terça-feira, 21 de julho de 2020

2ª carta para o Jacques...


Eis uma carta que escrevi para falar sobre o caso do Sacrifício de Abraão e também expliquei atualmente em P. S. sobre o caso das mulheres bíblicas estéreis e um e.mail onde comento sobre a disputa dos espíritos de Ismael e Isaac antes da reencarnação deles.   

Belo Horizonte, 01 de Agosto de 1993.
Caro amigo e companheiro, Jacques. Que Deus nos ilumine para juntos colaborarmos com a descoberta e divulgação da VERADE verdadeira.
Que Deus, que é a fonte suprema de sabedoria e vida, nos dê força e coragem para pensarmos no já pensado e decifrarmos as incompletas e inexplicáveis interpretações bíblicas dos sábios do passado.
Jacques, muitos grandes e intocáveis “estudiosos do passado” criaram para nós um “terrível labirinto bíblico”, do qual dificilmente encontramos a saída com a cabeça erguida e com um amor verdadeiro para chegarmos no “Deus-Amor”. O meu intuito é descobrir e revelar a verdadeira Verdade com o auxílio, colaboração e união de todos. Não quero fazer polêmicas ou cismas, mas quero evitar discórdias e acabar com os cismas do passado e do presente. O cristianismo ou o catolicismo foi um grande cisma do judaísmo, que só veio trazer muitos dissabores para os dois lados. Para descobrirmos a VERDADE temos que procurá-la com muito afinco, interesse e amor; para essa conquista temos que manter profundos, francos e sinceros diálogos para reconhecer, entender os nossos próprios erros e ver, sentir e descobrir a Verdade dos outros. Quem julga que é o dono da Verdade, que só ele e o grupo dele sabe tudo e que os outros são ignorantes, hereges ou carismáticos..., não está apto para receber e colaborar com o “Messias” e nem para “ser o Messias”. Essa atitude é vaidosa, orgulhosa, ciumenta e contrária ao amor verdadeiro.
Com relação ao assunto da 1ª pergunta da 1ª carta julgo realmente que trata-se do “sacrifício de Abraão”, pois o Isaac era apenas a vítima a ser imolada ou a oferenda do sacrifício, como se pode ver: “Depois desses acontecimentos, sucedeu que Deus pôs Abraão à prova e lhe disse: “Abraão! Abraão!”. Ele respondeu: “Eis-me aqui!”. Deus disse: “Toma teu filho, teu único, que amas, Isaac, e vai à terra de Moriá, e lá o oferecerás em holocausto sobre uma montanha que eu te indicarei”. Abraão estendeu a mão e apanhou o cutelo para imolar seu filho. O anjo disse: “Não estendas a mão contra o menino! Não lhe faças nenhum mal! Agora sei que temes a Deus: tu não me recusaste teu filho, teu único” (Gn 22,1, 2, 10 e 12).
Nesses versículos fala-se muito claramente em “holocausto e em imolar o filho”, então fica muito claro mesmo que o objetivo era “matar ou sacrificar a Isaac com a morte” ou a tradução de “A Bíblia de Jerusalém” não é correta? Você diz que o versículo não fala em matar a Isaac”, mas fala em holocausto e imolar, que é um sacrifício feito com a morte da oferenda ou vítima.
No versículo 22,10 fala-se em menino e você afirma que Isaac tinha 37 anos no momento desse sacrifício. Qual é a fonte dessa informação? Outra ideia com a qual não concordo é com relação ao “temor a Deus ou de Deus”, pois na relação entre Aquele que realmente ama, que é a fonte suprema do amor para com o ser amado não pode existir “temor”, mas só amor e só assim haverá uma pura e real convivência.
No meu atual modo de pensar vejo nesse acontecimento: “O Sacrifício de Abraão (ou Isaac)” (Gn 22,1 a 14) uma luta ou disputa entre anjos de guarda e quando existe luta vence o mais forte e mais sábio. Temos aqui uma “fenomenal disputa entre anjos de guarda”, pois cada um é o responsável pelo sucesso ou pela vitória de seu protegido e nessa luta cada um utiliza-se de seus conhecimentos ou de suas armas. O anjo de guarda de Ismael, que foi expulso com a mãe Agar por Abraão por causa do ciúme de Sara (Gn 21,8 a 21), tomou a decisão de eliminar a Isaac pelas próprias mãos de Abraão e, se conseguisse êxito no seu intento, Abraão chamaria Ismael de volta. Para executar o seu plano não hesitou em aproximar de Abraão como se fosse o próprio Deus (fato que muitos ainda acreditam piamente) e fez o pedido do sacrifício, cuja a oferta ou vítima seria o próprio Isaac (Gn 22,1 e 2). Abraão com sua atitude, até infantil, e em sua cega obediência foi enganado e ludibriado. Mas como o Deus verdadeiro deu e dá plena liberdade a todos, por sua vez o anjo de guarda de Isaac também agiu e efetuou a defesa de Isaac, protegendo-o, como também arranjou um cordeiro para ser imolado em lugar do filho de Abraão.
Abraão foi ingênuo em obedecer cegamente ao primeiro pedido e os “teólogos e exegetas bíblicos tentam nos explicar tudo defendendo a atitude de Abraão como um ato de obediência e temor a Deus”. (Hoje isso é crime, magia negra e caso de polícia). “Deus-Pai-Mãe-Amor-Criador” nunca exige de nós obediência cega e nunca nos causa temor, já que Ele próprio nos deu plena liberdade e tem Amor e Vida em plenitude.
