogo entre Iahweh e Caim  continua até Gênesis 4,16.
2.3 - “Deus disse a Noé” (Gn 6,13). Em Gênesis 6,13 a 9,17 temos vários diálogos entre Iahweh e Noé, com as respectivas orientações para Noé.
2.4 - “Iahweh disse a Abraão: “Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei”” (Gn 12,1). Do capítulo 12 ao 22 do Gênesis temos uma constante orientação de Iahweh a Abraão, Agar e Sara, incluindo diálogos e pedidos.
2.5 - Deus também comunicou com Isaac (Gn 26,24).
2.6 - As vidas de Moisés e Josué narradas no Êxodo, Deuteronômio, Números, Levítico e Josué estão repletas de comunicações com o plano invisível.
2.7 - “O Anjo de Iahweh apareceu a essa mulher e lhe disse: “Tu és estéril..., mas conceberás... não bebas vinho nem qualquer bebida fermentada... Ele começará a salvar Israel das mãos dos filisteus”” (Jz 13,3 a 5). - “Então o espírito de Iahweh caiu sobre ele e se apossou dele, e ele desceu a Ascalon, matou trinta homens” (Jz 14,19a). Houve uma constante intervenção espiritual na vida de Sansão, desde o nascimento até a morte. (Vide 1.7l anterior).
2.8 - “Veio Iahweh e ficou ali presente. Chamou, como das outras vezes: Samuel, Samuel” (1Sm 3,10a). O diálogo entre Iahweh e Samuel está em I Samuel 3,1 a 14.
2.9 - “Então a mulher viu Samuel e, soltando um grito medonho, disse a Saul: “Por que me enganaste? Tu és Saul”” (1Sm 28,12). Saul comunicou com o espírito de Samuel, já falecido, por intermédio de uma necromante (atualmente essas pessoas são chamadas de médiuns).
2.10 - “Quando Elias o ouviu, cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da gruta. Então, veio-lhe uma voz, que disse: “Que fazes aqui: Elias?”” (1Rs 19,13).
A voz era de Iahweh, vide 1Rs 19,1 a 18.
2.11 - “Respondeu ele: “Se queima o coração ou o fígado do peixe diante de um homem ou de uma mulher atormentados por um demônio ou por um espírito mau, a fumaça afugenta todo o mal e o faz desaparecer para sempre” (Tb 6,8). - “O cheiro do peixe expulsou o demônio, que fugiu pelos ares até o Egito. Rafael seguiu-o, prendendo-o e acorrentou-o imediatamente” (Tb 8,3).
Tobias teve como companheiro de viagem o anjo Rafael (Tb 5 a 12). O anjo (um espírito) ensinou ao jovem Tobias a fazer limpeza espiritual e no quarto nupcial, por 3 noites, Tobias seguiu o conselho do anjo Rafael e o demônio foi expulso e aprisionado.
2.12 - “Vi o Senhor sentado sobre um trono alto e elevado. A cauda da sua veste enchia o santuário” (Is 6,1b). “Em seguida ouvi a voz do Senhor que dizia: “Quem hei de enviar? Quem irá por nós?”, ao que respondi: “Eis-me aqui, envia-me a mim”” (Is 6,8). No capítulo sexto de Isaías está relatada a visão, a vocação e a missão do profeta Isaías.
2.13a - “E ele prosseguiu: “Mas estou vendo quatro homens sem amarras, os quais passeiam no meio do fogo sem sofrerem dano algum, e o quarto deles tem o aspecto de um filho dos deuses”” (Dn 3,25). “A inscrição, assim traçada, é a seguinte: “Mane, Mane, Tecel, Parsin”” (Dn 5,25).
 2.13b - “Disse então o anjo do Senhor a Habacuc: “Leva a refeição que tens até Babilônia, à cova dos leões, para Daniel”” (Dn 14,34). “Entretanto, o anjo do Senhor imediatamente reconduziu Habacuc ao seu lugar” (Dn 14,39b). Nestas 4 citações vemos a proteção aos 3 amigos de Daniel e a Daniel, bem como a inspiração e ajuda ao profeta Daniel (Vide Daniel 14,33 a 42).
2.14 - “Porque não sereis vós que estareis falando, mas o “Espírito de vosso Pai é que falará em vós”” (Mt 10,20). O mesmo ensinamento está em Mc 13,11; Lc 12,11 e 12; 21,12 e 14 e Jo 14,26.
