quinta-feira, 8 de julho de 2010

Dom Célio: 1ª carta com as 3 outras.

Paz plena...
No encontro do ENFRADES de 1999 tive uma rápida conversa com o Dom Célio de Oliveira Goulart no seminário, em Santos Dumont. Fiquei de enviar para ele algumas correspondências e que ele iria me dar algum auxílio.
Eis aqui a 1ª carta que enviei para ele com a 1 das outras três já escritas, que foram enviadas juntas:
Belo Horizonte, 07 de Julho de 1999
Caro amigo Dom Célio de Oliveira Goulart, muita paz e luz é o que lhe desejo. Que a “boa nova” anunciada por Jesus possa ser entendida e vivida por todos. Que a vivência de São Francisco desta “boa nova” nos sirva de exemplo para que também sejamos anunciadores da PAZ PLENA em toda a terra.
Dom Célio, como combinamos no dia 04/07/1999 em Santos Dumont, estou enviando-lhe 3 (três) das minhas cartas, escritas para registrar tudo aquilo que estou vivendo e descobrindo, que são:
1ª) A 3ª carta para o Frei Estanislau - 23/11/1992.
2ª) Carta para o Frei Patrício - 15/10/1994.
3ª) A 11ª carta para o Frei Basílio - 15/05/1999.
Como lhe disse, estas cartas e as outras tiveram também como objetivo a busca do diálogo com os meus ex-professores para que tudo ficasse o mais claro possível, após encontrarmos as incógnitas de tudo, desvendarmos todos os segredos e os mistérios, como também abrirmos todos os selos.
Espero seus comentários e observações.
Um grande abraço do amigo, irmão e companheiro.... Rosário Américo de Resende.
P. S.:
1ª – Carta:
Belo Horizonte, 23 de Novembro de 1992.
Frei Estanislau, saudações franciscanas... paz, luz, amor e liberdade para todos nós, pois só assim poderemos encontrar a VERDADE, que liberta e que explicará tudo... até os segredos mais profundos da criação.
Frei, como é bom escrever-lhe contando cada vez mais aquilo que está dentro de mim, secretamente guardado por mim e protegido por Deus-Pai-Mãe. O que realmente pode-se dizer que é nosso é aquilo que está arquivado em nossa mente... “no nosso eu profundo”, que é o nosso inconsciente individual. Podemos ter consciência ou não, mas é o TESOURO, que ocultamos no nosso campo (Mt 13,44) e ou na nossa mente.
Cada vez mais vou descobrindo-me dentro de mim e assim me compreendo cada vez mais, como também entendo mais a todos os outros nossos irmãos, que buscam o mesmo que busco: “O conhecimento pleno de nós mesmos e de DEUS”.
Como me confortou muito aquela sua observação, Frei Estanislau: “Claro que não podemos negar os fatos. A gente sente você plenamente normal”. Essa sua frase me deu e dá muita força para que eu vá em frente, pois se antes fui considerado desequilibrado ou mesmo doente mental, hoje já posso dizer que sou considerado normal e realmente muito bem... ou curado.
No início desse ano (1992), numa longa conversa com o Frei Basílio, repassando os acontecimentos ocorridos comigo em 1980 e outros (o Frei Basílio não abre mão de que estive doente, mas hoje também aceita que me curei), quando ele me disse mais ou menos assim: “Você falava tantas verdades naqueles dias, que nem você tinha capacidade de compreendê-las”. Aí respondi: “Eu queria ouvir isso de você era naqueles dias e não hoje”. Naqueles dias precisava ouvir isso do Basílio para meu apoio e ele iria me ajudar muito, hoje já tenho calma, controle emocional e conhecimento da situação.... No momento atual a aprovação ou reprovação dele não iria me influenciar em nada. Hoje sei quem sou, onde estou e porquê estou aqui. Mas, mesmo assim foi muito bom ouvir aquela afirmativa do meu irmão Frei Basílio, 12 anos depois, pois o que Deus planejou realmente acontecerá.
Frei Estanislau, quando nos encontramos em Pará de Minas em 1983 e lhe expus um pouco as minhas experiências, o Senhor me aconselhou a ler o livro de Jacques Loew: “Meu Deus em Quem Confio”, o qual comprei e li. Cheguei a concluir que o Senhor não tinha me entendido, pois o Jacques Loew foi ateu e lutou muito com ele mesmo para encontrar com Deus e eu sempre fui um fervoroso crente em Deus, só que, quando realmente encontrei com Deus, não mais encontrei os meus amigos, para eles eu era apenas um “louco” digno de compaixão e de muita pena mesmo.
Estava vivendo experiências místicas fantásticas e tornaram-se mais fantásticas ainda depois do nosso encontro de Pará de Minas, chegando ao nível máximo possível. Frei, já tentei explicar para o Senhor um pouco das minhas experiências místicas, mas o Senhor mesmo já me falou que não existe nada de sobrenaturalidade comigo, pois a parapsicologia explica tudo pela paranormalidade. Volto a insistir que para mim sobrenatural (sobre o natural) e paranormal (além do normal) são conceitos idênticos, que expressam as mesmas idéias, só que um foi criado pelos teólogos e o outro pelos parapsicólogos, tudo é fruto de estudo e desenvolvimento do conhecimento. Para mim até as experiências místicas com Deus são paranormais, pois não são normais e são sim muito anormais. Aqui está o nível máximo possível: o encontro com Deus, quando “nós atingimos o infinito ou infinito envolve o finito, sem eliminá-lo”.
Frei, compreender as experiências vividas por de Abraão, que ouviu, viu e recebeu orientações dos anjos e de Deus (Gn18); Moisés, que viu o fogo na sarça ardente, ouviu a voz de Deus do fogo e depois em várias circunstâncias (Ex 3); como as dos pais de Sansão, que viram e conversaram com um anjo (Jz 13); Samuel, que ainda como menino ouviu uma voz chamando-o dentro do Templo (ISm 3); Isaias, no momento em que recebeu a revelação da missão dele (Is 6); Elias, que sintonizou, conversou e viu Deus no monte Horeb (IRs 19); Maria de Nazaré e Zacarias, que receberam, a visita de anjos, conversaram com eles e souberam de acontecimentos futuros (Lc 1); como as dos apóstolos de Jesus, que O tiveram como mestre e que passaram pelas experiências da aparição do ressuscitado e do Pentecostes (At 2); Pedro, Tiago e João, que presenciaram a transfiguração de Jesus e ouviram a voz de Deus (Mt 17); Paulo de Tarso, que viu e ouviu Jesus em forma de luz no caminho de Damasco (At 9); Francisco de Assis, que ouviu a súplica do crucifixo (de Jesus) e teve anormalíssimas experiências místicas; Clara de Assis, que ouviu vozes e até viu o resultado de seus milagres; Joana d’Arc, que ouviu as vozes e recebeu orientações das vozes; Tereza d’Ávila, que ouviu e recebeu orientações por processos anormais (paranormais); só poderão ser completamente compreendidas e entendidas por quem também passou e viveu, passa e vive experiências semelhantes. Nenhuma experiência mística vivida por uma pessoa é igual a experiência vivida por outra, mesmo experiências vividas pela mesma pessoa não são repetições idênticas.... O campo místico está muito além do campo científico.
Frei, tive e tenho minhas experiências de vida, que para mim, são normais e entendo porque os outros não vivem as mesmas experiências, mas fui considerado anormal e até “doente” por muita gente, principalmente pelos estudiosos da “mente humana”: os psicólogos e psiquiatras, até também por muitos teólogos. Para estes foi muito mais fácil considerarem-me como doente do que procurarem entender realmente o que se passava comigo, já que o próprio Deus me escolheu para representá-Lo na atualidade. Apresentei-me como candidato e fui aprovado...
Meu pai, por muitas vezes, falou-me assim, quando o levava de carro aqui em Belo Horizonte a algum lugar determinado: “Não entendo como esses médicos podem dizer que você tem doença de cabeça, pois você dirige o carro aqui nesse trânsito e não acontece nenhum acidente e você vai onde é necessário, mesmo que você ainda nunca foi no lugar desejado”. Hoje posso dizer que venci mais esta batalha, que foi a de ser considerado como uma pessoa doente e incapaz: “Hoje sou considerado normal e completamente sadio”. A sua carta é uma prova do que estou falando.
Frei, seria muito bom para todos e principalmente para a aqueles, que buscam o caminho da PAZ e da VERDADE, se os “estudiosos da mente e os teólogos” aceitassem dialogar comigo para que pudessem analisar melhor o que aconteceu e acontece comigo. Com essa atitude a Verdade se tornaria mias clara, límpida e compreensível, pois todas as dúvidas seriam facilmente esclarecidas... Mas enquanto estou aqui, habitando um corpo de carne, julgam-me um anormal ou mesmo doente, e a maioria me oferece apenas o silêncio profundo como resposta. Mas sou teimoso e até chato mesmo, sou uma pedra no sapato de muita gente, por isso continuo escrevendo as minhas cartas para registrar e divulgar o máximo possível o que já descobri e tiro cópias xerox de todas. Isso faço porque a minha responsabilidade é para com todos e principalmente para com “Deus-Pai-Mãe Criador”. Aprendi a agir assim com o nosso mestre Jesus, que disse: “Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e consumar a sua obra. O meu Pai trabalha até agora e por isso eu também trabalho” (Jo 4,34 e 5,17).
Frei, depois, que eu não estiver mais aqui, muitos irão tentar me compreender, estudar tudo o que fiz e tentei fazer, mas aí será muito mais difícil... Uns irão até trabalhar para a minha canonização, já que senti e vivi na presença de Deus, falei com Deus e ouvi a voz de Deus. Veja o que aconteceu com Teilhard de Chardin e com muitos outros. O normal para os pesquisadores ou defensores da Verdade é só aceitarem uma “nova idéia ou uma nova visão de algo já pensado”, quando o defensor da tese já estiver em outra, livre das incompreensões e disputas comuns dessa vida. Não entendo como os representantes daquele que nos ensinou a “amar uns aos outros, a rezar pelos inimigos, a servir sempre, que lavou os pés dos apóstolos e nos ensinou a fazer o mesmo”, vêm de público no século XX dar orientações para pregar contra outros grupos religiosos, isso é defender uma guerra psicológica ou religiosa. Quem muito sofre com tudo isso são aquelas pessoas menos esclarecidas, que confiam e acreditam plenamente na hierarquia da Igreja Católica Apostólica Romana. Não pode-se aplicar a esses sucessores dos apóstolos nem aquela frase de Jesus: “Fazem o que eles dizem e não fazem o que eles fazem”, pois nãos se pode seguir nem o que eles ensinam ou dizem... já que pregam guerras psicológicas no campo religioso.
Eu mesmo, antes de 1980, julgava ser pecado ou algo pecaminoso entrar em alguma casa de oração que não fosse da Igreja Católica ou mesmo sentia estar pecando quando conversava com outras pessoas, que não seguiam o catolicismo, já que eram pessoas candidatas ao “Inferno” e Inferno para mim era eterno. Veja que ignorância e inocência era o meu modo de ver e entender as coisas de Deus. Frei, a responsabilidade de quem “prega a palavra de Deus” é muito grande.
Todos aqui vão bem e enviam-lhe muitas lembranças, a Malvina vai ler essa carta agora... e ela também envia-lhe um grande abraço.
Um grande abraço do ex-noviço, que sempre está em busca da PAZ PLENA e da VERDADE ABSOLUTA.... Rosário Américo de Resende.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Padre Quevedo - 5ª carta.

Paz plena...
O meu objetivo maior, após conhecer a verdade da reencarnação e entender que muitas coisas que aprendi como sendo verdadeiras nãoo eram, então me transformei num perscrutador e divulgar da VERDADE, que liberta.
E por isso escrevi mais essa 5ª carta para o Padre Quevedo:

Belo Horizonte, 22 de Agosto de 2001.
Caro amigo e companheiro de vida, Padre Oscar Gonzalez Quevedo. Desejo-lhe muita paz e amor.
A Verdade deve estar sempre acima de tudo, mas a Verdade muitas vezes fulmina a gente muito mais do que uma espada afiada, mas temos que sermos sinceros, francos e honestos, pois só assim alcançaremos a VERDADE ABSOLUTA.
Como já lhe escrevi em 13/05/2000, estou divulgando as nossas correspondências, mas de uma forma ainda individual, pois ainda não as enviei para as Redes de TVs e nem para a mídia em geral.
Todas essas minhas cartas, com exceção das de 12/01/1990, 03/11/1997, 16/07/2001 e 21/07/2001, foram incluídas num conjunto de 44 cartas e enviadas para os 8 Cardeais Brasileiros.
Faço o que estou fazendo porque me foi revelado quem eu realmente sou e não posso ficar omisso, apesar de estar ainda trabalhando de uma forma secreta ou restrita. Eu sou quem eu sou e para isso aqui estou, mesmo que a maioria esmagadora ainda não aceitou nada do que faço..., mas isso já aconteceu com muitos outros.
Na minha carta escrita para o Papa João Paulo II, em 02/09/1989, escrevi o seguinte: “Eu, desde o dia 05/01/1980, passei a aceitar a reencarnação ou a teoria das vidas sucessivas, o que veio explicar para mim todas as minhas dúvidas, todos os acontecimentos da minha vida e da vida de todos.”, e, também: “Termino essa como terminei outra carta, enviada com o mesmo trabalho em 09/07/1989: “Se o Senhor ou se Sua Santidade, Papa João Paulo II, julgar que tudo isso que lhe revelei é heresia ou debilidade da minha mente, eu lhe peço: “Queime tudo isso: essa carta e o trabalho”. Mas, desde já lhe confesso também, como o assunto é muito sério, fico com cópia de tudo””.
Como já escrevi em 13/05/2000 digo que o Universo é imenso, mas todos nós caminhamos com o mesmo objetivo ou para o mesmo ponto e num dia, no futuro, iremos nos encontrar. Espero que nesse dia estaremos do mesmo lado, o que será muito bom para todos, principalmente para nós dois. Peço-lhe para ler e analisar tudo o que estou lhe enviando, principalmente a sua resposta de 14/11/1997: “Carta Aberta a um Autor Falsário”.
O meu objetivo é o encontro e a compreensão da VERDADE ABSOLUTA, como também a sua revelação e divulgação para todos.
Despeço-me com um abraço fraternal e desejo que todos encontrem a VERDADE e vivam em PAZ e na PAZ PLENA, o irmão em Cristo...
Rosário Américo de Resende.

Padre Quevedo - 4ª carta.