Com relação a 2ª resposta sua, comento: Você escreveu que “cada praga é para cobrir a cada aflição que os judeus passaram no Egito”. Dentro desse raciocínio afirmo que “as pragas foram então uma vingança e cobrança” e digo que quem é perfeito não se vinga e nunca se ofende. Vendo Deus dessa forma apresentada por você, Ele seria um grande sádico e tirano, pois ainda endureceu o coração do Faraó para que a vingança fosse mais cruel. O “Perfeito” ama a todos e só quem não é perfeito poderá amar a um e odiar a outro (ou mesmo vingar de outro).
Pelo conhecimento do século XX chega-se com relação a 1ª pergunta o que já expus: “A luta entre os anjos de guarda ou a luta entre os espíritos protetores ou mentores de cada grupo”. Neste episódio a atitude de Abraão foi muito infantil.
Com relação às pragas contra o Egito já digo: “Hoje no século XX tudo o que se lê e compara com as pragas contra o Egito (Ex 7 a 11) pode ser comparado ou tido como obra de magia negra e caso de polícia. Hoje todos os “trabalhos espirituais”, que causam mortes, destruições, calamidades, mal-estar ou mesmo terror ou medo para as pessoas são trabalhos de magia negra, e, nossas leis civis, ainda imperfeitas, condenam a todos como coisas erradas. Para mim qualquer tipo de sofrimento mostra imperfeições e “Deus”, o pleno de Amor, nunca iria utilizar de imperfeições para mostrar a perfeição dEle, isso seria e é um contrassenso. Deus não precisa das nossas relatividades. O que quero dizer é que: “Deus-Amor-Perfeito utiliza dos erros das criaturas ou mesmo dos “espíritos” para revelar a grande sabedoria e o grande amor dEle para com todos”.
Respostas às suas perguntas:
1ª) Quando fiz referências à “luz da atual sabedoria e conhecimento do século XX” é porque conforme os nossos atuais conhecimentos, os sacrifícios sangrentos, humanos ou não e pragas são obras de magia negra e não obras de Deus, que é a fonte de todo amor e sabedoria. Tudo isso são obras de “espíritos imperfeitos”, vivos e mortos ou mortos e vivos, e que na Bíblia assumiram a posição de Deus e nos enganaram por milênios. Esses trabalhos são obras de magia negra, macumba e ou do vodu, pois só causam terror, medo, perseguição e obsessão aos seres vivos.
2ª) Quando mencionei os trechos do “Novo Testamento”, que falam do Messias com muita ênfase, não disse que não havia referências no Velho Testamento. Pelo contrário no Velho Testamento existem muitas referências sobre a vinda do Messias, que viria nos orientar ou mesmo estabelecer um Reino Eterno e Indestrutível. No Velho Testamento existem muitas passagens que nos dão plena confiança da e na Vinda do Messias; como: Gn 3,15; Dt 18,15; Dn 2,44 e 9,25; Mq 5,1 a 3;Zc 3,8; 9,9 e 14,9; Ml 2,7 e 3,1; Jr 23,5 e 33,15; Nm 24,17; Sl 2,6; 72,2 e 4; 110,4 e 6, e 118,22; Is 7,14; 9,6; 11,1 e 4; 28,16; 32,1; 33,22; 42,1; 49,6 e 8; 53,3 e 11; 55,4; 59,20 e 62,11.
Isaias é chamado de “o Profeta Messiânico”.
Já no Novo Testamento as referências informam que o Messias já veio; como: Mt 2,1 a 11; 19,28; 20,21 e 21,5; Lc 23,42 e 43; Mc 10,35 a 40 e muitas passagens em Atos e nas Epístolas.
Sobre a aparição do Messias hoje afirmo que todos o esperam:
Judeus:                            É a vinda do Messias.           
Católicos:                        É a volta do Cristo.
Budistas:                         É a vinda do Buda Maitreya.
Ponte para a Liberdade:  É a vinda do Maitreya.
Hinduístas                       É a vinda do Krishna.                      
Crentes:                          É a volta do Cristo ou o Arrebatamento.
Muçulmanos:                  É a vinda do Iman Mandhi.
Outros:                           É a Nova Era ou a Era de Aquário.
Muitos que esperam o “Messias” não vão aceitá-lo e até irão considerá-lo como o próprio “Anti-Cristo ou mesmo a Besta-Fera”, pois o Messias irá colocar as coisas em seus devidos lugares. Ninguém poderá ser um profissional religioso, viver da religião, dos dízimos e da boa fé alheia, então todos aqueles que vivem às custas da fé alheia irão condenar ao Messias e a todos os que estarão colaborando com ele, já que estes o entenderão. Jesus foi traído, preso, julgado e condenado injustamente à morte pelos líderes religiosos do seu tempo, que o entregaram a um líder civil, o Pôncio Pilatos. O romano Pilatos nada tinha a haver com as disputas religiosas dos judeus, mas ficou marcado como o responsável final pela condenação à morte e morte pela cruz do Mestre Jesus. Então tudo se espera daqueles que defendem os seus bolsos ou os seus interesses.
Paz, liberdade e sabedoria é o de que todos nós necessitamos para encontrar a Verdade e sermos colaboradores do Messias ou do Cristo. Quando ele precisar de nós. O amigo: Rosário A. de Resende.