2.15 - “E eis que lhes apareceram Moisés e Elias conversando com ele” (Mt 17,3).
Vide também Mc 9,4 e Lc 9,30. Esse acontecimento foi presenciado por Pedro, Tiago e João, que foram escolhidos por Jesus. E João nada refere-se à transfiguração, por que?
 
2.16  - “Disse-lhe, porém, o Anjo: “Não temas, Zacarias, porque a tua súplica foi ouvida, e Isabel, tua mulher, vai te dar um filho, ao qual porás o nome de João”” (Lc 1,13). - “O Anjo, porém, acrescentou: “Não temas, Maria! Encontraste  graça junto de Deus. Eis que conceberás no teu seio e darás a luz um filho, e tu o chamarás com o nome de Jesus”” (Lc 1,30 e 31). Zacarias duvidou e ficou mudo, quem é perfeito não age assim. Maria confiou, aceitou humilde e nada sofreu.
2.17 - “Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não veria a morte antes de ver o Cristo do Senhor” (Lc 2,26). Semeão foi movido pelo Espírito para ir ao Templo também no mesmo momento da apresentação de Jesus.
2.18 - “Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”” (At 9,4). - “E o Senhor prosseguiu: “Levanta-te, vai pela rua chamada Direita e procura, na casa de Judas, por  alguém de nome Saulo, de Tarso”” (At 9,11). No capítulo 9 dos Atos dos Apóstolos temos o diálogo entre Saulo e Jesus (em espírito). A visão com um diálogo entre Ananias e o Senhor e por fim o auxílio dado a Saulo (Paulo) por Ananias.
2.19 - “Apareceram-lhes, então, línguas como de fogo, que se repartiram e que pousaram sobre cada um deles” (At 2,3). O acontecimento de Pentecostes (At 2,1 a 41) foi a manifestação pública do “Espírito Santo” e o início público do cristianismo.
2.20 - “Ele viu claramente, em visão, cerca da nona hora do dia, o Anjo do Senhor entrando em sua casa e chamando-o: Cornélio!”” (At 10,3). - “Sentindo fome, quis comer. Enquanto lhe preparavam alimentos sobreveio-lhe um êxtase” (At 10,10). - “Entretanto, meditando ainda Pedro sobre a visão, disse-lhe o Espírito: “Alguns homens estão aí, a tua procura”” (At 10,19). - “Poderia alguém recusar a água do batismo para estes, que receberam o Espírito Santo assim como nós (At 10,47).
Veja que houve um intenso auxílio do Espírito Santo em todo o cap. 10o dos Atos dos Apóstolos.
2.21 - “Apresentou-se um deles, chamado Ágabo, o qual começou a anunciar, por meio do Espírito” (At 11,28a). “Desceu da Judéia um profeta, chamado Ágabo. E amarrando-se de pés e mãos, declarou: “Isto diz o Espírito Santo...” (At 21,10b e 11b).
2.22 - “Pedro saiu e foi seguindo-o, mas não sabia se era verdade o que estava acontecendo por meio do Anjo: parecia-lhe antes uma visão”. Pedro foi libertado da prisão de Herodes com auxílio de um anjo e anjo é espírito (At 12,1 a 19).
2.23 -  “Teve um sonho: Eis que uma escada se erguia sobre a terra e o seu topo atingia o céu, e anjos de Deus subiam e desciam por ela” (Gn 28,12).
2.24 - “Ora  José teve um sonho e o contou a seus irmãos, que o odiaram mais ainda” (Gn 37,5). “Ele disse: “Tive ainda outro sonho: pareceu-me que o sol, a lua e onze estrelas se prostravam diante de mim” (Gn 37,9b). “Eles lhe responderam: “Tivemos um sonho e não há ninguém para interpretá-lo”. José lhes disse: “É Deus quem dá a interpretação; mas contai-mo!” (Gn 40,8). “De manhã, com o espírito conturbado, o Faraó chamou todos os magos e todos os sábios do Egito, lhes contou o sonho que tivera, mas ninguém pôde explicá-lo ao Faraó” (Gn 41,8). “Então o Faraó disse a José: “Visto que Deus te fez saber tudo isso não há ninguém tão inteligente e sábio como tu”” (Gn 41,39). José do Egito de livre tornou-se escravo e depois, com o auxílio de Deus, vice-rei.
2.25          - “Tive, porém, um sonho que me aterrou” (Dn 4,2a). Leia todo o cap. 4º de Daniel (Dn 4).
2.26 - “Enquanto assim decidia, eis que o Anjo do Senhor manifestou-se a ele em sonho, dizendo:...” (Mt 1,20). “Avisados em sonho que não voltasse a Herodes,” (Mt 2,12a). “Após sua partida, eis que o Anjo do Senhor manifestou-se em um sonho a José e lhe disse...” (Mt 2,13a ). “Quando Herodes morreu, eis que o Anjo do Senhor manifestou-se em sonho a José, no Egito,” (Mt 2,19). Jesus foi protegido imensamente pelo plano invisível, por meio de sonhos, enquanto era criança e indefeso.
Por estes trechos vê-se que pelos sonhos também haviam muitos avisos, comunicações e auxílios do plano invisível para com o plano visível em todo a história bíblica.
Lendo, estudando e compreendendo todas estas passagens bíblicas conclui-se que a comunicação entre os dois planos é uma grande verdade e realidade, sempre ocorreu em toda a história relatada na Bíblia Sagrada. Se essas comunicações foram verdadeiras, por que negá-las hoje? Se não são verdadeiras, então a Bíblia está cheia de enganações e falsidades! Mas para mim foram e são verdadeiramente reais, e até hoje, como para sempre serão puras e sublimes verdades.
Por que existem membros da hierarquia eclesiástica que consideram, hoje em dia, qualquer comunicação como algo errado ou do mal? Principalmente se forem em lugares ou ambientes não católicos. Se a comunicação foi feita a membros da Igreja, enquanto estavam entre nós, foram vigiados com extrema rigidez e desconfiança por Roma e depois de mortos foram canonizados como santos!! Como se isso abrandasse a passada tortura física ou mental, como as dores da fogueira e como todo tipo de perseguição.
Por outro lado se a comunicação foi feita ou é feita a pessoas não católicas a Igreja, representada pela sua hierarquia eclesiástica, considerou como heresia ou erro e ainda considera como errado ou mesmo fraude. Esquecem os sábios teólogos do exemplo e conselho do sábio e humilde Gamaliel, que disse: “E não aconteça que vos encontreis movendo guerra a Deus” (At 6,39b).
Volta a repetir o que escrevi sobre a Bíblia no início da carta Joanina: “Apaga tudo o que aprendeste sobre a Bíblia Sagrada, mas não a jogueis fora, guarde-a muito bem mesmo, pois a Bíblia é uma fonte inesgotável de ensinamentos e sabedoria”.
Terminando esta, digo: “A grande dificuldade para descobrir, encontrar, compreender, divulgar e viver a VERDADE é a falta de humildade de muitos, que se julgam os senhores absolutos da verdade e que foram escolhidos por Deus para falarem em nome de Deus, como também representarem Jesus para os outros, mas estes foram escolhidos e aceitos por uma estrutura muito humana mesmo. Estes ainda julgam que sabem tudo e não podem aprender com os escolhidos por Deus...”. Para defender esta idéia cito a própria Bíblia: “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e doutores” (Mt 11,25a).
Padre Libânio, desejo-lhe muita paz, felicidade, luz e que o “Espírito Santo” nos ajude a encontrar e compreender a VERDADE, que liberta....OII fkfkff    Rosário Américo de Resende.
Paz plena. Rosário.

Terceira carta para o João Batista Libânio.


Amigos. Paz plena.
Eis cópia da terceira carta que escrevi para o JBL sobre o Evangelho de São João:

Belo Horizonte, 21 de Julho de 1993.
Padre João Batista Libânio, que paz e o amor de Deus-Pai-Mãe o envolvam e que a luz de Jesus possa guiá-lo pelo caminho que conduz à perfeição. Vamos pedir a Deus, que é a fonte suprema de sabedoria e vida, força e coragem para podermos “pensar no já pensado”, encontrando assim a verdade, que liberta, para termos vida e vida em plenitude.
Padre Libânio, nós temos em comum a missão de trabalharmos na construção do “Reino de Deus”, um reino de amor, caridade, sabedoria, humildade, servir e perfeição. Para cumprirmos bem esta missão temos que encontrar a verdadeira Verdade e divulgá-la com todas as nossas forças.
Hoje gosto de falar assim: “Apaga tudo o que aprendeste sobre a Bíblia Sagrada, mas não a jogue fora, guarde-a muito bem mesmo, pois a Bíblia Sagrada é uma fonte inesgotável de ensinamentos e sabedoria”. Você, Padre Libânio, poderá compreender melhor esta frase lendo e entendendo bem a minha 2ª carta. O que expus nela fiquei sabendo em 1984, só que não encontrava um bom amigo cristão para poder contar, dialogar livremente e aprofundar sobre a tese tratada.
Quero agradecer-lhe a sua resposta de 10/04/93 à minha carta de 01/01/93. Sobre a tese tratada tudo ficou em suspenso, o Senhor continuou referindo-se só à tese da 1ª carta, que é: “DEUS NÃO PERDOA NUNCA”. Quando o Senhor se refere ao “aspecto do coração de Deus, que sempre está disposto a acolher-nos sempre que nós nos tenhamos afastado dEle, tenhamos rejeitado-O”, isso encaixa direitinho em minha tese e mostra que Deus não se ofende. Já que Deus não se ofende Ele nada tem que perdoar. O perdão deve existir sim, mas entre aquele que se sentiu ofendido para com o causador da ofensa. O beneficiado é quem perdoa e não aquele que recebe o perdão para com as leis evolutivas.
Sou um fã do “Evangelho Joanino”, para mim “O Quarto Evangelho Bíblico” é uma obra ímpar da humanidade. Esta carta será escrita em torno do Evangelho Segundo São João. Todos os trechos citados são retirados da “Bíblia de Jerusalém”, edições Paulinas; como segue:
“Veio para o que era seu e os seus não o receberam” (Jo 1,11).
Jesus não foi recebido e nem compreendido pelos contemporâneos dele e ainda hoje, no apagar das luzes do século XX, podemos dizer que a mensagem de vida, amor e libertação de Jesus ainda não foi compreendida e nem vivida por quase toda a cristandade, pois “o Deus de muitíssimos cristãos não é cristão, mas é um Deus anticristão”.
- “Tenho ainda muito que vos dizer, mas não podeis agora suportar. Quando vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à verdade plena...” (Jo 16,12 e 13a). “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8,32). “És mestre de Israel e ignoras essas coisas? Em verdade, em verdade, te digo: falamos do que sabemos e damos testemunho do que vimos” (Jo 3,10 e 11).
Por estas passagens fica muito claro que Jesus não nos ensinou tudo e que nós temos que ter muita força e coragem para “pensar no já pensado” para realmente encontrarmos a “verdadeira verdade”. Só quem encontra a verdade é que se vive plenamente e pode dar testemunho da própria verdade, pois só se pode doar aquilo que tem e só pode ensinar aquilo que sabe.
- “Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil, devo conduzi-las também; elas ouvirão a minha voz, então haverá um só rebanho, um só pastor” (Jo 10,16).
Vemos aqui muito claramente a necessidade da união de todos, das diversas religiões para que exista um só rebanho e um só pastor. Só quando todos viverem realmente como irmãos e com muito amor, poderemos ver e viver no “Reino de Deus”, como pedimos no Pai-Nosso: “... venha a nós o vosso Reino...” Nunca será possível a verdadeira união enquanto “uns disserem que os outros estão errados ou são hereges só porque pensam e acreditam de uma forma diferente da nossa”.
- “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10b). “O espírito é que vivifica, a carne para nada serve. As palavras que vos disse são espírito e vida (Jo 6,63). “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12). “Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo” (Jo 9,5).
Para ter vida em plenitude não é admissível nenhum sofrimento, nenhuma fome, injustiça e prisão. Quem caminha na “luz” não pode ter nenhuma dúvida. Por que, mesmo após 2 milênios, existe tanta injustiça, fome, traições, infidelidade, explorações, tanto sofrimento, roubos, ódios e adultérios (infidelidades nos casamentos) entre os seres humanos? Para ter vida em abundância e liberdade, caminhar na luz e encontrar realmente a verdade, que liberta, temos que ter liberdade até de pensamento e “qualquer dogma tira-nos a liberdade de pensar”. Dogma é uma lei ou forma que impõe a vontade ou o conhecimento de quem sabe menos, mas manda e é orgulhoso, vaidoso e tem uma capacidade inferior de raciocínio.
- “Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. Como eu vos amei, amai-vos também uns aos outros” (Jo 13,34). “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Vós sois meus amigos, se praticais o que vos mando” (Jo 15,12 e 14). “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que seu senhor faz; mas eu vos chamo de amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu vos dei a conhecer. Isto vos mando: amai-vos uns aos outros (Jo 15,15 e 17). “Falei abertamente ao mundo. Sempre ensinei na sinagoga e no Templo, onde se reúnem todos os judeus, nada falei às escondidas” (Jo 18,20). “...Porque sei de onde venho e para onde vou” (Jo 8,14b). “Disse-lhe Jesus: “Sou eu, que falo contigo” (Jo 4,26). “Diz-lhe Jesus: “Maria”. Voltando-se, ela lhe diz em hebraico: “Rabbuni”, que quer dizer “Mestre”” (Jo 20,16). “Se não credes quando vos falo das coisas da terra, como ireis crer quando vos falar das coisas do céu? (Jo 3,12). “Se, portanto, eu, o Mestre e o Senhor, vos lavei os pés, também deveis lavar-vos os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, também vós o façais” (Jo 13,14 e 15).
Jesus não nos impôs nenhum dogma, que tirasse a nossa liberdade..... até de pensar. Jesus nos deu o mandamento do amor e sua única ordem foi: “Isto vos mando: amai-vos uns aos outros” (Jo 15,17). Jesus sabia quem ele era, de onde tinha vindo, para onde iria e “se revelou” para duas mulheres: à samaritana e à Maria Madalena. Por que as mulheres não excluídas de um dos sacramentos da Igreja Católica, Apostólica, Romana? Jesus nos ensinou abertamente e nos chamou de amigos. Muitos, que se intitularam ou intitulam de cristãos, de discípulos de Jesus e ou de “infalíveis” parecem não conhecer e nem entender os próprios ensinamentos de Jesus, como os expostos aqui. Jesus nos ensinou o mais claro possível e isso estou tentando fazer também!
- “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não fosse assim, eu vos teria dito, pois vou preparar-vos um lugar, e quando eu me for e vos tiver preparado um lugar, virei novamente e vos levarei comigo, a fim de que, onde eu estiver, estejais vós também” (Jo 14,2 e 3).
Se Jesus foi preparar um lugar é porque este lugar ainda não estava preparado. Jesus também sabia para onde iria (Jo 8,14b) e o que deveria fazer, assim também agem todos aqueles que conhecem realmente a verdade.
- “Ele, porém, lhes disse: “Tenho para comer um alimento que não conheceis”. Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e consumar a sua obra” (Jo 4,32 e 34). “Meu Pai trabalha até agora e eu também trabalho” (Jo 5,17).
Só quem realmente conhece e entende a verdade poderá viver e compreender os ensinamentos de Jesus descritos acima. Aquele que sabe e conhece a verdade não precisa ter fé, pois ele construiu a sua casa sobre a rocha, tem o conhecimento e a sabedoria em si mesmo, sabe quem realmente é e o que tem que fazer.
- “Se Deus fosse vosso pai, vós me amaríeis, porque saí de Deus e dele venho. Vós sois do diabo, vosso pai, e quereis realizar os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio e não permaneceu na verdade, porque é mentiroso e pai da mentira” (Jo 8,42a e 44). “Por isso não ouvis: porque não sois de Deus” (Jo 8,47b). “Todos os que vieram antes de mim, são ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os ouviram” (Jo 10,8).
Nos trechos aqui citados Jesus conversava com judeus, fariseus (=judeus) e disse-lhes que eles eram do diabo, um homicida, mentiroso e pai da mentira (os judeus têm como Deus a Iahweh. Vide a minha 2ª carta). Todos os que vieram antes de Jesus foram ladrões e assaltantes, então não foram enviados ou intuídos pelo “Deus-Pai-Amor”. Nestes trechos vemos também uma outra referência sobre a tese defendida na segunda carta, que lhe enviei.
- “Eu e o Pai somos um. Mas se as faço, mesmo que não acrediteis em mim, crede nas obras, a fim de conhecerdes e conhecerdes sempre mais que o Pai está em mim e eu no Pai” (Jo 10,30 e 38). “Quem crê em mim, não é em mim que crê, mas em quem em enviou, e quem me vê, vê aquele que me enviou” (Jo 12,44 e 45). “Em verdade, em verdade, vos digo: quem recebe aquele que eu enviar, a mim recebe e quem me recebe, recebe aquele que me enviou” (Jo 13,20). “Quem me vê, vê o Pai. Como podes dizer: “Mostra-nos o Pai?” Crede-me: eu estou no Pai e o Pai em mim. Crede-o, ao menos, por causa dessas obras. Nesse dia compreendereis que estou em meu Pai e vós em mim e eu em vós” (Jo 14,9b,11 e 20). “Quem tem meus mandamentos e os observa é que me ama; e quem me ama será amado por meu Pai. Eu o amarei e me manifestarei a ele. Se alguém me ama, guardará minha palavra e o meu Pai o amará e a ele viremos e nele estabeleceremos morada” (Jo 14,21 e 23). “A fim de que todos sejam um. Como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que eles estejam em nós. A fim de que o amor com que me amaste esteja neles e eu neles” (Jo 17,21 e 26b). “Pai Santo, guarda-os em teu nome que me deste, para que seja um como nós” (Jo 17,11b).
Nestes trechos joaninos, para leigos, parece existir um conceito monista (= a criação é Deus) ou mesmo panteísta (= tudo é Deus), mas o que vejo aqui é a perfeita “união e sintonia dos perfeitos”. Pode-se compreender aqui também uma explicação do “Mistério da Santíssima Trindade”: Deus-Pai, Deus-Filho e Deus-Espírito-Santo = um só Deus. O Pai é o primeiro criador, aquele que é Incriado. Jesus era o Filho, enquanto estava aqui entre nós, após a ressurreição, Jesus passou a ser “Espírito Santo” e hoje (depois) o Filho somos nós (e se somos éramos), os filhos de Deus vivendo em corpos de carne e osso, buscando a própria salvação. O Espírito Santo é a união de todos os “espíritos ou almas criados”, já libertos da matéria densa; isto é: que tiveram início.
Jesus e o Pai eram um, como também seremos um com Jesus e o Pai. Esta ideia da perfeita união e sintonia entre os perfeitos, ficou confusa nos ensinamentos evolutivos de Teilhard de Chardin, quando defendeu que espiritualmente tudo tende para a “unidade”. Também sou evolucionista, mas para mim cada um se evoluirá para a perfeição, continuando sendo uma perfeita individualidade e não se submergindo (sumindo-se) em uma “unidade única”. A maior prova da evolução é esta: “Portanto, deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48).
- “... Porque vou para o Pai. Se me amásseis, ficaríeis alegres por eu ir para o Pai, porque o Pai é maior do que eu” (Jo 14,12c e 28). “Saí do Pai e vim ao mundo; de novo deixo o mundo e vou para o Pai” (Jo 16,28). “Que me enviou”, essa frase é repetida 20 vezes no Evangelho Joanino. “Quem me enviou” (Jo 7,29; 8,29; 12,44 e 15,21). “... Me enviaste”, Jesus repete essa 6 vezes em João. “Aquele que enviaste” (Jo 17,3). “Que Deus enviou” (Jo 3,34). “O Pai que o enviou” (Jo 5,23). “O Pai me enviou” (Jo 5,36 e 20,21). “... Que ele enviou” (Jo5,38 e 6,29). “Quem o enviou” (Jo 7,18 e 13,16).
Nesses trechos pode-se ver claramente que Jesus foi um enviado do Pai e que o Pai é maior do que ele. O verbo “enviou” aparece 35 vezes e “enviaste” 7 vezes no Evangelho Segundo São João.
Se Jesus vai para o Pai e saiu do Pai, é porque não existe a unidade, como muitos querem (e quiseram) nos ensinar. O que veio complicar a compreensão da verdade foi o orgulho e a vaidade de muitos, que quiseram ou querem se apresentar como mais sábios do que o próprio Mestre Jesus, como também aqueles, que se intitularam de “infalíveis”, e nos impuseram “dogmas inexplicáveis e ininteligíveis”, que nos puseram até medo de “pensar para compreendermos e entendermos claramente a pura VERDADE... E isso durante vinte séculos”.
Só poderá entender tudo isso, que tento aqui expor, aqueles que conseguiram viver finitamente no infinito ou “aqueles” que conseguiram tornar possível o impossível.
Os ensinamentos contidos neste Evangelho fazem parte integral da minha vida e do meu ser. É uma fonte de energia e de água viva, que satisfaz a minha sede de conhecer mais a beleza dos ensinamentos libertadores de Jesus e que me dá coragem de ir sempre adiante e nunca esmorecer. Isso tudo só se tornou possível quando tive coragem de “pensar no já pensado” e quando descobri “quem eu realmente sou”.
Hoje sou monoteísta, defendo o dualismo, mas sou unitarista conforme a Teologia da Libertação; sou evolucionista e defendo também a “criação eterna!”, pois Deus sempre foi, é e será um criador.
Que “Deus” nos ilumine...   Rosário Américo de Resende.
    
Rosário. Paz plena.