Paz plena...
Eis a minha 4ª carta escrita para o Pe. Quevedo, que foi escrita em função da participação dele no programa de Rede Globo como o "Caçador de Enigmas". Esta carta ficou sem resposta. Eis a carta:

Belo Horizonte, 13 de Maio de 2000.
Caro irmão e companheiro de vida, Pe. Oscar Gonzalez Quevedo. Somos irmãos porque somos todos filhos de Deus-Pai-Mãe, que dirige tudo respeitando plenamente a liberdade de todos, até daqueles que agiram, agem e agirão contra o amor, a compreensão, a liberdade e a sabedoria.
Tomei novamente a decisão de escrever-lhe em função do que está escrito em Mateus: “Se o teu irmão pecar, vai corrigi-lo a sós. Se ele te ouvir, ganhaste o teu irmão. Se não te ouvir, porém, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda questão seja decidida pela palavra de duas ou três testemunhas. Caso não lhes der ouvido, dize-o à Igreja. Se nem mesmo à Igreja der ouvido, trata-o como o gentio ou o publicano. Em verdade vos digo: Tudo quanto ligardes na terra será ligado no céu e tudo quanto desligardes na terra será desligado no céu” (Mt 18,15 a 18). E também porque assisti algumas de suas últimas participações no programa do Fantástico da Rede Globo, como o caçador de enigmas.
Numa de minhas cartas, que enviei para o Dom Frei Boaventura Kloppenburg ofm, em 07/04/2000, fiz a seguinte observação a seu respeito: “O grande teólogo e parapsicólogo Pe. Oscar Gonzalez Quevedo escreveu os livros: “A Face Oculta da Mente” e “As Forças Físicas da Mente”, este em dois volumes. Para quem quiser aprender algo sobre a “mente consciente” esses livros são ótimos e fantásticos mesmos, são uma obra prima; mas se quiser aprender alguma coisa sobre a “mente inconsciente”, então não perca tempo em lê-los, pois para esse aspecto não valem nada mesmo. O autor não explica nada sobre o “inconsciente”, e então nada sabe ou só deseja enganar, só lança mais confusão e sofisma sobre o assunto. O objetivo dele é chamar “outros” de enganadores e dizer que tudo, o que fazem, é com fraude. Ele estudou mágica para provar e enganar a ele mesmo que os outros enganam. O maior enganador e enganado é ele mesmo, pois ele, quando não pode mostrar os fatos, faz mágica”. Enviei para o Dom Frei Boaventura cópia da carta que lhe enviei em 04/12/1997.
Já lhe enviei outra carta em 24/03/1989, quando fiz algumas observações contrárias ao seu livro: “A Face Oculta da Mente” e expus a contradição entre alguns pontos de vista apresentados no seu livro com as orientações da cúpula da Igreja em Roma. Pedi-lhe explicações e orientações, pois se o Senhor estivesse certo então o Papado enganou e engana a todos nós. Também não concordava com as suas idéias e exposições fanáticas e radicais apresentadas no programa de televisão em 18/03/1989. Pela sua resposta de 24/05/1989, que recebi daquela minha carta parece que o Senhor nem leu a minha carta ou então a sua imensa vontade de provar que os outros estão sempre errados o deixa cego e incapaz de raciocinar, pois apenas disse que todas as minhas dúvidas estavam explicadas em suas publicações, ao passo que eu contradizia às suas publicações (vide o xerox da sua resposta, em anexo).
Em novembro de 1997, enviei-lhe o livro: “A Reencarnação Segundo a Bíblia e a Ciência”, esperando encontrar no Senhor um verdadeiro discípulo de Jesus, que nos ajudasse a encontrar, compreender e até a divulgar a VERDADE, que liberta.
Que decepção tive quando recebi a sua “Carta Aberta a Um Autor Falsário” no dia 14/11/1997. Essa sua carta me provou que devemos ser realmente “pombas e serpentes” ao mesmo tempo, como Jesus nos orientou: “Eis que eu vos envio como ovelhas entre lobos. Por isso, sede prudentes como as serpentes e sem malícia como as pombas” (Mt 10,16).
Continuando na minha firme posição de buscar a compreensão e o conhecimento dos desígnios de Deus com relação a toda a criação, passei a escrever as minhas cartas filosóficas, bíblicas e teológicas. Nestas cartas fui expondo o que ia compreendendo sobre o meu ser e sobre tudo na imensa criação de Deus.
Com relação às suas atitudes e ao seu comportamento nem se pode aplicar um outro ensinamento de Jesus: “Portanto, fazei e observai tudo quanto vos disserem. Mas não imiteis as suas ações, pois dizem, mas não fazem” (Mt 23,3), pois o Senhor só diz que os outros mentem, enganam e fraudam, demonstrado muito orgulho e vaidade, como se fosse o único dono da Verdade e o Senhor de tudo.
Quero lhe dizer que a sua presença e participação no programa do Fantástico da Rede Globo está denegrindo, sujando e enlameando a “imagem de nossa Igreja Católica Apostólica Romana” e a sua pessoa também. Qualquer pessoa, que pensa um pouco além do normal, vê e conclui como o Senhor está realmente jogando lama na obra de Jesus. O Senhor faz tudo contrário ao que se ensina no Evangelho de Jesus, como já expus na carta de 04/12/1997, que já lhe enviei. A sua entrada e saída do programa do Fantástico parece um “mago negro e um terrível inquisidor”.
Quando ouço o Senhor falar pela televisão que tudo é “mentira, fraude e enganação”, tenho pena do Senhor por causa do seu fanatismo e sarcasmo, que o deixam cego. Existem realmente enganadores, aproveitadores e espertalhões, mas existem também os honestos, sinceros e fiéis para com o trabalho do nosso Mestre Jesus. Estes humildemente fazem o que Jesus nos ensinou, que é: “amar e servir sem ver a quem, e até aos inimigos”. Trigo e joio estão misturados em todo lugar, até no seio da Igreja Católica Apostólica Romana.
Não recebi resposta da carta de 04/12/1997, que lhe enviei juntamente com 3 trabalhos meus e 2 outras cartas, por isso não posso ter certeza se o Senhor recebeu todo o material, que lhe enviei.
Mesmo assim decidi escrever-lhe essa outra carta, pois caso contrário estaria sendo omisso perante a minha responsabilidade para com a VERDADE. Quero lhe dizer o seguinte que não sei como será o futuro, pois o futuro pertence a Deus, mas nós construímos o nosso futuro, pois colhemos aquilo que semeamos. A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.
Como estamos aqui para cumprirmos missões especiais dentro do Projeto da Criação, e com toda liberdade, mas o objetivo principal para todos tem que ser o encontro e a divulgação da Verdade, que liberta.
Alguns amigos meus, que já leram as nossas correspondências, me perguntaram porque ainda não enviei para a Rede Globo as cartas que já lhe enviei e as que o Senhor já me enviou. Ainda não decidi a fazer isso, mas em nome da própria VERDADE poderei fazer um “dossiê” com tudo e enviar para várias Redes de Televisão. A minha decisão irá depender muito de suas futuras apresentações pelas TVs.
Um dia nós encontraremos, espero que seja para somar os nossos conhecimentos e não para disputar, como Elias, que enfrentou os 450 sacerdotes de Baal e como Jesus, que enfrentou os fariseus, os saduceus e muitos membros do Sinédrio Judeu, que compunham a liderança religiosa existente na época de Jesus.
Não tenho nada a perder e não temo nada, pois sei quem realmente sou e para que estou aqui. Sei também que não posso ser omisso em nenhum momento, por isso já lhe enviei as outras cartas, como também já enviei quase 100 cartas para muitos teólogos Padres, Bispos, Cardeais e até uma para o próprio Papa João Paulo II.
Quem avisa amigo é e eu estou avisando.
Com base na Bíblia Sagrada concluí e sei que quem escolhe os representantes de Deus entre os homens é o próprio Deus e não as “estruturas formadas pelos homens”, que defendem seus próprios interesses e não a vivência do amor, da paz e da verdade para todos. Os escolhidos pelas estruturas formadas pelos homens são tolhidos e cassados no princípio básico da condição humana, que é o direito e a liberdade de expressar as próprias idéias. Estes têm compromissos morais e de obediência para com os seus superiores hierárquicos. Mesmo assim entre estes, escolhidos pelos homens, aparecem ótimos representantes de Deus, quase perfeitos.
Muita paz e luz, em nome do Mestre Jesus, são os votos do irmão.....
Rosário Américo de Resende.

Padre Quevedo - 1ª carta e 1ª resposta dele.

Paz plena...
Irmãos e companheiro de vida, um grande abraço.
Nos anos de 1988 e 1989 eu fiz um curso para leigos de exegese bíblica com um padre jesuíta, que era professor da PUC do Rio de Janeiro.
Ele me indicou para ler 3 livros do Padre Oscar Gonzalez Quevedo: "A Face Oculta da Mente" e dois volumes de "As Forças Físcias da Mente". E essa foi a razão da minha iniciativa de escrever para ele.


Belo Horizonte, 24 de Março de 1989.
Caro amigo e companheiro em Cristo, Pe. Oscar Gonzalez Quevedo.
Já o conheço pela televisão há muito tempo, década de setenta e nos dias 11 e 18/03/89 ouvi mais participações suas na TV Bandeirantes. Já tinha visto alguns de seus livros, mas nunca os tinha lido, pois nada sabia sobre o assunto tratado.
Em junho de 1988 escrevi uma pequena monografia, onde expliquei o que é o inconsciente e a entreguei ao Pe. Carvalho, também jesuíta como o Senhor o é, com o qual estou fazendo um curso de aprofundamento bíblico. Quando o Pe. Carvalho leu a minha monografia e como fiz referências sobre o “INCONSCIENTE”, ele não fez nenhum comentário comigo, mas indicou-me para ler os seguintes livros de sua autoria: “A Face Oculta da Mente” e os dois volumes de “As Forças Físicas da Mente”. Adquiri os livros e já li “A Face Oculta da Mente” e estou lendo o segundo livro. Com sinceridade vibrei com o seu livro, as suas explicações e teorias sobre a mente humana. Desde 1981 pesquiso e estudo muito os fenômenos da mente, leio tudo que fala sobre “mente e inconsciente”. Os termos para se referir às profundezas da mente, que é o próprio ser, são variáveis, como: inconsciente individual e coletivo, superconsciente, subconsciente, superego e etc..
Fiz dois cursos de controle mental, um em 1981 e o outro em 1986, este pela Associação Azul.
Após ter iniciado o estudo sobre a mente humana passei a me compreender e autoconhecer muito mais, como também a todos os meus próximos, seja eles de qualquer grupo religioso ou mesmo ateu. Pela simples razão de alguém não pertencer à minha religião não tenho o direito de dizer que o que ele faz é crime ou charlatanismo. Temos que entender e viver os ensinamentos de Jesus: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8,32).
Na sua participação no programa de 18/03/1989, o Senhor, Pe. Quevedo, disse: “Qualquer ação de curandeirismo é crime e que só DEUS pode operar milagres. Deus só se revelou ou comunicou com a humanidade por intermédio do judaísmo, antes de Cristo, do cristianismo, de Jesus até a separação dos nossos irmãos protestantes e após esta separação só pelo catolicismo romano”, (não sei se fui fiel às suas palavras). Acho quase impossível, que o Senhor com uma visão tão avançada sobre a mente humana, possa ter atitudes dignas dos Cardeais Joseph Ratzinger e Bernardin Gantin, representantes ultraconservadores da Igreja Católica Apostólica Romana, pois representantes do Evangelho de Jesus, que pede amor e compreensão para com todos, eles não o são.
Pela sua tese Deus não deu conta de salvar a humanidade pelo “judaísmo” e por isso resolveu mudar o rótulo ou a aparência do povo escolhido para “cristianismo”. Depois Deus deve ter tido dificuldades para intuir a muitos e por isso, deixou uma grande parte se perder, para manifestar-se só pelo catolicismo apostólico romano.
Pe. Quevedo, Deus não tem um grupinho ou grupo escolhido para se revelar, mas DEUS está em toda parte e em todo lugar (assim aprendi em meus 9 anos de seminário, mas hoje digo diferente e é assim: “Deus pode estar em todo lugar, o que quer dizer que não está em todo lugar, pois poder estar não é estar e isso não diminui a capacidade da onipresença de Deus”), então ELE pode agir por intermédio de todos os seus filhos. Nós temos que ser humildes e aceitar a onipotência, onisciência e onipresença de DEUS. Não podemos ser orgulhosos e julgarmo-nos como os únicos representantes de DEUS na terra, isso sim: reduz a capacidade da onipresença de Deus.
Não vou comentar todo o seu livro por ser muito longo e sobre as qualidades ou propriedades da mente consciente o Senhor é doutor mesmo, por isso faço apenas 3 (três) comentários:
1º - O Senhor refere-se muito ao inconsciente, como responsável por tudo o que acontece com os sensitivos, mas não dá nenhuma noção do que é realmente o INCONSCIENTE. Na minha opinião o inconsciente atua em todos e não só nos sensitivos e é também um conquista, guardada secretamente no inconsciente de cada indivíduo; por isso existem posições tão antagônicas tomadas pelas pessoas, como: Ghandi e Hitler, ambos queriam a salvação de seus povos e agiram tão diferentes; Francisco de Assis e os Papas de sua época, todos seguidores do Evangelho, um renunciou a fortuna e obedeceu, vivendo conforme o Evangelho e os outros procuraram a fortuna e o poder, dando apoio ou mesmo comandando a terrível inquisição, as guerras das cruzadas e outras, negando ou melhor esquecendo do Evangelho, que pede amor, perdão e caridade; o Papa Leão X e o reformador Martinho Lutero, ambos seguidores do Evangelho e condenando um ao outro; o liberal Papa João XXIII e o ultraconservador Lefebvre; os conservadores Cardeais Ratzinger, Gantin e o pacífico Dom Evaristo Arns, o divulgador da boa notícia Dom Pedro Casaldáliga e o frei Leonardo Boff ofm, divulgador da Teologia da Libertação.
2º - Na página 24 da 32ª edição do livro “A Face Oculta da Mente”, o Senhor afirma: “A pessoa mais honesta no consciente, pode ser a maior trapaceira em qualquer manifestação do seu inconsciente”. Isso no meu ponto de vista é incompreensível e inadmissível, pois o “ser humano” é um todo, composto de carne, corpo, mente, alma ou espírito. Como o homem pode ser honesto e desonesto ao mesmo tempo? É honesto no todo ou é desonesto. Se assim não fosse até poderia estar negando a sabedoria e perfeição de DEUS, que criou um “ser honesto e desonesto, bom e mau, verdadeiro e mentiroso ao mesmo tempo”. Como confiar na obra de DEUS, pensando e defendendo tal princípio ou tese como essa sua? Essa sua tese não é racional e nem lógica.
3º - Na página 366 da mesma edição, como em muitas outras passagens, o Senhor afirma ser impossível a comunicação entre vivos e mortos. Então pergunto: E os casos de comunicação entre vivos e mortos (espíritos) relatados na Bíblia e na história da Igreja Católica Apostólica Romana? Na transfiguração de Jesus (Mt 17,1 a 13; Mc 9,2 a 13 e Lc 9,28 a 36) Moisés e Elias não eram mortos ou espíritos? Jesus não apareceu várias vezes aos discípulos, após a morte na cruz e sua ressurreição? E os casos dos anúncios dos nascimentos de Sansão (Jz 13), João Batista (Lc 1,5 a 25) e de Jesus (Lc 1,26 a 38)? Nestes 3 (três) casos foram feitas referências a anjos e anjo não é Deus ou Deus também inconscientemente usa de outros nomes para nos enganar ou complicar? Ou tudo isso é falsidade bíblica? E o fenômeno acontecido no festim de Baltazar (Daniel 5)? Aqui pode-se falar que foi Deus o autor da mensagem: “Mane, Mane, Tecel, Parsin”, pois não houve identificação de quem foi. E por que o autor da mensagem ficou em segredo?
Em Mateus 8,28 a34: Como explicar o relato todo, não se trata realmente de endemoninhados ou de espíritos obsessores para os dias de hoje? Ou é mesmo só doença mental?
E os casos das aparições de Nossa Senhora aceitas pela Igreja, como em Lourdes e Fátima? Nossa Senhora não é Deus ou o Igreja aceitou a desonestidade do inconsciente dos meninos videntes, dando assim apoio a mentira e falsidade, enganando a todos nós? O Papa vai lá!!!
Veja a relação anexa, indicando os trechos bíblicos que falam da comunicação entre os dois planos: visível e invisível. Esses trechos são falsos ou verdadeiros? Se são falsos, então a Bíblia está cheia de falsidades, mentiras e enganações? Se são verdadeiros por que negá-los hoje ou será que Deus se arrependeu e não permite mais a comunicação?
Se não há comunicação, intercâmbio ou intervenção dos mortos para com os vivos, então como se explica e justifica a necessidade de milagres comprovados por parte dos “mortos” para que sejam canonizados santos pelo Papa? Ou isso tudo é enganação e o Papa com os seus assessores fingem que existem o milagre, que é a prova da intervenção do futuro santo no plano dos vivos para ser canonizado? Nesse caso eles estão enganando assim a boa fé dos fiéis? Os santos ou os futuros santos não são “DEUS’es” ou existem exceções para certos casos na sua afirmativa, como escrevi na página anterior, que só Deus pode operar milagres? Ou é Deus que opera o milagre e os “louros” vão para os santos?
Estudo, pesquiso e analiso tudo sobre a mente humana, o consciente, o inconsciente individual e coletivo. O consciente e o inconsciente de cada filho ou filha de Deus não é um dom gratuito de Deus, mas uma conquista de cada um de nós. Gratuitamente da parte de Deus só recebemos a VIDA e os meios ou armas para conquistarmos a plenitude da sabedoria.
Sendo só para o momento, despeço-me com um forte abraço em Cristo e desejando, que, juntos e unidos, chegaremos ao conhecimento da verdade que liberta. Para conhecer a verdade, que liberta, não pode haver nenhuma idéia preconcebida, pois a verdade absoluta é o próprio DEUS e quem poderá conhecê-Lo? Deus vai se revelando cada vez mais à humanidade, necessitando apenas do aparecimento de homens em condições, humildes e preparados, e no futuro poderemos realmente conhecê-Lo e aí seremos libertos dos preconceitos e dos dogmas castradores da nossa liberdade até de pensar.
Muita paz e luz, em nome do Mestre Jesus, são os votos do amigo....
Rosário Américo de Resende

São Paulo, 24 de Maio de 1989.
Prezado Sr. Rosário:
Sendo muitas as cartas recebidas, não podemos dar respostas particulares. Geralmente as respostas estão nas nossas publicações.
Elas trazem explicações amplas e detalhadas sobre suas dúvidas.
Na esperança de ter satisfeito seu interesse e de lhe sermos úteis, subscrevo-me.
Atenta e afetuosamente, (assinado) Pe. Oscar Gonzalez Quevedo, S. J.

domingo, 27 de junho de 2010

Defendendo a Reencarnação.