P.S.:
Hoje dia 21/07/2020, telefonei para o meu amigo e conversamos sobre os 6 casos das mulheres estéreis, que estão relatados na Bíblia e que tiveram filhos depois, e quase todas já bem idosos.
Estas mulheres já foram relatadas por mim nesse trabalho meu, que divulguei no site do jornal O TEMPO:

Amigos. Paz plena.
Um dos problemas que eu tinha com relação à Bíblia é o caso de mulheres amadas e estéreis, que depois de idosos tiveram filhos.
Como a primeira função do sexo é sim a reprodução ou a continuação da perpetuidade da própria espécie.
Após o afloramento público da minha mediunidade em janeiro de 1980 e ter recebido a revelação da minha primeira vida passada em agosto de 1982, que foi durante a celebração de uma missa dominical, então passei a ter coragem de perguntar para a Espiritualidade uma explicação sobre os casos de mulheres estéreis e que depois de velhas tiveram filhos.
Vou em seguida relatar os casos dessas mulheres:
Sara a esposa de Abraão, que era estéril e só após ter pedido ao Abraão para ter um filho com a escrava Agar, o Ismael, (Gn 16), foi que ela teve o filho Isaac (Gn 21,1-7) e Sara já tinha 90 ano (Gn 17,17).
Rebeca a esposa de Isaac, que era estéril (Gn 25,21) e teve os dois filhos gêmeos: Esaú e Jacó (Gn 25,24-26). Eles já estavam casados por 20 anos, pois quando casaram Isaac tinha 40 anos (Gn 25,20) e quando os filhos nasceram Isaac já tinha 60 anos (Gn 25,26).
Raquel, a esposa amada de Jacó, era estéril e entregou sua escrava para Jacó ter filhos com ela, que teve dois filhos (Gn 30,1-8).
Depois que Jacó teve 6 filhos e uma filha com a Lia (Gn 29,31-35 e Gn 30,16-21), dois filhos com a escrava de Raquel (Gn 30,1-8) e dois filhos com a escrava de Lia (Gn 30,9-13), foi que Raquel teve o primeiro filho (Gn 30,22-24).
Esposa de Manué e mãe do juiz Sansão, que era estéril e teve um filho depois (Jz 13).
Ana a esposa amada de Elcana era estéril (1Sm 1,4-8), depois teve o filho Samuel (1Sm 1,19-28).
Isabel a esposa de Zacarias e mãe de João Batista, era estéril e teve um filho depois de idosa (Lc 1,5-25).
Todos esses 6 casos sempre me intrigava, mas nunca tinha como entendê-los e também aceitava as explicações que recebia de meus professores, dizendo que elas eram estéreis e que Deus as abençoou depois. Isso para mim não era coisa de Deus, pois porque esperou tanto tempo, fazendo com que as mulheres amadas sofressem e em alguns casos entregando outra mulher para dar filhos ao homem amado. Isso, para mim, nunca foi atos perfeitos e nem de Deus.
Só após o afloramento da minha mediunidade foi que recebi explicações aceitáveis e até lógicas para mim de todos esses casos e que a primeira função do sexo é sim a reprodução e como recompensa os cônjuges têm o prazer no ato sexual e na convivência amorosa entre eles e os filhos se os tiverem, pois existem casais amorosos, que não têm filhos.
