Eis uma carta que escrevi para falar sobre o caso do Sacrifício de Abraão e também expliquei atualmente em P. S. sobre o caso das mulheres bíblicas estéreis e um e.mail onde comento sobre a disputa dos espíritos de Ismael e Isaac antes da reencarnação deles.
Belo
Horizonte, 01 de Agosto de 1993.
Caro
amigo e companheiro, Jacques. Que Deus
nos ilumine para juntos colaborarmos com a descoberta e divulgação da VERADE verdadeira.
Que
Deus, que é a fonte suprema de sabedoria e vida, nos dê força e coragem
para pensarmos no já pensado e
decifrarmos as incompletas e inexplicáveis interpretações bíblicas dos sábios
do passado.
Jacques,
muitos grandes e intocáveis “estudiosos
do passado” criaram para nós um “terrível
labirinto bíblico”, do qual dificilmente encontramos a saída com a cabeça
erguida e com um amor verdadeiro para chegarmos no “Deus-Amor”. O meu intuito é
descobrir e revelar a verdadeira Verdade
com o auxílio, colaboração e união de todos. Não quero fazer polêmicas ou cismas, mas quero evitar discórdias e acabar com os cismas do passado e do
presente. O cristianismo ou o catolicismo foi um grande cisma do judaísmo,
que só veio trazer muitos dissabores para os dois lados. Para descobrirmos a VERDADE temos que procurá-la com muito
afinco, interesse e amor; para essa conquista temos que manter profundos,
francos e sinceros diálogos para reconhecer, entender os nossos próprios erros
e ver, sentir e descobrir a Verdade dos outros. Quem julga que é o dono da
Verdade, que só ele e o grupo dele
sabe tudo e que os outros são ignorantes, hereges ou carismáticos..., não está apto para receber e colaborar
com o “Messias” e nem para “ser o Messias”. Essa atitude é vaidosa,
orgulhosa, ciumenta e contrária ao amor verdadeiro.
Com
relação ao assunto da 1ª pergunta da 1ª carta julgo realmente que trata-se do “sacrifício de Abraão”, pois o Isaac era apenas a vítima a ser imolada
ou a oferenda do sacrifício, como se pode ver: “Depois desses acontecimentos,
sucedeu que Deus pôs Abraão à prova e lhe disse: “Abraão! Abraão!”. Ele
respondeu: “Eis-me aqui!”. Deus disse:
“Toma teu filho, teu único, que
amas, Isaac, e vai à terra de Moriá,
e lá o oferecerás em holocausto
sobre uma montanha que eu te indicarei”. Abraão estendeu a mão e apanhou o
cutelo para imolar seu filho. O anjo disse: “Não estendas a mão contra o
menino! Não lhe faças nenhum mal! Agora
sei que temes a Deus: tu não me recusaste teu filho, teu único” (Gn 22,1,
2, 10 e 12).
Nesses
versículos fala-se muito claramente em “holocausto
e em imolar o filho”, então fica muito claro mesmo que o objetivo era “matar ou sacrificar a Isaac com a
morte” ou a tradução de “A Bíblia de Jerusalém” não é correta? Você diz que o versículo não fala em “matar a Isaac”, mas fala em holocausto
e imolar, que é um sacrifício feito com a morte da oferenda ou vítima.
No
versículo 22,10 fala-se em menino e você afirma que Isaac tinha 37 anos no
momento desse sacrifício. Qual é a fonte dessa informação? Outra ideia com a qual não concordo é com
relação ao “temor a Deus ou de Deus”,
pois na relação entre Aquele que realmente ama, que é a fonte suprema do amor
para com o ser amado não pode
existir “temor”, mas só amor e só assim haverá uma pura e real convivência.
No
meu atual modo de pensar vejo nesse acontecimento: “O Sacrifício de Abraão (ou Isaac)” (Gn 22,1 a 14) uma luta ou disputa entre anjos de guarda
e quando existe luta vence o mais forte e mais sábio. Temos aqui uma “fenomenal
disputa entre anjos de guarda”, pois cada um é o responsável pelo sucesso ou
pela vitória de seu protegido e nessa luta cada um utiliza-se de seus
conhecimentos ou de suas armas. O anjo
de guarda de Ismael, que foi expulso com a mãe Agar por Abraão por causa do
ciúme de Sara (Gn 21,8 a
21), tomou a decisão de eliminar a Isaac
pelas próprias mãos de Abraão e, se conseguisse êxito no seu intento, Abraão
chamaria Ismael de volta. Para executar o seu plano não hesitou em aproximar de
Abraão como se fosse o próprio Deus (fato que muitos ainda acreditam piamente)
e fez o pedido do sacrifício, cuja a oferta ou vítima seria o próprio Isaac (Gn
22,1 e 2). Abraão com sua atitude, até infantil, e em sua cega obediência foi
enganado e ludibriado. Mas como o Deus verdadeiro
deu e dá plena liberdade a
todos, por sua vez o anjo de guarda de
Isaac também agiu e efetuou a defesa de Isaac, protegendo-o, como também
arranjou um cordeiro para ser imolado em lugar do filho de Abraão.
Abraão foi ingênuo em obedecer cegamente
ao primeiro pedido e os “teólogos e
exegetas bíblicos tentam nos explicar tudo defendendo a atitude de Abraão como
um ato de obediência e temor a Deus”. (Hoje isso é crime, magia negra e caso de
polícia). “Deus-Pai-Mãe-Amor-Criador” nunca exige de nós obediência cega e
nunca nos causa temor, já que Ele próprio nos deu plena liberdade e tem Amor e Vida em plenitude.
Com
relação a 2ª resposta sua, comento: Você escreveu que “cada praga é para cobrir a cada aflição que os judeus passaram no Egito”.
Dentro desse raciocínio afirmo que “as pragas foram então uma vingança e
cobrança” e digo que quem é perfeito não
se vinga e nunca se ofende. Vendo Deus dessa forma apresentada por você,
Ele seria um grande sádico e tirano, pois ainda endureceu o coração do Faraó para
que a vingança fosse mais cruel. O “Perfeito”
ama a todos e só quem não é perfeito
poderá amar a um e odiar a outro (ou mesmo vingar de outro).
Pelo
conhecimento do século XX chega-se com relação a 1ª pergunta o que já expus: “A luta entre os anjos de guarda ou a luta
entre os espíritos protetores ou mentores de cada grupo”. Neste episódio a
atitude de Abraão foi muito infantil.
Com
relação às pragas contra o Egito já digo: “Hoje no século XX tudo o que se lê e
compara com as pragas contra o Egito (Ex 7 a 11) pode ser comparado ou tido como obra de
magia negra e caso de polícia. Hoje todos os “trabalhos espirituais”, que causam mortes, destruições,
calamidades, mal-estar ou mesmo terror ou medo para as pessoas são trabalhos de
magia negra, e, nossas leis civis, ainda imperfeitas, condenam a todos como
coisas erradas. Para mim qualquer tipo de sofrimento mostra imperfeições e
“Deus”, o pleno de Amor, nunca iria utilizar de imperfeições para mostrar a
perfeição dEle, isso seria e é um contrassenso. Deus não precisa das nossas
relatividades. O que quero dizer é que: “Deus-Amor-Perfeito
utiliza dos erros das criaturas ou mesmo dos “espíritos” para revelar a grande
sabedoria e o grande amor dEle para com todos”.
Respostas
às suas perguntas:
1ª)
Quando fiz referências à “luz da atual sabedoria e conhecimento do século XX” é
porque conforme os nossos atuais conhecimentos, os sacrifícios sangrentos,
humanos ou não e pragas são obras de
magia negra e não obras de Deus, que é a fonte de todo amor e sabedoria.
Tudo isso são obras de “espíritos imperfeitos”, vivos e mortos ou mortos e
vivos, e que na Bíblia assumiram a
posição de Deus e nos enganaram por
milênios. Esses trabalhos são obras de magia negra, macumba e ou do vodu,
pois só causam terror, medo, perseguição e obsessão aos seres vivos.
2ª)
Quando mencionei os trechos do “Novo Testamento”, que falam do Messias com muita ênfase, não disse que
não havia referências no Velho Testamento. Pelo contrário no Velho Testamento
existem muitas referências sobre a vinda do Messias, que viria nos orientar ou
mesmo estabelecer um Reino Eterno e Indestrutível. No Velho Testamento existem muitas passagens que nos dão plena
confiança da e na Vinda do Messias; como: Gn 3,15; Dt 18,15; Dn 2,44 e
9,25; Mq 5,1 a
3;Zc 3,8; 9,9 e 14,9; Ml 2,7 e 3,1; Jr 23,5 e 33,15; Nm 24,17; Sl 2,6; 72,2 e
4; 110,4 e 6, e 118,22; Is 7,14; 9,6; 11,1 e 4; 28,16; 32,1; 33,22; 42,1; 49,6
e 8; 53,3 e 11; 55,4; 59,20 e 62,11.
Isaias é chamado de “o
Profeta Messiânico”.
Já
no Novo Testamento as referências informam que o Messias já veio; como: Mt 2,1 a 11; 19,28; 20,21 e
21,5; Lc 23,42 e 43; Mc 10,35
a 40 e muitas passagens em Atos e nas Epístolas.
Sobre
a aparição do Messias hoje afirmo
que todos o esperam:
Judeus: É a vinda do Messias.
Católicos: É a volta do Cristo.
Budistas: É a vinda do Buda Maitreya.
Ponte
para a Liberdade: É a vinda do Maitreya.
Hinduístas É a vinda do Krishna.
Crentes: É a volta do Cristo ou o Arrebatamento.
Muçulmanos: É a vinda do Iman Mandhi.
Outros: É a Nova Era ou a Era de Aquário.
Muitos
que esperam o “Messias” não vão aceitá-lo e até irão considerá-lo como o
próprio “Anti-Cristo ou mesmo a Besta-Fera”, pois o Messias irá colocar as
coisas em seus devidos lugares. Ninguém poderá ser um profissional religioso,
viver da religião, dos dízimos e da boa fé alheia, então todos aqueles que vivem às custas da fé alheia irão condenar ao
Messias e a todos os que estarão colaborando com ele, já que estes o
entenderão. Jesus foi traído, preso, julgado e condenado injustamente à morte
pelos líderes religiosos do seu tempo, que o entregaram a um líder civil, o
Pôncio Pilatos. O romano Pilatos nada tinha a haver com as disputas religiosas
dos judeus, mas ficou marcado como o responsável final pela condenação à morte
e morte pela cruz do Mestre Jesus. Então tudo se espera daqueles que defendem
os seus bolsos ou os seus interesses.
Paz, liberdade e sabedoria é o de que todos nós necessitamos para encontrar a Verdade e sermos colaboradores do Messias ou do Cristo. Quando ele
precisar de nós. O amigo: Rosário A. de Resende.
P.S.:
Hoje
dia 21/07/2020, telefonei para o meu amigo e conversamos sobre os 6 casos das
mulheres estéreis, que estão relatados na Bíblia e que tiveram filhos depois, e
quase todas já bem idosos.
Estas
mulheres já foram relatadas por mim nesse trabalho meu, que divulguei no site
do jornal O TEMPO:
Amigos. Paz plena.
Um dos problemas que eu tinha
com relação à Bíblia é o caso de mulheres amadas e estéreis, que depois de
idosos tiveram filhos.
Como a primeira função do
sexo é sim a reprodução ou a continuação da perpetuidade da própria espécie.
Após o afloramento público da
minha mediunidade em janeiro de 1980 e ter recebido a revelação da minha
primeira vida passada em agosto de 1982, que foi durante a celebração de uma
missa dominical, então passei a ter coragem de perguntar para a Espiritualidade
uma explicação sobre os casos de mulheres estéreis e que depois de velhas
tiveram filhos.
Vou em seguida relatar os
casos dessas mulheres:
Sara a esposa de Abraão, que
era estéril e só após ter pedido ao Abraão para ter um filho com a escrava
Agar, o Ismael, (Gn 16), foi que ela teve o filho Isaac (Gn 21,1-7) e Sara já
tinha 90 ano (Gn 17,17).
Rebeca a esposa de Isaac, que
era estéril (Gn 25,21) e teve os dois filhos gêmeos: Esaú e Jacó (Gn 25,24-26).
Eles já estavam casados por 20 anos, pois quando casaram Isaac tinha 40 anos (Gn
25,20) e quando os filhos nasceram Isaac já tinha 60 anos (Gn 25,26).
Raquel, a esposa amada de
Jacó, era estéril e entregou sua escrava para Jacó ter filhos com ela, que teve
dois filhos (Gn 30,1-8).
Depois que Jacó teve 6 filhos
e uma filha com a Lia (Gn 29,31-35 e Gn 30,16-21), dois filhos com a escrava de
Raquel (Gn 30,1-8) e dois filhos com a escrava de Lia (Gn 30,9-13), foi que
Raquel teve o primeiro filho (Gn 30,22-24).
Esposa de Manué e mãe do juiz
Sansão, que era estéril e teve um filho depois (Jz 13).
Ana a esposa amada de Elcana era
estéril (1Sm 1,4-8), depois teve o filho Samuel (1Sm 1,19-28).
Isabel a esposa de Zacarias e
mãe de João Batista, era estéril e teve um filho depois de idosa (Lc 1,5-25).
Todos esses 6 casos sempre me
intrigava, mas nunca tinha como entendê-los e também aceitava as explicações
que recebia de meus professores, dizendo que elas eram estéreis e que Deus as
abençoou depois. Isso para mim não era coisa de Deus, pois porque esperou tanto
tempo, fazendo com que as mulheres amadas sofressem e em alguns casos
entregando outra mulher para dar filhos ao homem amado. Isso, para mim, nunca
foi atos perfeitos e nem de Deus.
Só após o afloramento da
minha mediunidade foi que recebi explicações aceitáveis e até lógicas para mim
de todos esses casos e que a primeira função do sexo é sim a reprodução e como
recompensa os cônjuges têm o prazer no ato sexual e na convivência amorosa
entre eles e os filhos se os tiverem, pois existem casais amorosos, que não têm
filhos.
Agora muitos só querem o
prazer, que é o complemento, mas não querem assumir a responsabilidade de
assumir e criar os filhos, e até não querem ter fidelidade plena entre os
cônjuges, como Deus respeita plenamente a liberdade de todos, então cada um
será sim o único responsável por todos os seus atos e até omissões.
Sobre o problema da
homossexualidade só mesmo um profundo conhecimento sobre a caminhada evolutiva
de cada espírito é que se pode compreender melhor o assunto, pois pela
homossexualidade foi eliminado a primeira função do própria sexualidade.
No ano de 1984, eu ouvi do
espírito do Sumo Sacerdote Caifás (Mt 26,57-68), esse conselho:
“Ame a tudo e a todos os que
já passaram por essa terra, seja Torquemada, Átila, Gengis Khan, Hitler, Amã
(do livro Ester), Judas Iscariotes, o Tentador de Jesus e etc, pois caso você
foi esse espírito no passado, então poderá estar odiando o seu próprio ser
interno”.
E ele ainda me revelou que já
tinha reencarnado algumas vezes como cristão, mas que odiava o Caifás, então
ele odiava a ele mesmo.
Paz plena. Rosário.
Eis
o e.mail que escrevi hoje (21/07/2020) para o Júlio.
Paz plena...
Júlio,
um grande fraternal abraço.
Essa
foi uma das cartas que escrevi, após receber da Espiritualidade explicações
sobre vários textos bíblicos.
Nessa
carta que não pude relatar a disputa entre os espíritos do Ismael e do Isaac,
antes da reencarnação deles.
Na
hierarquia espiritual, à qual pertenciam os esses dois espíritos, o espírito de
Ismael tinha o direito de ser o filho primogênito do Abraão. Já o espírito do
Isaac tinha mais conhecimento. Quando acontecia um caso como esse era lógico
que o espírito, que tinha conhecimento inferior renunciasse o direito dele para
aquele que tinha mais conhecimento.
O
Ismael não renunciou o direito dele de ser o filho primogênito do Abraão, então
o Isaac falou para ele mais ou menos assim:
"O
direito de ser o filho primogênito do Abraão é seu, mas eu vou ser o filho
primogênito da Sara e vamos ver quem é que vence."
O
espírito do Isaac não permitiu que Sara ficasse grávida e por isso ela foi
ficando velha e não podia dar um filho para o Abraão, chegando ao ponto de
oferecer a escrava para que Abraão tivesse um filho com ela (Gn 16). Veja que
Sara, neste relato ainda tinha o nome de Sarai (Gn 16,1).
Em
Gênesis 17,5 o nome de Abrão é mudado para Abraão e em Gênesis 17,15 o nome de
Sarai é mudado para Sara. E Abraão já tinha 100 anos e Sara 90 anos (Gn
17,17).
Quem
não permitiu que Sara engravidasse foi o próprio espírito do Isaac. Após o
nascimento do Ismael, o espírito do Isaac teve que preparar o corpo da Sara
para que ela pudesse se engravidar.
O
espírito de Isaac levou 13 anos (Gn 17) para preparar o corpo de Sara para que
ela pudesse ficar grávida. Se fosse o próprio Deus, isso iria acontecer de
uma hora para outra e não levaria 13 anos.
Veja
que na carta eu não coloquei a disputa dos dois espíritos antes das
reencarnações deles, com relação ao direito da primogenitura. Naquele
época o direito de primogenitura era sim muito importante (Gn 25,29-34).
Paz plena...
Rosário
“Conhecereis
a verdade e a verdade vos libertará” (João 8,32).
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