Paz plena...
Após ter lido o livro "Reencarnação", escrito pelo bispo Dom Frei Boaventura Kloppenburg, onde se nega a reencarnação do princípio ao fim, decidi escrever esta carta para o mesmo:

Belo Horizonte, 07 de Abril de 2000.
Dom Frei Boaventura Kloppenburg ofm,
desejo-lhe muita paz e luz em nome do nosso Mestre Jesus. Que o “Espírito Santo” possa nos mostrar a “VERDADE”.
Que o exemplo, a vida e a humildade de São Francisco de Assis, também, nos sirvam de exemplos, metas e objetivos para as nossas vidas. São Francisco renunciou às riquezas e pompas terrestres para realmente seguir o caminho de Evangelho, até ser um teólogo e um filósofo de fama, São Francisco renunciou. Ele não quis que os frades franciscanos fossem filósofos e ou teólogos, mas, quando não houve mais jeito, entregou a Santo Antônio a responsabilidade da instrução para aqueles que abandonaram tudo, e foram atrás de suas pegadas; isto é: da vivência humilde e plena dos ensinamentos de Jesus, que foi o caminho tomado pelo humilde São Francisco de Assis.
Dom Frei Boaventura já tive um encontro com o senhor, ocorrido em 1966. Esse nosso rápido diálogo aconteceu na casa de retiro São José, em Belo Horizonte. Procurei-o, a conselho do meu ex-Padre mestre, o frei Estanislau, para me beneficiar dos seus dotes especiais de hipnotizador. Fui seminarista franciscano por 9 anos, e nos anos de 1965 e 1966, fiz o noviciado no Convento de Santa Maria dos Anjos, em Betim, MG. Realmente queria ingressar na Ordem Franciscana dos Frades Menores, quando era ainda uma criança; vontade, que voltei a ter de 1984 a 1987, quando fiquei viúvo, e era um adulto, mas também não foi possível, porque todas as portas foram fechadas.
Quem somos nós para desvendarmos plenamente os desígnios de Deus ou os labirintos, nos quais somos colocados pelas circunstâncias da vida? Mas nós não somos peças de xadrez no tabuleiro da vida. Somos os responsáveis por aquilo que somos, e temos que colher aquilo que plantamos.
Era um pouco gago, e não conseguia falar em público, por isso decidi dar um tempo, antes de fazer os votos simples, e, tentei fazer um tratamento de voz, aqui em Belo Horizonte, com o psicólogo Frei Ricardo.
Procurei-o em 1966, com objetivo de livrar-me da minha gagueira por intermédio da hipnose, já que o senhor, um grande e famoso hipnotizador, era muito conhecido, e até fora dos meios franciscanos. O senhor recebeu-me, atenciosamente, e levou-me para uma sala reservada. Prontamente fez um teste inicial comigo, mas quando viu que nada aconteceu comigo, e que os seus poderes hipnóticos eram ineficazes perante a minha pessoa, falou-me mais ou menos assim:
- “Não vou hipnotizá-lo, pois corro o risco de não trazê-lo de volta”.
Assim encerrou aquele nosso encontro. Fiquei decepcionado, e continuei o tratamento de voz com o frei Ricardo ofm, até o início de 1967. Durante as férias do Frei Ricardo, ele entregou-me aos cuidados de uma psicóloga, que fez curso de pós-graduação em Paris, e com a qual tive algumas entrevistas. Ela aconselhou-me a parar com o tratamento, que consumia todos os meus recursos financeiros. Falou-me que o meu caso não era um problema para a vida, e que devia continuar com os meus estudos, o que realmente fiz, parando de vez com o tratamento de voz.
Aquele encontro foi muito importante para mim, pois me serviu muito para o meu autoconhecimento. Já tinha tido uma experiência hipnótica, em 1963, com o frei Albino Arezi, que também não conseguiu me hipnotizar. Também o frei Albino considerava e apresentava a hipnose como um fenômeno para espetáculos públicos.
Hoje sei que existem pessoas, que quase ninguém consegue hipnotizá-las. Estou incluído neste grupo, já que passei por dois ilustres e famosos hipnotizadores, que não conseguiram me dominar, mesmo desejando imensamente sê-lo. O senhor já descobriu e entendeu o porquê de tudo isso? ... Deus vela por nós, protegendo os seus enviados e eleitos de todos os bisbilhoteiros.
O objetivo dessa minha carta é comentar alguma coisa sobre o seu livro: “Reencarnação”, cujo conhecimento tomei por intermédio de uma pessoa, decepcionada com o mesmo, pois julgou pelo nome, que o senhor era a favor e não contra a reencarnação. Gostei imensamente do seu livro, apesar de apresentar idéias contrárias às minhas. Por causa dele surgiu esta oportunidade, que me permitiu defender e esclarecer mais ainda as minhas teses.
Tornei-me reencarnacionista em janeiro de 1980, sem nenhum drama de consciência, mas buscando livremente a VERDADE. Esta é a razão do porquê que estou enviando-lhe esta carta. Escrevi na contra capa do meu exemplar do seu livro:
- “O homem é uma união perfeita entre um espírito (re)encarnado com um corpo de carne, por isso aceito e até defendo o “unitarismo” da Teologia da Libertação.
O espírito vem de Deus-Pai-Mãe Criador, e o corpo é gerado por uma mãe humana, após a concepção, que foi o fruto de uma relação sexual, amorosa ou não, entre os futuros pais físicos daquele, que será um novo ser humano. Existem raríssimas exceções da regra criada por Deus, para os casos de fecundação em função da evolução dos estudos da genética, onde existem muito conhecimento e pouco amor. O que morre é o corpo de carne, e este realmente morre uma vez só. Quem (re)encarna é o espírito semi-eterno, já que foi criado simples e ignorante, e que busca a sabedoria e a perfeição. Na morte física do corpo, existe a separação entre o espírito e o corpo, e aqui temos o dualismo provado e comprovado.
Logo que entreguei as minhas armas, aceitando a idéia da reencarnação, fui buscar comprovação nas páginas da Escritura Sagrada, antes de ter lido qualquer obra reencarnacionista. Entreguei-me à inspiração e orientação do “Espírito Santo”, pois estava acontecendo algo novo comigo. Deixei que a “Presença Invisível de Deus” me guiasse à plena verdade, e me livrasse dos princípios bitoladores, que aprendi em meus nove anos de seminário, e me aprisionavam com “algemas de ouro”. Até 12/04/1984, a presença de Deus, para mim, era invisível e inconsciente, depois tudo ficou consciente e visível.
Comentários sobre o seu livro e as provas, que encontrei na Bíblia, foram (itens 1 a 9):
1) Como o nosso Mestre Jesus existia antes de encarnar no ventre da virgem Maria, era e é muito lógico e racional que seus discípulos façam o mesmo para levar em frente a obra do mestre, seguindo o exemplo do mesmo. Todo discípulo tudo faz para seguir o caminho e exemplo do mestre, e quanto mais perfeito é o discípulo, mais vontade possui para seguir o Mestre. O espírito de Jesus existia antes de encarnar (Jo 1, 1 a 18), e aqui se prova a preexistência do espírito ao corpo de carne. Se para Jesus isso é uma verdade, por que então não poderá ser também para os discípulos de Jesus e para todos? Por que temos que negar algo, sem saber o que estamos negando?
2) A Parábola do Tesouro: “O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo; um homem o acha e torna a esconder e, na sua alegria, vai, vende tudo o que possui, e compra aquele campo” (Mt 13,44). Em algumas traduções ainda se diz: “... e na alegria de o achar de novo...”.
Este foi o primeiro trecho bíblico, no qual vi e compreendi, por revelação, a reencarnação. Naquele momento (10/01/1980) não tinha o controle emocional para escrever a parábola toda, mas apenas, em rápidas palavras, dei a explicação: “Nasce, cresce, encontra e morre ou nasce, cresce, morre e encontra”. O campo é o nosso corpo de carne e o “Reino de Deus” é a vivência consciente e em paz consigo mesmo, com a sabedoria, com a verdade..., e..., com Deus.
A alegria de se encontrar com a plenitude, em tudo, é tão grande e envolvente, que o espírito, em evolução, deseja viver a experiência novamente. Esse encontro tanto pode ser em vida, havendo imediatamente a morte física do corpo ou não, como após a morte física do corpo, depois de passar um período no “purgatório”. Para o primeiro caso e, não havendo a morte física do corpo, então temos entre nós um mestre, para ensinar à humanidade, como foi o caso de Jesus e alguns outros.
Essa interpretação, feita a mim por revelação sobrenatural, veio também me explicar a própria parábola. O ensinamento esotérico, contido nessa parábola, permaneceu oculto de todos os ocultistas por quase 2 milênios, pois nenhum reencarnacionista já o utilizou, como estou fazendo.
Via nessa parábola uma desonestidade e até chantagem, o que não se pode aceitar com relação aos perfeitos e puros ensinamentos evangélicos, como: “Um comprava o tesouro e o outro vendia o campo! Por que, quem achou o tesouro, voltou a escondê-lo? Já era dele, pois o achou ou isso foi apenas para enganar o outro e a ele mesmo, para ter a consciência em paz e tranqüila depois?”.
3) Parábola do Joio.
Passei a ver aqui também, de uma forma esotérica, um ensinamento reencarnacionista, já que não vejo e nem aceito o “Diabo”, em condições de lutar de igual para igual com Deus e, além do mais, Deus não luta, mesmo dirigindo tudo, respeita plenamente a liberdade de todos. Como o joio foi semeado, alguém foi o responsável por essa semeadura e esse alguém é o próprio homem.
Veja a minha nova e revolucionária interpretação sobre a Parábola do Joio: “Como os espíritos estão em evolução e só, se pode evoluir, quando ainda não é perfeito, “Portanto, deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48), e passando pelas provas ou provações. Quando um homem tem uma relação amorosa e plenamente fiel com sua esposa, o normal é a aproximação de espíritos amorosos, e, quando existe uma relação infiel, traidora e adúltera, então se aproximam os espíritos infiéis, adúlteros e traidores. Estes podem entrar nos espermatozóides e viverem uma curtíssima encarnação, desencarnando, quase imediatamente, como filhos da infidelidade e da traição, fugindo de qualquer tipo de justiça e condenação”.
Justiça e condenação só existem onde ainda não reinam o amor, a caridade, a humildade, a compreensão, a liberdade, a fidelidade, a verdade, a sabedoria e a perfeição.
Pode até haver nascimentos de relações sexuais sem amor, encarnando assim espíritos do mesmo padrão, quando a mulher foi e é utilizada apenas como matriz. Aqui se encaixam os casos bíblicos de Abraão com Agar e Jacó com Lia, Bala e Zelfa. Abraão amava a Sara e Jacó amava a Raquel. Também pode haver nascimentos de relações sexuais adúlteras, casos em que imperam muito mais o lado vil e irresponsável do ser humano. Aqui podem se iniciar ou continuar muitas complicações, já que muitos podem ser jogados na lama e na perdição. Mas cada caso é um caso, e por isso precisamos entender bem os labirintos criados pela vida e por quem vive a vida, como um todo. Veja o que está escrito sobre o número “666” no capítulo 13 do Apocalipse.
Por que as mulheres amadas inicialmente eram estéreis, como Sara, Rebeca, Raquel, Ana, a mulher amada de Elcana e mãe de Samuel, e Isabel, mulher de Zacarias? Isaac é filho de Sara e José do Egito é filho de Raquel.
Aqui se cumpre à lei: “Semelhante atrai semelhante” ou “Diga-me com quem andas, que direi quem és”, como também o ensinamento sobre a árvore e os seus frutos nos Evangelhos.
4) No capítulo 3 do Evangelho de João também vi o ensinamento esotérico da reencarnação ou das vidas sucessivas, só que não é onde todos os outros reencarnacionistas viram. São João, para mim, é o principal escritor gnóstico, que se conhece. O “nascer do alto ou nascer de novo” (Jo 3,3 e 7) é realmente o (re)nascimento de um ser adulto, é a conversão ou a reforma íntima, é o nascimento pelo espírito e é o encontro com a Verdade, como São João encontrou. Só entende isso aquele que viveu conscientemente tais experiências, semelhantes às de Abraão, Moisés, Samuel, Elias, Isaías, Daniel, Jesus, os apóstolos no Pentecostes, São Paulo no caminho de Damasco, São Francisco de Assis, Santa Joana d’Arc e muitos outros.
Vivi o meu “nascimento do alto”, em janeiro de 1980. O “nascimento do alto” é o encontro real e consciente consigo mesmo e até com Deus.
Nos versículos 11 e 12 está escrito: “Em verdade, em verdade, te digo: falamos do que sabemos e damos testemunho do que vimos, porém não acolheis o nosso testemunho. Se não credes quando vos falo das coisas da terra, como ireis crer quando vos falar das coisas do céu?”.
O “nascimento do alto é coisa da terra”, pois ocorre com um ser humano enquanto vivo, e “nas coisas do céu, para mim, estão incluídas a (re)encarnação, a desencarnação, a assunção, a ressurreição e a ascensão”, pois liga os planos visíveis com os invisíveis, e são coisas do Céu mesmo. Isso Jesus não pode realmente explicar por causa da ignorância reinante entre seus contemporâneos. Ignorância essa que continuou por muitos séculos depois, e mesmo agora, existe muitos que não querem ainda se libertar dela e da cegueira.
5) Em João 16,12 a 15, lê-se: “Tenho ainda muito que vos dizer, mas não o podeis agora suportar.”. Neste trecho ficou muito claro mesmo que Jesus não nos ensinou tudo: havia algo mais. A revelação de Deus aos homens não terminou com a Bíblia. Aqui se compreende a continuação da revelação de Deus a nós, e é defendida também a nossa própria evolução. No futuro poderemos compreender muito mais, à medida que formo-nos evoluindo, sendo nós cada vez mais perfeitos teremos puros os nossos corações (Mt 5,8), e com essa condição, poderemos ver a Deus.
Para mim é impossível entender, defender perfeita e claramente a evolução ou a busca, quase eterna da perfeição, sem a visão ou aceitação da reencarnação.
Hoje sou gnóstico, monoteísta, dualista e evolucionista. Sou contrário às duas correntes filosóficas do agnosticismo. Nego o monismo, o panteísmo e o politeísmo.
Sou contra a crença de dois princípios eternamente conflitantes: um do Bem e o outro contrário ao Bem. Se isso fosse verdadeiro, seria justificável a existência do “Inferno Eterno”, local onde o Bem nunca entraria ou onde nunca seria sentida a presença da Divindade.
Também nego o dualismo modificado, que sustenta que Deus é ambivalente, isto é: benévolo e malévolo ao mesmo tempo.
Aceito o “unitarismo”, defendido pela Teologia da Libertação, já que ensina que o homem é uma união perfeita entre corpo e espírito. Nunca podemos justificar o sofrimento do corpo para salvar o espírito, ou mesmo porque Jesus também sofreu muito por nós, culminando com a morte na cruz, após muitas traições e torturas.
Vejo e entendo a nossa evolução como a caminhada de cada um de nós para a sabedoria e a perfeição plenas, continuando a existência individual de todos nós. Cada um é o próprio responsável por sua evolução ou salvação. Nunca poderemos comer um alimento para matar a fome do nosso irmão, por mais que o amemos e queiramos o bem dele.
Pelo que já li, discordo das idéias evolutivas de Teilhard de Chardin, que defende a completa união ou unidade com Deus. Quando dois seres ou duas coisas se unem plenamente, o inferior submerge, afoga-se ou se anula no superior, e deixa de existir, perdendo a sua individualidade; como os pingos de chuva ou os rios de água doce na imensidão oceânica das águas salgadas. A visão evolutiva de Teilhard de Chardin é uma outra forma de apresentar as idéias monistas de Pietro Ubaldi. O monismo de Pietro Ubaldi é idêntico ao panteísmo de outros filósofos sofistas, que para mim são idéias, que só dificultaram e dificultam o encontro com a VERDADE ABSOLUTA, porque em muitos casos vieram de quem negava a existência da Divindade.
As minhas idéias evolucionistas continuam sendo dualistas, então para mim existe a reencarnação e a ressurreição, como também a existência de Deus em sua infinita perfeição e nossa existência. Nós poderemos alcançar, também, a plenitude da perfeição com o nosso esforço, persistência e vontade.
O ressuscitado é aquele, que atingiu o pico da evolução e tornou-se quase perfeito como o Pai celeste é perfeito (Mt 5,48), só que isso é quase impossível de provar perante a existência ainda de tanta imperfeição no ser humano. O ser humano deixa-se levar pelo orgulho de querer ser sempre o melhor, a vaidade de ter a última palavra e a sede do poder em suas mãos, sem ter a condição de tê-lo. Como o ser humano é um espírito encarnado, então tudo o que existe no plano físico também existe no plano invisível e vice-versa. Tudo o que existe foi pensado por alguém antes. Um ressuscitado é um mestre vivendo aqui entre nós.
6) Em João 8,31 e 32, lê-se: “Disse, então Jesus aos judeus, que nele haviam crido: “Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará””. As palavras cernes da missão de Jesus são o PERDÃO e o AMOR: “Isto vos mando: amais-vos uns aos outros” (Jo 15,17) e “Não te digo até sete, mas até setenta e sete vezes” (Mt 18,22). Quem ama real e sabiamente não se ofende, quem não se ofende nada tem para perdoar, já que alcançou a perfeição.
Veja como são empregados os verbos no futuro: “sereis, conhecereis e libertará”. Também em vários outros trechos, como em João 16 e Mateus 5, 1 a 12 e muitos outros, vemos tudo no futuro. Então se vê claramente a busca da perfeição, e isso é: evolução e também reencarnação.
O cerne da mensagem cristã está no AMOR, no Perdão, na vida em abundância, na água viva e no alimento, que é fazer a vontade do Pai. Mas não está na paixão, na morte e no sangue derramado na cruz, que muitos consideram que foi para apagar os pecados de todos os homens de todos os tempos.
7) No trecho do cego de nascença (Jo 9, 1 a 3), também vi e compreendi os ensinamentos das vidas sucessivas, mas esse é um trecho muito citado por todos os reencarnacionistas.
A sua exposição e defesa, na página 172 do seu livro, é muito infantil e só é aceita por pessoas, que ainda não passaram pelo batismo do Espírito Santo e do fogo (Mt 3,11c) e nem pelo nascimento do alto (Jo 3, 3 e 7).
Pergunto-lhe apenas isso: “Deus, que é bom, justo, perfeito e sábio em plenitude, iria aceitar aquele padecimento e sofrimento apenas para manifestar a glória dEle”? O Senhor faria isso com um filho, irmão ou companheiro seu? Esse gesto é anticristão. Por isso é que se diz também para explicar e chocar aos aprendizes: “O Deus de muitos cristãos é anticristão”.
A criação, como um todo e em seus mínimos detalhes, manifesta constantemente a pujança da glória de Deus. Nenhum sofrimento pode ter como justificativa a glorificação de Deus. Todo sofrimento é contrário ao AMOR e ao PERDÃO, que são as bases sólidas da missão de Jesus; isto é: “A rocha sobre a qual deve estar baseada a Igreja Católica Apostólica, que é Universal (do grego)”.
8) João Batista e o profeta Elias (Capítulo 4 e item 7 do seu livro).
Também compreendi, sem nenhuma viseira ou castração da liberdade de pensar, que, nos ensinamento dos Evangelhos, está muito claro, que João Batista e o profeta Elias foram dois seres humanos, cujos corpos foram habitados pelo mesmo espírito em sua constante caminhada à busca da perfeição.
Lendo os trechos bíblicos de Mateus 11,11 a 15; 17,9 a 13; Marcos 9,9 a 13 e Lucas 1,11 a 17, pode-se ver claramente exposto o ensinamento das vidas sucessivas ou da reencarnação. Existem os que não o vêem ou não o enxergam porque não querem, por algum motivo, com o qual está comprometido, ou estão com viseiras mesmo. A maioria aprendeu desde jovem que só havia uma vida terrena e por isso continua com sua crença sem interrogá-la, como se fosse o certo ou a verdade.
Por que em Lucas 1,17, o anjo Gabriel cita: “..., com o espírito e o poder de Elias...” e não diz: “com o Espírito e Poder de Deus”? Por que, o Senhor, Dom Frei Boaventura, citou na página 91 do seu livro o trecho de Mateus 11,14: “pois João era seu contemporâneo, e Elias “há de vir” (Mt 11,14), portanto ainda não veio”?
Por que o Senhor não citou e comentou a contradição com Mateus 17,12: “Eu vos digo, porém, que Elias já veio, mas não o reconheceram”, e com Marcos 9,13: “Eu, porém, vos digo: Elias já veio, e fizeram com ele tudo o que quiseram, como dele está escrito”? Nestes dois trechos está escrito que “Elias já veio”. Para mim, o Senhor foi tendencioso, não agiu com honestidade, e está prejudicando a descoberta da VERDADE. Ou só foi ingenuidade mesmo?
Quando estamos buscando a verdade com liberdade somos honestos e sinceros, mas quando temos outras intenções, aí escondemos, encobrimos e até ocultamos qualquer coisa, que possa mostrar a VERDADE, que já condenamos sem conhecê-la.
A sua observação, com relação ao segundo advento do Senhor Jesus (pág. 91), é realmente uma apelação digna de dó. Esse tipo de apelação é próprio dos pentecostais, que são cegos dirigidos por outros cegos ou por espertalhões mesmos, que tiram deles todo o vil metal possível, com muita esperteza mesmo, às vezes os comparo com o administrador infiel, citado em Lucas 16,1a8.
Quando o Senhor cita que o próprio João negou, que não era o profeta Elias (Jo 1,21 e pág. 92 do seu livro). Isso não vale como prova, pois ele não sabia, mas o que é, é, mesmo que não saibamos nada sobre o nosso passado remoto, guardado sob muitos segredos, selos e sete chaves. Há 20 anos atrás, eu não sabia o que hoje sei, mas isso não nega a veracidade daquilo que é, ou daquilo que sou: “Eu sou o que sou”.
9) Dos trechos de Mateus 16,13 a 17; Marcos 6,14 a 16; 8,27 a 30; Lucas 9,7 a 9 e 18 a 21, pode-se deduzir que a idéia das vidas sucessivas do espírito em evolução era de uma certa forma aceita e até já defendida naquela época, mas sem uma visão clara como era.
Orígenes, em seus trabalhos e pesquisas, compreendeu e afirmou a preexistência da alma, a salvação universal, a inferioridade do Filho em relação ao Pai, mas suas teses foram condenadas como heréticas pelos líderes, que se consideravam como os representantes legais de Deus ou os donos da VERDADE. Sempre foi assim, e foi por isso, que Jesus foi condenado a morrer na cruz, e muitos cristãos verdadeiros, enviados como profetas, foram queimados vivos pela “santa e famigerada Inquisição”.
Deus sempre enviou seus mensageiros ou profetas para auxiliarem a humanidade em sua evolução lenta e constante, mas os líderes religiosos sempre julgaram e julgam que só eles podem falar em nome de Deus. Esses líderes fizeram esquemas padronizados e legalizados para Deus, tentando bitolar as formas ou os meios para que Deus pudesse ou possa se manifestar entre os seres humanos. Caso os mensageiros ou missionários de Deus afirmassem corajosamente suas missões seriam traídos, presos, torturados, julgados, e até condenados à morte, seja na cruz, na fogueira, nas arenas romanas ou mesmo na forca.
Assim foi com os profetas, com Jesus, com os apóstolos e até com alguns santos ou não, durante o trevoso período da Inquisição. Durante a Inquisição, houve piores perseguições, torturas e crimes do que os realizados pelas polícias secretas do século XX, que nada tinham de cristãs ou não tinham nenhum compromisso com o Evangelho ou a missão de AMOR do mestre Jesus.
10) Redenção: Auto-Redenção ou Heterorredenção.
Discordo do seu ponto de vista, Dom Frei Boaventura, quando disse: “Quando se suprime a heterorredenção já não se pode falar, de modo algum, de Cristo Redentor” (pág. 13 do livro “Reencarnação”).
A missão redentora de Jesus não está baseada no sangue derramado na cruz, após um vil e traiçoeiro julgamento. Essa posição só é compreendida, quando é tomada pelos fanáticos e cegos protestantes ou pentecostais, que são cegos guiados por outros cegos. São Paulo é um dos grandes defensores da heterorredenção, mas ele tinha que ensinar como ensinou, pois foi o primeiro grande perseguidor religioso dos cristãos. São Paulo deve ter vivido terríveis dramas de consciência por causa de suas passadas perseguições aos companheiros de fé, e por isso jogou toda a “culpa do pecado” em Adão e o “crédito da redenção” em Jesus.
O julgamento e a condenação à morte de cruz do grande missionário Jesus de Nazaré foi por causa do ciúme, inveja, despeito e orgulho ferido dos líderes religiosos, que não souberam compreender, entender, amar e perdoar.
A missão redentora de Jesus está em seus ensinamentos de vida, de perdão, de amor, de fé, do servir e de libertação.
Como cada ser humano fez e faz uma “imagem e um conceito de Deus” igual a ele mesmo, temos então muitas idéias falsas e até mesquinhas sobre Deus. Por isso é que dois autores bíblicos escreveram sobre o “drama do Getsêmani”, como se fosse a vontade e até exigência de Deus. Isso é fruto de pensamentos imperfeitos ou bitolados, pois chegaram a pensar que Deus só perdoaria o gênero humano, se os próprios homens matassem o seu único Filho.
É quase a mesma idéia de um pai, que tem dois filhos e que teve um deles assassinado, e esse pai só perdoaria ao assassino, se ele matasse o seu outro filho, que estava vivo. Que imensa irracionalidade e ignorância mesmo! Que falta de compreensão e sabedoria de todos os que se intitularam e se intitulam, na terra, de representantes de Deus, o perfeito!
Mas isso aconteceu, porque os primeiros cristãos não tinham como explicar por que “DEUS” permitiu ou deixou que Jesus morresse na cruz. Então passaram a defender que foi a vontade ou até uma exigência de Deus, já que o homem não tinha como pedir perdão de sua imensa culpa, que foi a desobediência do ignorante e ingênuo Adão.
Nos Evangelhos, vemos o ensino da auto-redenção, como se segue:
- Parábola dos Talentos (Mt 25, 14 a 30). Ganham aqueles que trabalharam; isso é merecimento, após o trabalho e a dedicação.
- Parábola das Minas (Lc 19, 11 a 27). Será colocado sobre muito aquele, que foi fiel no pouco. São necessários o esforço próprio e a fidelidade.
- Julgamento Final (Mt 25, 31 a 46). São convidados para entrarem e tomarem posse do Reino dos Céus aqueles que visitaram, vestiram, alimentaram, ajudaram e deram de beber; isto é prêmio, conquista e auto-redenção.
- Parábola das Virgens (Mt 25, 1 a 13). Entraram para as bodas as virgens que possuíam azeite em suas lâmpadas; isto é merecimento e obra própria.
- Aquele que crê, será salvo (Mc 16,16a; Jo 3,15). É necessário “crer”.
- Os que têm puro o coração verão a Deus (Mt 5,8). É necessário ter puro o coração, então é um esforço próprio, e não uma heterorredenção.
- Parábola do Bom Samaritano (Lc 10,30 a 37). Quem amou o próximo foi o samaritano, e Jesus disse: “Vai, e também tu faze o mesmo”. Isto é auto-redenção.
- Os Servos Vigilantes (Lc 12,35 a 40). É necessário vigiar e orar; isso é auto-redenção.
- O Fariseu e o Publicano (Lc 18,9 a 14). É necessário humilhar-se, e não ser orgulhoso, vaidoso e prepotente. Isso é algo, que representa esforço próprio.
- “Disse, então, Jesus: “Nem eu te condeno. Vai, e de agora em diante não peques mais”” (Jo 8,11). É necessário não pecar mais e buscar o aperfeiçoamento.
- Amai-vos uns aos outros como eu vos amei (Jo 15,12). É necessário por em prática o mandamento do amor.
- “Isto vos mando: amai-vos uns aos outros” (Jo 15,17). Jesus ensinou o caminho da auto-redenção.
- A Eficácia da Oração (Mt 7,7 a 11 e Lc 11,9 a 13). É necessário pedir, buscar, bater e isso é ação, é auto-redenção.
- Perdão das Ofensas (Mt 18,22). Perdoar sempre: “Jesus respondeu-lhe: “Não te digo até sete, mas até setenta e sete vezes””. É necessário perdoar; isto é esforço próprio.
- Parábola do Devedor Implacável (Mt 18,23 a 35). É necessário perdoar, e só perdoa quem foi ofendido. Quem se ofende ainda não é perfeito, mas está se aperfeiçoando.
- E perdoa-nos as nossas dívidas, como também nós perdoamos aos nossos devedores (Mt 6,12). É necessário perdoar.
Só não aceita a auto-redenção quem não quer ver e entender, ou tem outros compromissos, que não são com a plenitude da VERDADE, ou mesmo tem a consciência pesada... E só vê a possibilidade da salvação no sacrifício e no sangue de Jesus, já realizado pela heterorredenção. E quem pensa assim tem que aplaudir e agradecer muito mesmo aos responsáveis por todo o drama vivido por Jesus e por todos os crimes cometidos contra ele, culminando com a morte de Jesus na cruz.
11) O Dogma da Eternidade do Inferno: As Penas Eternas (páginas 77 a 82 do seu livro: “Reencarnação”).
Hoje defino um dogma assim: “É a forma encontrada por aqueles, que mandam e sabem menos, imporem a vontade deles”. Realmente quase todos aqueles, que tiveram a ousadia ou o “crime” de pensarem livremente e chegaram a conclusões um pouco diferente dos conceitos dos líderes, foram excomungados, torturados, julgados e até queimados vivos. Assim foi realmente impossível de se aproximar um pouco mais da VERDADE, que liberta, já que muitos líderes religiosos estiveram mais atrás das coisas de César do que das coisas de Deus.
Sobre os meus comentários dos livros, que compõem a Bíblia Sagrada, vou enviar-lhe as 4 cartas, que escrevi para o teólogo, o Padre João Batista Libânio. As duas últimas cartas ainda estão sem respostas e por que será? Quem sabe o Senhor, Dom Boaventura, poderia respondê-las para mim e, automaticamente, para todos aqueles que buscam livremente a VERDADE?
A defesa da eternidade das penas é algo, que destrói a plenitude da perfeição da Divindade. Por maiores que sejam os erros humanos ou mesmo os crimes durante uma vida de no máximo 100 anos, as penas ou o castigo são imensamente maiores, já que são eternos. Também restringe o poder da onipresença de Deus, pois haverá lugares ou espíritos que não poderão sentir a presença de Deus. Deus, também, não possuiria a capacidade da plena reconciliação, ou mesmo do infinito perdão.
Se um só ser humano se perder, Deus fracassaria no seu plano de criação, incluindo a criação do homem. Teilhard de Chardin disse: “Perdoe-me, oh Deus, mas para mim ninguém irá para o inferno”. Para mim, essa maneira de expressar do teólogo e Padre Teilhard de Chardin foi uma forma muito humilde e sábia de condenar a idéia do Inferno Eterno, mostrando assim o erro ou o sofisma de quem o defende.
Nos três trechos a seguir, se vê claro que, após o pagamento da dívida, haverá a libertação:
- “Em verdade te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo” (Mt 5,26).
- “Assim, encolerizado, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse toda a sua dívida” (Mt 18,34).
- “Com efeito, enquanto te diriges com o teu adversário em busca do magistrado, esforça-te por entrar em acordo com ele no caminho, para que ele não te arraste perante o juiz, o juiz te entregue ao executor, e o executor te ponha na prisão. Eu te digo, não sairás de lá antes de pagares o último centavo” (Lc 12,58 e 59).
Defender ou justificar a eternidade das penas utilizando-se do “Catecismo da Igreja Católica”, como está escrito na pág. 78 do seu livro (números 1.033 a 1.037 do CIC), é de uma infantilidade ou ineficácia muito grande. É a mesma coisa de negar a eternidade das penas, utilizando-se de obras que a negam. Em muitos casos estas estão mais de acordo com a Bíblia do que aquelas.
12) Brian L. Weiss.
Sobre suas referências feitas ao psiquiatra norte-americano Brian L. Weiss (pág. 118 de “Reencarnação”), parece que vem de alguém, que não leu as obras dele. Você escreveu: “E sobre as atuais façanhas oportunistas do médico norte-americano Brian L. Weiss”, esta redação só pôde ou pode vir de quem ouviu falar, mas nada sabe do próprio assunto. O Dr. Brian é um médico e famoso psiquiatra, que expôs em seus livros suas experiências práticas de consultório: “Contra fatos não há argumentos”. É interessante observar, ainda, que ele era um médico estudioso e pesquisador de cérebro, um cientista mesmo, era materialista, e depois se tornou espiritualista e adepto das vidas sucessivas. Ele chegou a se convencer da reencarnação pela lógica do raciocínio e pela liberdade no ato de pensar, encontrando a verdade libertadora, como está exposto em seus livros. Ele pôs em jogo todo o seu prestígio, já adquirido e conquistado com muito esforço. Isso não se pode apenas negar, e como foi negado por um mestre, como o Senhor o é. Tudo isso é surpreendente e muito estranho mesmo!
Dizer que a terapia de vidas passadas é desprezada pelos psiquiatras, e que a regressão não foi aceita pelo Conselho Federal de Psicologia, não prova nada, pois muitos psiquiatras e psicólogos são materialistas, não acreditando, pois, nem em Deus.
Já ouvi as seguintes frases de alguns destes profissionais da mente:
- “Até Jesus tinha problemas mentais, é por isso que ele fazia milagres”.
- “Nós não nos interessamos por religião. Nós somos como a FIFA, qualquer país, que for o campeão mundial de futebol, está ótimo”.
- “A Psicologia acaba com os traumas religiosos”.
- “O Frei X, se salvou porque estudou psicologia, e, o Frei Y, se complicou, porque foi estudar religião. Religião não resolve os dramas da vida. O Frei Y está esquizofrênico”. (Esta veio de um analista Padre, o que é mais lamentável ainda).
O Senhor já ouviu falar sobre a Sociedade Brasileira de Terapia de Vida Passada, que é formada por um grupo de médicos e psicólogos? A SBTVP tem sede em Capinas, SP. Seus dirigentes são catedráticos da UNICAMP, com centenas de adeptos ou admiradores em todo o Brasil. Existe também o INTVPA, Instituto Nacional de Terapia de Vida Passada, com sede no Rio de Janeiro, RJ. Na Europa e USA a TVP está bem na frente do que no Brasil, contando com renomados psiquiatras e psicólogos, como Netherton Morris (USA), Thorwald Dethlefsen (da Universidade de Munique), Joel L. Witton (da Universidade de Toronto).
O interessante é ver a mudança ocorrida com o já famoso Dr. Brian. O Dr. Psiquiatra Brian L. W. não tomou a decisão de negar apenas por negar, mas foi atrás da VERDADE e a encontrou. Veja os 4 livros dele, já publicados no Brasil e todos foram “best seller”.
Hoje já existem muitos profissionais da mente, que utilizam da “Terapia de Vidas Passadas”. Só não a aceitam aqueles, que a negam por ignorância, preconceito, conveniência religiosa ou própria mesmo, já que para estes tudo depende do negar, sem saber o que negam, mas negam.
13) O Argumento Psicológico.
Com relação a este capítulo do seu livro, quero fazer algumas observações, e nestas não se pode esquecer do “inconsciente”. O Senhor, Dom Frei Boaventura, já entende o “inconsciente”, e sabe explicar claramente o que ele é? Como ele age?
O inconsciente é “algo”, que deu e dá muita dor de cabeça para quem tenta decifrá-lo, sem ter a capacidade para isso. Essa capacidade só é adquirida com um profundo e claro conhecimento e domínio da matemática, que nos ajuda a ter um raciocínio claro, conciso e exato. Existem muitos nomes técnicos para se referir ao “inconsciente”, como: subconsciente, superconsciente, superego, Eu Superior, eu inferior, ego, id e até mesmo inconsciente.
Para mim tudo é fruto de quem não compreendeu, mas quis mostrar que entendeu, já que se apresentava como o “mestre” do assunto. O próprio hipnotismo é explicado pelo conhecimento profundo da mente, que é um somatório do consciente com o inconsciente individual e coletivo. O inconsciente coletivo é o maior conjunto cósmico possível. Temos que aprender a identificar os efeitos ou ações e reações originadas no “inconsciente individual” e separá-los dos que vêm do “inconsciente coletivo”. Para fazer essa diferenciação utilizo de um método, que denominei de “Terapia do Espelho”, que está baseada nos ensinamentos evangélicos, como: “porque a boca fala daquilo de que está cheio o coração” (Lc 6,45) e “Mas o que sai da boca procede do coração e é isto que torna o homem impuro” (Mt 15,18).
Qualquer analista materialista não conseguirá separar o joio do trigo ou o que se origina no “inconsciente individual” do que vêm do “inconsciente coletivo”, pois, por princípio, o materialista nega a existência de Deus e do mundo espiritual. Para esse profissional da mente humana tudo vem da mente ou pertence unicamente a ela. No imenso conjunto cósmico do “inconsciente coletivo” está incluído tudo, seja material ou espiritual.
O grande teólogo e parapsicólogo Padre Oscar Gonzalez Quevedo escreveu os livros: “A Face Oculta da Mente” e “As Forças Físicas da Mente”, este em dois volumes. Para quem quiser aprender algo sobre a “mente consciente” esses livros são ótimos e fantásticos mesmos, são uma obra prima; mas se quiser aprender alguma coisa sobre “mente inconsciente”, então não perca tempo em lê-los, pois para esse aspecto não valem nada mesmo. O autor não explica nada sobre “o inconsciente”, e então nada sabe ou só deseja enganar, só lança mais confusão e sofisma sobre este assunto. O objetivo dele é chamar outros de enganadores, e dizer que tudo, o que fazem, é com fraude. Ele estudou mágica para provar e enganar a ele mesmo, que os outros enganam. O maior enganador e enganado é ele mesmo, pois ele, quando não pode mostrar os fatos, faz mágica.
Tive um diálogo com o meu ex-Padre mestre, e falávamos desses assuntos. Ele tentou me explicar, mostrar e convencer-me de que a parapsicologia explicava tudo pela paranormalidade, e que nada havia de sobrenaturalidade para os casos, que eu estava falando com ele. Aí respondi para ele que, para mim, sobrenaturalidade e paranormalidade são sinônimos.
Sobrenaturalidade ou sobrenatural são conceitos criados por padres, para falar de Deus e das manifestações da presença de Deus em nosso meio. Então é algo sobre o natural ou além do natural. Paranormalidade ou paranormal são palavras ou conceitos criados por técnicos para exprimirem aquilo, que está além do normal ou da normalidade. No fundo é a mesma coisa ou idéia, só que aqui foi eliminada qualquer possibilidade da manifestação da presença de Deus ou da Divindade, mas não deixa de ser sobre o natural.
Após a minha defesa, o meu ex-Padre mestre silenciou-se, refugiando-se na inexpugnável fortaleza do silêncio, onde todas as portas e entradas são fechadas com chaves de ouro, muitos segredos e selos. O Senhor já leu o livro “O Código da Bíblia”?
Com referência ao que foi escrito na página 121, fiquei decepcionado com os dois nomes citados: o Dr. Antônio da Silva Mello e o Senhor Schopenhauer. Li e reli algumas vezes para entender bem o que eles disseram sobre a matemática, os números e os cálculos, como está escrito: “Em relação aos prodígios de cálculo, é preciso considerar que o mecanismo de tais operações deve ser extremamente simples, pois as próprias máquinas de calcular podem realizá-los sem qualquer raciocínio” (Silva Mello) e “Já Schopenhauer havia afirmado que a atividade mental mais baixa era aritmética, pois é a única que pode ser executada por meio de máquinas”. Fiquei chocado com a grande falta de entendimento e sabedoria dos mestres, incluindo o Senhor, que os elogiou. Comparo isso aqui com o Nicodemos, que foi conversar com Jesus à noite e por que à noite? Para tudo ficar às ocultas? (João capítulo 3).
Não sei por que o Senhor citou estes trechos? Mas se o fez, é porque concorda com os autores. Para mim, qualquer pensador, filósofo, estudioso, cientista ou teólogo, ficará perdido no labirinto mental, que foi e é criado pela sua própria mente, e não encontrará a VERDADE, que a tudo explica e de tudo liberta também, se não for um profundo matemático e um dominador dos segredos das ciências exatas. Consegui unir os estudos filosóficos e teológicos com a matemática, que, para mim, é a mãe de todas as ciências, e, que nos dá uma capacidade de pensamentos e raciocínios exatos.
Pitágoras, Platão e o Livro da Sabedoria da Bíblia dizem acertadamente que, ao criar o mundo, Deus usou de números. Einstein disse: “Do mundo dos fatos não se vai ao mundo dos valores (matemáticos)”. Os computadores hoje fazem cálculos, que jamais o homem poderá fazer com tamanha certeza e rapidez. Além do mais, Schopenhauer era um ardoroso defensor da reencarnação (veja o livro “A Reencarnação Segundo a Bíblia e a Ciência”, de José Reis Chaves, Editora Martin Claret, SP).
As máquinas e os computadores, que podem fazer cálculos, foram criados pelas mentes humanas que tiveram o domínio absoluto dos mesmos. Tudo isso prova e comprova a evolução da capacidade mental do ser humano, já que tudo que existe foi pensado antes por alguma mente, chegando até à mente de Deus, que iniciou a criação. Já existem computadores que venceram o campeão mundial de xadrez. Isso não diminuiu o valor ou a capacidade do campeão, mas mostra a evolução do próprio ser humano, já que construiu uma máquina quase perfeita. Neste caso a máquina quase pensa, já que decide o que fazer utilizando-se dos cálculos exatos, que não permitem erros ou mesmo sofismas.
Se uma máquina, que não pensa, faz isso com tanta precisão e exatidão, o que poderá então fazer uma “mente”, que descobriu e dominou todos os segredos da matemática?
14) O Argumento Histórico.
Gostei das suas observações, tentando derrubar os argumentos históricos. Realmente o conhecimento e aceitação da reencarnação, como são vista e ensinada hoje, não podem ser muito antigos, pois isso seria negar a própria evolução do conhecimento em geral. Até o século XIX, no lugar de reencarnação, usava-se a palavra renascimento, tanto no Oriente, como no Ocidente. À medida que os espíritos, encarnados ou não, vão evoluindo, vão aprendendo cada vez mais, e também vão se libertando dos princípios bitoladores da liberdade de pensar, aproximando-se da perfeição (Mt 5,48).
A teoria das vidas sucessivas foi aceita por alguns mestres e filósofos gregos, no Egito e no Oriente, por mais ou menos 7 séculos antes de Jesus, como está escrito em seu livro. Isso é ótimo, pois prova a própria evolução, que é uma das idéias defendidas pelos reencarnacionistas ou evolucionistas.
A ignorância completa das vidas sucessivas na Roma pagã não prova nada a favor e nem contra, já que da Roma pagã e materialista vieram os maiores perseguidores do cristianismo nascente, que se tornou vitorioso, transformando-se na religião oficial do Império Romano. Aí foi o momento, que as “trevas” tentaram enrolar, ou mesmo, enganar e destruir a “LUZ”. Como eram perseguidores dos cristãos, receberam ajuda dos mesmos, e juntos passaram a perseguir todas as outras crenças contrárias ao cristianismo, defendido pelo Papado em Roma: “Com este sinal vencerás”. O sinal era uma cruz, vista, no céu e toda iluminada, por um grande comandante e guerreiro romano, Constantino, o Grande.
Outro aspecto interessante é observar que o cristianismo, com toda a sua beleza de doutrina, baseada no perdão e amor, que dominou o Ocidente, não conseguiu penetrar nos redutos reencarnacionistas do Oriente. Por quê? Será que foi uma falha de conquista e dominação dos cristãos ou falta de amor e sabedoria, conforme nos ensinou Jesus?
Hoje, como está escrito na contra capa do seu livro, 30% da população brasileira acreditam na reencarnação, e isso após muito pouco tempo de divulgação. Segundo estatísticas mais recentes, essa porcentagem é bem superior. Em Belo Horizonte, 63% dos católicos crêem na reencarnação, conforme pesquisa feita pelo Instituto Galup (Vide Jornal Opinião da Arquidiocese de Belo Horizonte de 08/06/1994).
Antes era ensinado pelos defensores e adeptos do Papado de Roma, que tudo aquilo, que não viesse do Papa, estava errado, e ainda era coisa do Diabo, causando imenso terror com relação às penas eternas nos “caldeirões terrivelmente quentes e no fogo, que nunca se apaga”. Mas os que condenavam a morrer nas fogueiras, após terríveis torturas, tinham pleno apoio de Roma!
Por que os “pentecostais” só convertem para as suas denominações só as pessoas mais ignorantes do catolicismo, mas não conseguem converter os kardecistas? Por que as pessoas mais estudadas e preparadas, quando não estão satisfeitas com o catolicismo, vão para os meios kardecistas? Eu continuo sendo católico e só “católico” (universal, como no princípio do cristianismo) e católico mesmo!
Hoje já existem livros, defendendo a reencarnação, de autores católicos. Isso significa que esses autores não abandonaram o catolicismo. Entre esses, incluo o autor do livro “A Reencarnação Segundo a Bíblia e a Ciência”, mesmo que o grande teólogo e parapsicólogo Padre Oscar G. Quevedo o chamou de “um livro nojento”. Para mim, a observação do Padre O. G. Quevedo, com suas posições ortodoxas e visões míopes, foi um grande elogio para o livro citado. Vide a carta de 04/12/1997, que enviei para o Padre Oscar Gonzalez Quevedo em defesa do autor, que foi chamado de “falsário”.
Por que o Papado, que representa a Igreja, sempre chega por último? É medo de errar, já que foi aceito o “dogma da infalibilidade”? E os erros do passado, como ficam? Não servem de lição para que todos entendam que Deus é o Pai de todos? Que Deus é perfeito, pleno de amor e sabedoria? Creio que evoluir em pensamento ou mudar de idéias é próprio de quem é inteligente, humilde e sábio, mas ainda está buscando a perfeição e a VERDADE ABSOLUTA. Veja que o Papa João Paulo II está pedindo perdão dos erros do passado, isso já é um grande passo, mas como tudo isso fica perante Deus e a consciência dos próprios católicos? E a situação das vítimas, como fica? Tomar a atitude de apenas pedir perdão e deixar tudo para lá, como coisas do passado, não resolve nada. Temos que ir em busca da VERDADE ABSOLUTA.
Desejo que o Espírito Santo o ilumine nesta atual situação, pois Ele já me iluminou, para que chegasse a esta minha atual compreensão da missão salvífica de Cristo.
Um grande abraço de um irmão em Cristo, que também desejou seguir as pegadas de São Francisco de Assis como frade, mas as sigo como um ser humano religioso, que foi educado conforme os ensinamentos da “Igreja Católica Apostólica Romana” e no “trigo do catolicismo”. Rosário Américo de Resende.

Cartas entre Rosário, Quevedo e Chaves.

Paz plena...
Eu tomei a iniciativa de enviar umexmeplar do livro do José Reis Chaves para o Padre Oscar Gonzalez Quevedo, pois a partir de Janeiro de 1980 me transformei num perscrutador da Verdade.
Agora para ajudar a quem deseja compreender melhor a verdade, que liberta (João 8,32), vou publicar estas cartas aqui e que cada tire as suas conclusões:

Primeira carta, enviada junto com o livro do Chaves:
Belo Horizonte, 03 de Novembro de 1997.
Caro amigo e companheiro em Cristo, Padre Oscar Gonzalez Quevedo.
Que a luz e a sabedoria infinita do Divino “Espírito Santo” nos ajudem a nos compreender, podendo assim auxiliar a todos aqueles que buscam o autoconhecimento ou a Verdade, que realmente liberta.
Já li os seus livros: “A Face Oculta da Mente” e os dois volumes de “As Forças Físicas da Mente”. Essas suas obras são fantásticas mesmo sobre mente consciente, mas deixam um grande vazio sobre o que é o “inconsciente”.
Desde 1980 sou um autodidata sobre a mente consciente e inconsciente. O “inconsciente” pode ser individual ou coletivo. Muitas ações e reações do inconsciente podem ter suas causas nos arquivos profundos da mente individual, mostrando as profundezas da mente de um espírito em sua busca eterna da perfeição ou mesmo no infinito cósmico, com o qual podemos estar em sintonia ou do qual recebemos intuições e ou orientações.
Tornei-me reencarnacionista no dia 05/01/1980 e pela reencarnação passei a me autoconhecer e a compreender muito mais a cada ser humano, independente de sua crença religiosa ou não.
Estou enviando-lhe esse livro: “A Reencarnação Segundo a Bíblia e a Ciência - Uma Visão Global da Teoria da Reencarnação” como presente do próprio autor, por tratar-se de uma obra racional e ótima mesmo sobre o tema. Esse livro foi adotado pela PUC-RS para estudos.
O amigo, irmão e companheiro... Rosário Américo de Resende.

Segunda carta: a resposta do Pe. Quevedo:
São Paulo, 14 de Novembro de 1997. CARTA ABERTA A UM AUTOR FALSÁRIO
Recebi como presente - na realidade lamentável propaganda - um livro detestável ao máximo, porque evidentemente é uma sarta contínua das mais abjetas calúnias e deturpações.
I. - ORELHA E CONTRACAPA
Somente umas poucas verdades e “meias verdades”, colocadas na contracapa e na orelha:
1) O autor “é formado em Comunicação e Expressão pela PUC-MG”. Suponho que seja verdade.
2) “Estudou para padre”. Meia verdade....
--- Não é possível duvidar da má intenção com que isto é publicado na capa. Para enganar aos leitores de boa fé e despreparados. Assim estes pensarão que a IGREJA e a universidade CATÓLICA aceitam o conteúdo desse livro horroroso.
--- Sem dúvidas muito pouco estudou da Filosofia e Teologia relacionadas com o tema de que escreve..., ou nada aprendeu no Seminário, que abandonou.
3) E ainda se acrescenta na propaganda tendenciosa, que “este livro foi adotado pelo PUC-RS para estudo”.
--- Em denigrante tergiversação, pretende-se fazer acreditar que a universidade CATÓLICA gaúcha aceita as falsidades e soezes calúnias ininterruptamente apresentadas no livro. Mesmo que a universidade gaúcha tivesse adquirido esse horrível libelo para estudo, não significaria que o aprove! Para criticar e refutar um livro há que conhecê-lo! Então os teólogos, que estudam os livros dos maiores hereges, estariam aceitando as maiores heresias?!, Como a que propaga este falsário...
4) “Lecionou Português, Latim e História”.
--- Português, Latim e História nada têm a ver com Filosofia, Teologia e Parapsicologia que deveria conhecer, especificamente no tema de que escreve com tão absoluta falta de conhecimento.
5) Afirma que “seu robe (?!) sempre foi estudar parapsicologia...”
6) “... e espiritualismo”.
--- Espiritismo e Parapsicologia não grudam, é completa contradição!
--- Estudou Espiritismo! Tire esse covarde disfarce de que estudou Espiritualismo, como se o Espiritismo fosse compatível com o Espiritualismo das religiões cristãs.
7) “O autor é um teósofo católico”.
--- Ora, ou teósofo ou católico. As duas coisas é contradição. Teósofo e espírita, é verdade que é. Católico certamente não, pela global heresia que apresenta neste livro, plenamente contra toda a doutrina cristã.
II. - AINDA NA CONTRACAPA
E acabaram as verdades. Tudo o mais que se afirma no hediondo libelo são mentiras, tergiversações, afirmações descabidas sem nem sombra de prova, e calúnias as mais baixas.
1) “(O autor é...) pesquisador de religiões”.
--- Mentira. E que formado em Comunicação..., tem preparo para isso? Estudou por conta, sem preparação nenhuma, o Espiritismo, Teosofismo, Esoterismo..., que não são religiões. De Religião mostra com absoluta claridade que não manja praticamente nada. Ou mostra abertamente sua má intenção, porque não pode ser tão profundamente ignorante precisamente do tema de que escreve. Ou é completamente míope intelectualmente, olhando só de um ângulo absolutamente deturpante.
2) “Deu um mergulho fundo na Bíblia e na História do Cristianismo”.
--- Pulou miopemente no mais nojento chiqueiro dos escritores mais fanaticamente supersticiosos e mais desleais, tão à margem da Bíblia e da História do Cristianismo, que suas afirmações resultaram as mais grosseiras calúnias.
III. - NO PRÓLOGO
E o autor, entre a multidão de espíritas, teósofos, ocultistas..., aos que envia seu libelo, tem a desfaçatez de enviá-lo também ao Pe. Provincial dos Redentoristas, a outro Padre doutor em Teologia, a mim (também doutor em Teologia, e em Parapsicologia), e..., nada menos que ao Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro!
Dom Eugênio teve a delicadeza de responder e o autor teve a ousadia desvergonhada de publicar:
“... A obra foi devidamente examinada... Há uma clara oposição entre a reencarnação e o ensinamento do Evangelho. Apesar da divergência evidentemente, respeito sua opinião... Com minhas orações, (assinado) Cardeal Eugênio Araújo Sales, Arcebispo do Rio de Janeiro”.
IV. - NOVO TESTAMENTO
Uma olhada no índice, e no texto correspondente. Tudo, absolutamente tudo, responde a abertas mentiras. Evidentemente o autor simplesmente foi recolhendo, nos autores mais tendenciosos e desvergonhados de ontem, todas as calúnias, repetidas sonsamente por alguns espíritas, teósofos, esotéricos..., mais fanáticos de hoje. De pesquisa nas fontes e de análise com conhecimento da realidade, e de Filosofia, Teologia e Parapsicologia, nada, absolutamente puro desconhecimento.
Alguns exemplos, entre os mais breves e que nos interessam mais intimamente por serem dos Evangelhos e dos Padres da Igreja. Para uma refutação completa o CLAP pode recomendar, a quem o solicitar, ótimos livros.
1) Invoca como prova da reencarnação o episódio da “cura de um cego de nascença” (Jo 9,1-3): “Rabi, quem pecou, ele ou seus pais para que nascesse cego?”.
Respondo. Não fosse má intenção implicaria ignorância supina invocar esse texto:
--- Alguns judeus perguntaram coisas próprias de pessoas simples, como o casamento após a ressurreição! (Mt 22,23-30).
--- Pensando que Deus castigava normalmente os pecados na vida de cada um, daí a dificuldade em compreender como castigo se ele já nascera cego. Para solução, como pessoas simples tomavam ao pé da letra Números 14,33: “Os filhos redimem os pecados dos pais” e Deuteronômio 5,9: “Castigo nos filhos a iniquidade dos pais”.
--- Mas só em plena imbecilidade como a do autor pode considerar-se um filho reencarnação do próprio pai!
--- E bem claramente respondeu o divino Mestre: (“Para que nascesse cego”) “não pecaram nem ele nem seus pais, mas é para que nele se manifestem os sinais de Deus”.
2) João Batista “irá diante Dele (Jesus) com o espírito e poder de Elias” (Lc 1,17). “Elias já veio” (Mt 11,14). O falsário autor com estes textos pretende provar que muitos judeus consideravam João Batista reencarnação de Elias e que, portanto, os Evangelhos pregam a reencarnação!
Respondo. Quanta ignorância ou desfaçatez!:
--- Muitíssimos judeus pensavam que Elias não tinha morrido, senão que haveria sido arrebatado ao Céu num carro de fogo. E esperavam que voltaria na época messiânica. Aos absurdos do conceito de reencarnação, acrescentar-se-ia mais outro absurdo: Dificilmente poderia “reencarnar” se ainda não havia “desencarnado”!
--- “Este foi o testemunho de João, quando os judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para o interrogarem: Quem és tu? (...), és tu Elias? Disse ele: Não o sou” (Jo 1,19-21).
--- E os caluniadores ainda têm a pretensão de safar-se dizendo que João Batista disse “não o sou” por ter entendido “Hélios”, em grego: Não sou o Sol! Caluniam aquele homem tão amigo da verdade, até a morte, como fazedor de subterfúgios com jogos de palavras. E os judeus de repente haveriam deixado de referir-se a Hélios para claramente referir-se a Elias: “Por que então batizas se não és o Cristo, nem Elias?”.
--- Elias reencarnado em João Batista depois voltaria atrás para aparecer como o velho Elias na transfiguração de Jesus no Tabor!
3) “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem? Disseram: Uns afirmam que é João Batista, outros que é Elias” (Mt 16,13s). O autor interpreta esse texto como prova de que Jesus era a reencarnação de Elias e de São João Batista, e de que a crença reencarnacionista era comum entre os judeus.
Respondo. É o cúmulo da ignorância..., e das asneiras:
--- Reencarnação de Elias que não haveria “desencarnado”?
--- Após o batismo de Jesus por João (Mt 3,13-17par), haveriam trocado mutuamente os espíritos de Jesus e de João? Já adultos, numa recíproca reencarnação?
--- E após a morte de João Batista, Jesus haveria perdido seu espírito, que era de João!, e reencarnaria, de novo!, o de João?
--- Simplesmente muitos, especialmente recém vindos da diáspora para a Páscoa e que não conheceram antes a Jesus, mas que conheceram a João, ao ouvirem falar dos milagres e pregações de Jesus pensavam que João ainda andava por aí.
4) A Nicodemos, Jesus garantiu: “Em verdade, em verdade, te digo: quem não nascer de novo, não entrará na vida eterna” (Jo 3,3-5).
Respondo. Como sempre nesse autor, suma ignorância:
---Ao próprio Nicodemos nem lhe ocorreu pensar na reencarnação: “Como pode um homem nascer sendo já velho? Poderá entrar uma segunda vez no seio de sua mãe e nascer?”.
--- “Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade, te digo, quem não nascer da água e do espírito (Santo) não pode entrar no Reino Deus”. É o sacramento do batismo.
--- Sacramento que São Paulo chamará lavado da regeneração: “Ele nos salvou (...) por sua misericórdia, mediante o lavado de regeneração e de renovação operado pelo Espírito Santo para que justificados por sua graça nos tornássemos (...) herdeiros da vida eterna” (Tt. 3, 5-7).
--- O Evangelho, escrito em grego, nesse versículo 3 do Evangelho de São João, na frase de Jesus, diz “anoothen”: nascer de cima, do alto. Isto é, da graça santificante, renascimento pela fé, como se explica no versículo 15: “Assim é necessário que seja levantado o Filho do Homem, a fim de que todo aquele que crer tenha Nele a vida eterna”.
Em resumo: pretender como nesse hediondo libelo encontrar na Bíblia a pregação da reencarnação, bate todos os recordes da sem-vergonhice, pois é impossível ser tão ignorante. A reencarnação é a mais global heresia, implode plenamente toda a doutrina bíblica, tanto do Antigo como do Novo Testamento - e é evidente que é isso o que desvergonhada e ardilosamente pretende o autor - : Redenção, Ressurreição, Cristo Salvador, vida aqui decisiva, Perdão dos pecados mediante o arrependimento, Confissão, Sacramentos, Graça Santificante, Juízo, possibilidade de condenação, Purgatório, sufrágios e orações pelos mortos, Vida Eterna, etc., etc.
Citemos só alguns textos e só no Novo Testamento:
- Lázaro e Epulão. Imediatamente depois da morte, tanto o “espírito desenvolvido” como o “inferior” (horríveis termos reencarnacionistas), foram ao seu destino eterno. E “os que querem passar de ali para junto de nós, ou daqui para junto de vós, não o podem fazer” (Lc 16,19-31).
- A um ladrão e assassino (quantos reencarnações esperariam a um ladrão e assassino segundo os reencarnacionistas!), mas que pediu perdão, Jesus disse: “Em verdade, Eu te digo, hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23,43).
- E lapidário São Paulo: “Está estabelecido que os homens devem morrer uma única vez, depois do qual vem o juízo. Da mesma maneira Cristo foi oferecido uma única vez para tirar os pecados da multidão” (Hb 9,27).
- Segundo os reencarnacionistas espíritas, que não consideram a Cristo como Deus, quantas reencarnações Lhe esperariam se seu karma (?!) tanto mereceu (?!) sofrer. Mas o que a Bíblia ensina é totalmente oposto à reencarnação: “Se morremos com Cristo, temos fé de que também viveremos com Ele. Sabemos que Cristo, uma vez ressuscitado dos mortos, já não morre mais, a morte não mais tem domínio sobre Ele (...), Ele vive para Deus. Assim também vós (...) vivos em Cristo Jesus” (Rm 6,9).
V - PADRES DA IGREJA
O denigrante autor e os denigrantes “mestres” em que ele foi se enlamear, na sua total ignorância ou má intenção, quando de alguma maneira se inteiram de que algum santo padre falou da reencarnação, já o arrolam como defensor, sem se tomar o elemental dever de verificar se não será, como de fato é, para condená-la. Coitados dos cegos reencarnacionistas que se deixam guiar por tais cegos ou mal intencionados.
1) São Clemente de Alexandria fala, sim da reencarnação.
--- Para começar não foi nem Padre da Igreja, nem sequer bispo. Foi, isso sim, um grande conhecedor da Doutrina Cristã e sábio pregador.
--- No livro citado, precariamente, pelo “mestre” Léon Denis e seus seguidores, São Clemente de Alexandria nem alude à reencarnação.
--- Em outros livros qualifica a reencarnação de “heresia” (“Excerpta ex scriptis Theodoti” XXVII, página 9, No. 674).
--- e de “arbitrária” (“Stromatum” Liv. III, c. 3o., pág. 8, No. 1114).
--- “Deus certamente nos criou, porque antes não existíamos. Se antes houvéssemos existido, haveria sido conveniente que soubéssemos onde e por que viemos a este mundo” (Ibidem, liv. 4o., c.12, pág. 8 No.1290 s.).
2) Orígenes, é possível - porque existem reservas - que acreditasse com Platão na preexistência das almas num plano só de idéias - ou é mera poesia platônica? -, heresia que foi condenada pelo Quinto Concílio de Constantinopla.
--- Mas o autor não pode ser tão desvergonhado ao ponto de “esquecer” o que com absoluta certeza escreveu Orígenes contra a reencarnação: “Fábulas ineptas e ímpias” (“In Epistola ad Romanos”, V, pág. 14, No. 1015. - “In Evangelio Joannis”, V, pág. 14, No. 220).
3) Santo Agostinho defende a reencarnação?
--- Como é possível tão soez calúnia? Justamente Santo Agostinho, o grande apologeta e doutor da Redenção, da Graça, dos Sacramentos, etc.
--- Contra Orígenes, e isso que preexistência está ainda muito longe de reencarnação, Santo Agostinho dizia: “Estou sumamente admirado de como um homem tão docto (...), não percebeu como todas essas coisas são contrárias às Sagradas Escrituras” (“De Civitate Dei”, XI, 23. Cfr. MIGNE: “Patrologiae Cursus...”, PL (Patrística Latina), 41, 336).
--- Santo Agostinho ridiculariza os sonhos de Platão que fala - só poeticamente? - “de que as almas dos homens voltam depois da morte e retornam inclusive a corpos de bestas. Deste parecer - ou só poesia? - era também o mestre de Porfírio, Plotino”. E Santo Agostinho comenta: “Mas Porfírio não gostou, como é muito razoável. Pensar que a alma humana possa tornar a outro corpo diferente do que deixou, sempre a outro novo! Envergonhava-se de pensar que sua mãe pudesse converter-se em mula e carregar seu filho”. E Santo Agostinho ainda ironiza: “Embora não se envergonhasse em pensar que a mãe pudesse transformar-se numa jovem e casar com seu próprio filho!” (“De Vivitate Dei”, PL, 41, 109 s).
4) São Jerônimo de fato também fala da reencarnação,
--- mas para execrá-la: “João não é Elias no sentido de alguns filósofos (?) estúpidos e de certos hereges que defendem a metempsicose, senão no sentido de apresentar a virtude e o valor de Elias” (“In Evangelio Matthaei”, Liv. II, cap. 11, PL, 26, 74).
5) De São Gregório de Niza um fedorento caluniador inventou um texto e disse ser do “Grande Discurso Catequético”. Muitos outros, como bobos da corte, reptem a calúnia.
--- O tal texto certamente não está em São Gregório de Niza.
--- O certo é que São Gregório qualifica as afirmações dos reencanacionistas como “fábulas” (“De hominis opificio”, c. 28; PG (Patrística Grega, de MIGNE), 44, 232).
--- “Doutrina absurda” (Ibidem).
--- “Indigna doutrina” (Ibidem),
--- “que ofende ao gênero humano” (Ibidem).
6) São Clemente. Por se o segundo sucessor de São Pedro, pode com destaque representar os primeiros cristãos, pois estes também são caluniados desvergonhadamente como reencarnacionista!
--- Na realidade: “Se o tarro antes de terminado se deforma e se rompe, o arcilheiro o refaz. Mas uma vez posto no forno, o defeito é irreparável. Assim será com nós. Enquanto estamos neste mundo, das faltas cometidas nesta carne frágil podemos purificar-nos pela confissão e a penitência, e por um arrependimento sincero obter da misericórdia de Deus nossa salvação. Mas saindo deste mundo, já não são possíveis nem a penitência e nem a confissão”.
Em resumo: Toda a doutrina dos Santos Padres, toda a doutrina católica, é inconciliável e meridianamente oposta à reencarnação. O autor desse libelo não pode ser tão ignorante, é portanto reles e vil caluniador. Cito rapidamente alguns textos de outros escritores destacados entre os primeiros cristãos..., que também falam de reencarnação!:
- São Hipólito (sec. II): “Os cristãos não esperam a ensomotose e sim a ressurreição em seu próprio corpo” (Cfr. D’Ales: “La Theologie de Sainmt Hippolyte”, pág. 194, nota 2).
- São Irineu (+ 202): Na Bíblia, na doutrina dos Apóstolos..., “nem vestígio de reencarnação, nem a fé cristã na ressurreição o permite”.
- Minucius Félix (sec. II, o primeiro cristão do Ocidente a escrever em latim): Reencarnação, “miserável corruptela da crença na imortalidade da alma” (Octavius”, cap. 34, 3, 361).
- São Gregório Nacianzeno: A Reencarnação é “divagação de pessoas estúpidas” (Carmen” VIII, vers. 32, pág. 37, 449).
- São Basílio Magno: As afirmações sobre reencarnação são “delírios de filósofos” que não merecem esse nome, ao menos a este respeito em que deliram.
- São João Crisóstomo: “A mais ignóbil de todas as teorias” (Joannem Home”, II, pág. 59. 31).
- São Cirilo: “Absurdo” (“In Joannem Evangelio” I, 17, pág. 73, 142).
- São Ambrósio: “Em contradição com a natureza e mais contrária com a ordem da graça” (“De excessu Fratris sui Satiry”, II, No. 130, 1412).
VI.- ETC., ETC.
Página por página, parágrafo por parágrafo, o livro do renegado José dos Reis Chaves é um contínuo acúmulo de soezes mentiras, calúnias desvergonhadas, erros descomunais...
O livro leva o enganoso título: “A Reencarnação segundo a Bíblia e a Ciência”. De “Ciência”, absolutamente nada. De “Bíblia”, diametralmente o oposto.
É impossível que o autor possa ser sincero. Ou então é, ao menos nesta sua mania localizada, louco varrido, parafrênico. Sendo contínuas as calúnias e falsidades evidentes, pareceria que é só má vontade. Mas freqüentemente encontram-se “saladas” como esta, escolhida quase ao acaso: “O estudo esotérico da Bíblia, também chamado de psicológico, consiste justamente nisso. Temos que ver o que está nas entrelinhas, o que é exotérico e o que é esotérico, o que é evidente e o que é oculto, e o que é explícito e o que é implícito. Aliás São Paulo nos adverte, já vimos, para que não nos prendamos à letra das Escrituras, mas ao espírito da letra, classificando esta até de assassina (2 Cors. 3:6 - ). E, se existe a possibilidade de alterações em alguns textos bíblicos, devemos ter mais precauções, ainda, para que a mensagem bíblica seja autêntica para nós. O próprio Jesus também nos aconselhou que examinássemos as Escrituras. E é interessante observarmos que Jung fez um interessante estudo psicológico de algumas partes da Bíblia, descobrindo coisas interessantes, com seu talento de gênio” (pág. 73).
--- Perante semelhantes misturas e deturpações, perante salada tão indigesta como a que acabamos de transcrever, nenhum psiquiatra duvidará que se trate do linguajar de um deliróide ou mesmo paranóico...
E há tanta gente que difunde e faz propaganda desse livro nojento...!
Pe. Oscar Quevedo S.J.
CENTRO LATINO AMERICANO DE PARAPSICOLOGIA (CLAP)
Observação: O original está comigo. Corrigi a ortografia de algumas palavras. O meu objetivo é auxiliar na compreensão e divulgação da Verdade..... Rosário Américo de Resende.

Terceira carta - Resposta do escritor José Reis Chaves:
Belo Horizonte, 17 de Novembro de 1997.
Prezado Sr. Pe. Oscar G. Quevedo,

Ref. livro “A Reencarnação Segundo a Bíblia e a Ciência”.
Recebi hoje a sua carta, sem data, com o cabeçalho:
CARTA ABERTA A UM AUTOR FALSÁRIO.
Primeiramente quero dizer-lhe que eu não tenho nenhuma culpa por alguém lhe ter dado de presente o meu livro em epígrafe.
Poderia até processá-lo por me ter chamado de falsário. Mas vou limitar-me ao campo das idéias, pois, diante da reencarnação, compreendo seu caso.
Sua citada correspondência surpreendeu-me muito. Primeiro porque, embora eu já soubesse que o Sr. é um indivíduo polêmico, eu não sabia que o fosse tanto assim. Segundo porque jamais eu esperava que o meu livro fosse incomodá-lo tanto assim como o incomodou, deixando “a mil” o seu estado emocional, e levando a questão para uma polêmica personalística, o que, com disse acima, não vai ser o estilo desta carta. Mas, que o Sr. parece ser reencarnação de Torquemada, parece.
O Sr. é um parapsicólogo teórico. Isso valeu muito para o passado. O parapsicólogo moderno é empírico, experimental, trabalhando com laboratório, ou seja, é um psicotrônico. E nota máxima para o Sr. em suas questões referentes ao consciente. Mas, nota sofrível para as do inconsciente.
Em sua carta o Sr. mistura metempsicose com reencarnação. Lembro-o de que os ataques de alguns autores citados pelo Sr. contrários a metempsicose não significam necessariamente que sejam contrários a reencarnação propriamente dita. No curso que fiz com o Sr. aqui em BH, na década de setenta, o Sr. andou misturando as coisas, sendo até vaiado por isso lembra? E sei também que o Sr. já teve problemas com a própria Igreja, tendo em vista atitudes radicais assumidas pelo Sr.
Vamos ver alguns dos adjetivos e locuções adjetivas que o Sr. usou contra a minha pessoa e o meu livro em apreço, oportunidade em que lhe pergunto se o Sr. acha isso normal? Sendo, eu - repito - não culpado por alguém o ter presenteado com o meu livro: “falsário” (já dito acima), “completamente míope intelectualmente”, “reles e vil caluniador”, “louco varrido, parafrênico”, “livro nojento”, “linguajar de um deliróide ou mesmo paranóico”, “plena imbecilidade do autor”, “cego ou mal intencionado”, “É impossível que o autor possa ser sincero”, “pulou miopemente no mais nojento chiqueiro dos escritores fanaticamente supersticiosos”, etc.
Se o meu livro deixou-o assim tão descontrolado emocionalmente falando, é porque, de fato, o seu conteúdo esquentou a sua cabeça. Realmente, quando nos faltam argumentos, ou quando nos sentimos impotentes diante de certos assuntos, freqüentemente apelamos para a falta de bom senso.
Veja que estou tranqüilo, ao escrever-lhe esta carta, embora talvez fosse melhor deixá-lo sem resposta. E sabe por que estou tranqüilo? Porque eu estou convicto de minhas idéias em que se baseia a tese de meu livro, o qual, em que pese a sua fúria contra ele e contra mim, está sendo visto com seriedade e até com uma certa simpatia por algumas autoridades da Igreja e dos Evangélicos, que o estão lendo até pela terceira vez, conforme muitos telefonemas e cartas, que venho recebendo de várias partes do Brasil e de Portugal, sendo ele um livro dos mais vendidos em várias livrarias. E o Sr. não pode me xingar por isso e por ele ter sido adotado pela PUC-RS.
Não vejo nenhuma incompatibilidade em ser católico e ser teósofo, mesmo porque a Teosofia não tem dogmas, não nos obrigando a aceitar nada que nos violente a razão. E a Igreja Católica não está com mentalidade do século passado, e muito menos, da Idade Medieval, aquele período da Inquisição. Ela não proíbe mais que os católicos estudem religiões, e esse é um dos objetivos da Teosofia e que me fez teósofo. Sr. Pe. Quevedo, nós estamos às portas de Século 21.
Não sou o único católico reencarnacionista. Pelo contrário, a maioria dos católicos hoje, principalmente os intelectuais, inclina-se para a verdade da reencarnação, e para a qual se inclinam também, inclusive, elementos do clero católico, cuja posição, entretanto, é silenciosas, prudentemente silenciosa. E nada conterá essa verdade, Sr. o verá.
O reencarnacionista não é contra a ressurreição, como se tenta maldosamente incutir na cabeça dos católicos e dos evangélicos. A reencarnação é a ressurreição do espírito na matéria, na carne, enquanto que a ressurreição propriamente dita é a ressurreição do espírito fora da matéria, fora da carne, isto é, em outra dimensão. E esta ressurreição ocorrerá só no final dos tempos, na fase escatológica do homem. Quando acontecerá, nem os anjos nem Jesus o sabem, mas somente o Pai, segundo o próprio Jesus. Até lá, muita água passará debaixo da ponte, e aí é que entre a reencarnação.
Não me importa que os judeus da época de Jesus fossem pessoas simples. O que me interessa é que eles aceitavam a reencarnação. Daí eles acharem que Jesus fosse a encarnação de um dos antigos profetas. Mas eu não afirmo que eles estavam certos, neste sentido, em meu livro, e muito menos, que Jesus fosse encarnação de Elias e de João Batista, como o Sr. diz na carta. E não a redito que o Sr. esteja fazendo jogo sujo com isso. Acredito, sim, que o Sr. não leu bem meu livro, ou esta mal assessorado por pessoas que também não o leram bem.
O Sr. duvida até de que eu seja formado na PUC-MG e de que eu tenha estudado para padre. Mas isso não me incomoda, pois esses estudos pouco representam para eu ter escrito o eu livro em apreço.
Vou abordar a sua carta e esta minha resposta no programa “A Caminho da Luz”, dirigido por Aurélio França, na Rádio Metropolitana de BH, do qual participo (AM 1250, de 20 às 22 horas, aos sábados). Ele é ouvido aí em São Paulo.
O Sr. disse que eu não sei citar a Bíblia, só porque, às vezes, eu a cito “ipsis literis”, entre aspas, como deve ser, e outras vezes, com as minhas próprias palavras, mas citando também, como no primeiro caso, o livro, capítulo e versículo correspondentes da Bíblia. Ter-lhe-iam faltado mais argumentos para condenar meu livro ao recorrer a uma crítica tão ingênua desta?
Não vou criticar os erros de Português em sua carta, pois o Sr. é estrangeiro. Deixo isso para os seus assessores.
Muito obrigado por me ter fornecido seu Fax.
O meu abraço fraternal.
J. R. Chaves, autor de “A Reencarnação Segundo a Bíblia e a Ciência”. (Assinado).

Quarta carta - Minha resposta ao Pe. Quevedo:
Belo Horizonte, 04 de Dezembro de 1997.
Caro amigo e companheiro em Cristo, Padre Oscar Gonzalez Quevedo.

Muita paz é o que lhe desejo. Que a sabedoria do Espírito Santo de Deus nos ajudem a encontrar realmente a verdade que liberta, a entender e compreender os mistérios da vida, a saber quem realmente somos e a descobrir como age o “inconsciente individual e ou coletivo”. Só existe mistério por causa da ignorância e do orgulho dos sábios, que ainda não conquistaram a sabedoria.
Só podemos falar daquilo que sabemos e dar testemunho daquilo que vimos (Jo 3,11).
Recebi a sua “Carta Aberta a um Autor Falsário” e como lhe enviei o “grande livro”: “A Reencarnação Segundo a Bíblia e a Ciência”, também me julguei com a responsabilidade de lhe enviar essa resposta. Isto tudo é em nome de uma “VERDADE MAIOR”, que precisa ser revelada e compreendida.
Primeiro digo que li o “importante e profundo livro”, que o senhor, Padre Oscar G. Quevedo, deprecia e difama do princípio ao fim de sua carta. Esta sim parece ter vindo de alguém que necessita do auxílio de um psiquiatra e ou analista, pois o seu autor parece até um possesso cheio de ira, ódio e vontade de destruir...
Pela sua carta, que nem assinada foi e então não se pode provar que seja autenticamente sua, posso concluir que o senhor não é um discípulo verdadeiro de Jesus. O senhor é um membro da ala radical e trevosa da nossa Igreja Católica Apostólica Romana, que durante muitos séculos não permitiu que ninguém pensasse ou acreditasse diferente de seus principais líderes, desde que o “catolicismo” tornou-se a religião oficial do Império Romano com Constantino, por isso denominou-se “romano”, até o fim da trevosa instituição, que foi a famigerada Inquisição. Todas as polícias secretas do século XX perdem feio para a “Santa Inquisição”, pois esta cometeu crimes inafiançáveis perante a justiça perfeita ou divina e ainda diziam que era para proteger o Evangelho e salvar as almas.
A tirania e o terror da fé fizeram muitas vítimas e péssimos cristãos, pois a muitos exércitos derrotados eram permitidos a escolha entre o batismo católico ou a morte pela espada e assim as fileiras do catolicismo cresceram muito, mas sem nenhuma qualidade como nos primeiros séculos do cristianismo recém-nascido e perseguido.
Durante a Inquisição muitos grandes pensadores, filósofos e corajosos pregadores foram perseguidos, presos, torturados e condenados à fogueira, só porque pensavam e tinham idéias diferentes das da “Cúpula da Igreja”. Entre muitos milhares bastas citar: Giordano Bruno, Jan Huss, Jerônimo de Praga, Savanarola, Santa Joana d’Arc e John Wiclife, que foi queimado após 44 anos de sua morte.
Também outros foram presos nos próprios conventos. As cruzadas contra os muçulmanos e contra os albigenses não foram, nem são atos cristãos e nem conforme os ensinamentos de Jesus, mas foram apoiadas e até conclamadas pelos Papas, que tornaram infalíveis em 1870.
Digo e afirmo que o senhor não é um discípulo de Jesus porque em sua carta se nega e contradiz os ensinamentos de Jesus, que nos proibiu de chamar alguém de “raca, cretino ou louco” (Mt 5,22); que nos ensinou a amar e orar pelos nossos inimigos, e por quem nos perseguem (Mt 5,44); que nos ensinou a reconciliar com o nosso próximo enquanto estamos com ele no caminho (Mt 5,24 e 25); que nos mandou a amar uns aos outros, como ele nos amou (Jo 15, 12 e 17); que nos ensinou a buscar a ovelha perdida (Mt 18,12) e a procurar a dracma perdida (Lc 15,8 a 10); que nos pediu para perdoar setenta e sete vezes (Mt 18,22). Nada disto vi em sua carta. Vi apenas o ímpeto, a fúria e a vontade de massacrar, denegrir e destruir a um irmão, pois todos somos filhos de Deus-Pai-Mãe (o Papa João Paulo I nos ensinou a chamar “Deus” também de Mãe).
Este nosso irmão, o José dos Reis Chaves, está dando uma grande contribuição para com o encontro e a divulgação da verdade, que liberta e nos conduz ao amor eterno.
Jesus deixou claro que não nos ensinou tudo, mas com a vinda do Consolador tudo seria esclarecido (Jo 16,12 a 15) e isso aconteceu para os primeiros discípulos no Pentecostes (At 2,1 a 41) e para São Paulo no caminho de Damasco (At 9,1 a 30). Pouquíssimos “cristãos católicos”, hoje em dia, têm o seu Pentecostes, por ignorância e culpa de nossa própria Igreja Católica Apostólica Romana, que nos proíbe de “pensar no já pensado e pensar diferente”.
Tive o meu “Pentecostes” ou o renascimento de um ser adulto (Jo 3,3) no início de 1980. Tornei-me reencarnacionista no dia 05/01/1980 e então passei a ser um autodidata sobre a mente humana consciente e inconsciente. Descobri quem realmente sou, consegui me compreender e a entender melhor a cada ser humano. Passei a ter vida em plenitude e a ser um habitante do “Reino dos Céus”.
Descobri na década de 80 a minha missão a ser cumprida aqui na terra e com total apoio do Espírito Santo estou fazendo a minha parte. O meu inconsciente individual tornou-se, em parte, consciente e passei a entender também o meu inconsciente coletivo. Já escrevi para teólogos, Padres, Bispos, dois Cardeais e até para o Papa João Paulo II defendendo a reencarnação e a mediunidade, que é o mesmo profetismo bíblico na atualidade.
Temos que respeitar e aceitar a liberdade de Deus em dirigir a caminhada histórica e evolutiva da humanidade. Realmente Deus dirige plenamente tudo, mas respeita plena e totalmente a liberdade de todos nós e por isso Ele é Deus. Só quando o profeta está preparado e com o caminho aberto é que Deus se aproxima para continuar a sua eterna revelação à humanidade.
Também já defendi a reencarnação e a mediunidade em confissões e conversas com Padres e Bispos. As reações foram muito divergentes e interessantes. Vou citar algumas:
- “Você sabia que sempre podia contar comigo” (1983). “A nossa posição perante você, Rosário, é ficarmos calados, pois aquilo que é, é. Não é a roupa que interessa e o que Deus planejou acontecerá, mesmo que muitos ajam contrariamente ao projeto de Deus” (1996, de meu ex-Padre Mestre, quando fui noviço).
- “Você precisa é de psiquiatra e não de padre” (1980). “Você acredita nestas coisas, tudo isso é pura imaginação e ilusão de sua mente” (1984, de meu ex-professor e ex-Padre espiritual do seminário).
- “Eu não discuto mais a reencarnação. Já ouvi tanta coisa aqui no meu consultório, que não nego mais a reencarnação, mas a sua encarnação atual precisa de auxílio”. “O Frei X estudou psicologia e se salvou, já o Frei Y estudou religião e se complicou, porque religião não explica os dramas da vida” (1982, de um Padre analista).
- “O seu irmão, o ex-Frei Maurílio, pode estudar essas coisas, pois ele é o maior sábio que existe em Divinópolis, mas você é fraco e não dá conta disso” (1980). “Você tem que tomar remédios e fazer análise para tirar isso de sua mente” (1980 a 1986, de um Frei e Padre franciscano, até que cancelei a minha aposentadoria por invalidez em 10/02/1986).
- “É melhor que não conversemos, pois eu pesquiso para um lado e você para o outro” (1984, de um Frei e Padre franciscano, que foi meu colega e companheiro de seminário e que continuou os estudos em Roma. Esse é o Frei Y, citado acima).
- “Vou lhe dar um conselho: continue nesses estudos e pesquisas para você ter idéias claras, pois a Igreja não sabe o que ensina para a gente” (1987, de um Frei capuchinho no confessionário).
- “Você estava ruim naquele dia”. “Você acha que não entendo de Bíblia. Estudei Bíblia durante 12 anos e não tenho tempo de conversar mais com você” (1982, de um Padre da paróquia de Santa Teresa em Belo Horizonte, uma semana após ter vivido uma experiência mística dentro da Igreja e uns três meses depois).
- “Estou aqui para ouvir pecados e você vem com uma conversa dessa sobre reencarnação”, “Estou aqui cansado, mas cumpro o meu dever para ouvir e perdoar pecados e não para isso”. “É melhor que não conversamos mais” (1988, de um Padre, no confessionário e alguns meses depois, por telefone).
- “Não entendo disso, não quero entender e não tenho mais tempo de conversar com você” (1988). “Estou gostando de conversar com você e muito contente mesmo”. “Você me perdoa por não ter conversado com você”. “Como é bom ouvi-lo. Estou alegre mesmo”. “Quero ler sim, mas apenas o que você escreveu para o Papa”. “É melhor não conversarmos mais. Não concordo com o que você escreveu e não quero discutir com você” (1997, a última por telefone, de um Bispo, que foi indicado para me orientar).
- “Você sabe que não está me contando pecados. Só posso lhe dar a absolvição se você me contar pecados, então vou lhe dar uma bênção e emprestar-lhe dois livros. Depois de lê-los poderemos conversar” (1995). “Como você ainda comunga, sabendo disso e acreditando como você acredita. Não, pois a Igreja não é minha” (1996, do meu pároco no confessionário, mas a conversa depois nunca foi feita).
Outros trechos escritos em cartas para mim, também por Padres:
- “Claro que não podemos negar os fatos. A gente sente você plenamente normal” (carta de 05/08/1991).
- “Sei que você está elaborando uma síntese de pensamento grandioso e universal” (carta de 01/04/1992).
- “A sua carta revela grande manuseio e conhecimento da Escritura. Hoje ela é um mundo de pesquisas e descobertas” (carta de 10/04/1993).
- “Não vou argumentar nada com você para não profanar o grande segredo, a grande revelação. Você põe a coisa num nível e numa forma, que vão além de qualquer comentário, no nível das idéias e pesquisas” (carta de 04/08/1993).
Veja por estes trechos que os conceitos e conhecimentos individuais são muito divergentes. Não podemos julgar que o outro está errado e denegri-lo ou difamá-lo só porque pensa diferente daquilo que a gente pensa e acredita.
Muitas verdades foram renegadas no Ocidente durante séculos por causa da tirania da fé e da crença. Veja o caso de Galileu Galilei que teve de se retratar de sua descoberta e crença no sistema heliocêntrico para não ser queimado vivo. Galileu retratou-se porque ele não era religioso, a religião nos coloca “fanáticos, cegos e cabeçudos”.
Só agora, no século XX, a Igreja reconheceu o seu próprio erro e pediu perdão ao grande mestre Galileu. Ele deve ter perdoado a grande injustiça que sofreu!
Outras verdades foram consideradas heresias e ou não foram descobertas porque não havia liberdade de pensamento, era só pensar diferente da cúpula eclesiástica e vinha a excomunhão como castigo, muita tortura e até a fogueira.
Aqueles que pensaram igual aos líderes da Igreja C. A. R. foram vangloriados e bajulados, muitos foram até canonizados após a morte: era a entronização final no altar. Por outro lado quem pensasse diferente era excomungado, preso, torturado e até queimado vivo.
Não consigo ver nada disto no Evangelho de Jesus, cujo principal ensinamento é o AMOR. Então quem assim agiu e age não pode ser chamado de discípulo verdadeiro de Jesus ou verdadeiro cristão, mas sim membro de uma instituição organizada por homens, que muitas vezes esqueceu-se de Jesus e dos primeiros cristãos.
A verdade nunca pode ser propriedade de ninguém e de nenhum grupo ou Igreja. Jesus ensinou que haverá um só Pastor e um só rebanho.
Deus não instituiu uma organização para representá-Lo na terra, mas os organizadores e líderes das organizações são que se dizem e se intitulam como os únicos representantes de Deus. As organizações só aceitam como seus dirigentes aqueles que seguiram e seguem obedientes e cegamente a seus preceitos, elas têm medo de que alguém pense no já pensado e descubra os seus calcanhares de Aquiles.
A revelação de Deus a nós não se limitou a um espaço finito de tempo, mas este tempo é infinito. À medida que chega a hora e surge alguém com predicados necessários e conquistados, então “Deus” livre e pacificamente aparece, e vai se auto-revelando, orientando e ajudando na divulgação das “verdades reveladas”. Assim é a nossa evolução, que é a nossa eterna busca e vivência da perfeição ou da nossa salvação.
Um dos maiores erros cometidos pelo orgulho do ser humano foi a instituição dos “dogmas” e o maior deles foi o dogma da infalibilidade do Papa. Se os Papas fossem infalíveis não poderia ter havido a possibilidade de que eles agissem ou permitissem a ação contra os ensinamentos de Jesus e contra o mandamento “Não Matarás”.
Como puderam os homens-Papas infalíveis terem cometidos erros tão perversos e claros assim? Ou será que a lei só vale para os outros? Jesus ensinou: “Fazem o que eles dizem, mas não fazem o que eles fazem”.
Mas a verdadeira elite dos cristãos na Igreja também sempre existiu, existe e existirá. Podemos citar os seguintes membros: Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce de Salvador, São João Maria Vianney, São Vicente de Paula, Santa Tereza d’Ávila, São João de Deus, Santa Joana d’Arc, Santa Clara e São Francisco de Assis, São Francisco Xavier entre muitos outros. A existência destes prova que Deus-Pai-Mãe está sempre no leme dirigindo a caminhada evolutiva da humanidade, respeitando plenamente a liberdade de todos.
Para finalizar digo ainda que todos os Padres da Igreja, citados em sua carta, que condenavam a idéia da volta do espírito à carne e o que eles realmente condenavam era a “metempsicose”, que era a idéia dos filósofos gregos. Esta doutrina também eu condeno, pois a metempsicose é uma idéia contrária a evolução e ao ensinamento: “Portanto, deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48). Já a doutrina atual da reencarnação é evolutiva e ela explica perfeitamente todos os dramas e tudo da vida de cada ser humano, como também esclarece os mistérios inexplicáveis pela nossa doutrina católica existente.
Como já disse: a “Verdade” não é patrimônio ou propriedade de ninguém e quem dirige a sua revelação, descoberta e divulgação é o próprio Deus. Estas revelações vêm de todos os cantos, veja os livros do psiquiatra norte-americano Brian L. Weiss, principalmente “A Cura Através da Terapia de Vidas Passadas”.
Na década de oitenta, quando li os seus livros, citados na dedicatória do livro do José dos Reis Chaves, concluí que o senhor, Padre Quevedo, é um grande estudioso e conhecedor da mente consciente, mas também fica muito claro que existe um grande vazio e um completo desconhecimento sobre o que é o “inconsciente”, seja ele individual ou coletivo.
Pelos seus livros fica provado que a carta, que estou respondendo, é realmente sua, pois também neles se encontram termos não elogiosos a todos os médiuns espíritas. Nos seus livros se afirma que tudo que os médiuns fazem é fraude, enganação e charlatanismo. O senhor até conta que fez curso superior de mágica para executar o mesmo que os médiuns fazem e assim desmascará-los.
Como o senhor é um grande conhecedor da mente consciente já deve ter entendido e compreendido que sou um médium católico (um profeta da atualidade) e da paz. Isto revelei para o Papa João Paulo II, em uma carta secreta. Se outro leu esta minha carta e se não chegou ao conhecimento de Sua Santidade, não é problema meu.
Vou lhe enviar algumas cartas, que já escrevi e enviei para teólogos católicos. Tudo para que a Verdade seja compreendida e divulgada. Os trabalhos anexados são:
- “Você Sabe Quem é Você? ... E se Auto-Conhece?...”.
- “O Mistério, A Verdade e a Visão Cósmica da Vida”.
- “O Relacionamento Entre Encarnado.... E Desencarnado”.
- “Cartas de 28/06/1992 e de 02/01/1994”.
Desejo-lhe muita paz e liberdade de pensamento para que encontre realmente a Verdade que liberta. Mas sei também que a sua hora certa só o Pai sabe.
Um abraço fraternal de um irmão em Cristo..... Rosário Américo de Resende.