Agora muitos só querem o prazer, que é o complemento, mas não querem assumir a responsabilidade de assumir e criar os filhos, e até não querem ter fidelidade plena entre os cônjuges, como Deus respeita plenamente a liberdade de todos, então cada um será sim o único responsável por todos os seus atos e até omissões.
Sobre o problema da homossexualidade só mesmo um profundo conhecimento sobre a caminhada evolutiva de cada espírito é que se pode compreender melhor o assunto, pois pela homossexualidade foi eliminado a primeira função do própria sexualidade.
No ano de 1984, eu ouvi do espírito do Sumo Sacerdote Caifás (Mt 26,57-68), esse conselho:
“Ame a tudo e a todos os que já passaram por essa terra, seja Torquemada, Átila, Gengis Khan, Hitler, Amã (do livro Ester), Judas Iscariotes, o Tentador de Jesus e etc, pois caso você foi esse espírito no passado, então poderá estar odiando o seu próprio ser interno”.
E ele ainda me revelou que já tinha reencarnado algumas vezes como cristão, mas que odiava o Caifás, então ele odiava a ele mesmo. 
Paz plena. Rosário.


Eis o e.mail que escrevi hoje (21/07/2020) para o Júlio.
Paz plena...
Júlio, um grande fraternal abraço. 
Essa foi uma das cartas que escrevi, após receber da Espiritualidade explicações sobre vários textos bíblicos. 
Nessa carta que não pude relatar a disputa entre os espíritos do Ismael e do Isaac, antes da reencarnação deles.
Na hierarquia espiritual, à qual pertenciam os esses dois espíritos, o espírito de Ismael tinha o direito de ser o filho primogênito do Abraão. Já o espírito do Isaac tinha mais conhecimento. Quando acontecia um caso como esse era lógico que o espírito, que tinha conhecimento inferior renunciasse o direito dele para aquele que tinha mais conhecimento.
O Ismael não renunciou o direito dele de ser o filho primogênito do Abraão, então o Isaac falou para ele mais ou menos assim:
"O direito de ser o filho primogênito do Abraão é seu, mas eu vou ser o filho primogênito da Sara e vamos ver quem é que vence."
O espírito do Isaac não permitiu que Sara ficasse grávida e por isso ela foi ficando velha e não podia dar um filho para o Abraão, chegando ao ponto de oferecer a escrava para que Abraão tivesse um filho com ela (Gn 16). Veja que Sara, neste relato ainda tinha o nome de Sarai (Gn 16,1). 
Em Gênesis 17,5 o nome de Abrão é mudado para Abraão e em Gênesis 17,15 o nome de Sarai é mudado para Sara. E Abraão já tinha 100 anos e Sara 90 anos (Gn 17,17). 
Quem não permitiu que Sara engravidasse foi o próprio espírito do Isaac. Após o nascimento do Ismael, o espírito do Isaac teve que preparar o corpo da Sara para que ela pudesse se engravidar.
O espírito de Isaac levou 13 anos (Gn 17) para preparar o corpo de Sara para que ela pudesse ficar grávida. Se fosse o próprio Deus, isso iria acontecer de uma hora para outra e não levaria 13 anos.
Veja que na carta eu não coloquei a disputa dos dois espíritos antes das reencarnações deles, com relação ao direito da primogenitura. Naquele época o direito de primogenitura era sim muito importante (Gn 25,29-34). 
Paz plena... Rosário
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8,32).


Nenhum comentário: