(Eis a 2ª resposta, que
recebi do padre João Batista Libânio da minha carta de 01/01/1993).
Belo Horizonte, 10 de Abril
de 1993.
Prezado Sr. Rosário: Hoje é
Sábado Santo. Nesta noite a Igreja celebra o mistério fulgurante da
Ressurreição. Que a alegria e esperança do Ressuscitado lhe encham a vida.
Recebi sua carta. A sua carta
revela grande manuseio e conhecimento da Escritura. Hoje ela é um mundo de
pesquisas e descobertas. Assim para cada passagem podemos recorrer a
especialistas.
Você levanta a questão de que
Deus não perdoa porque ele não se ofende. Acontece que quando falamos de Deus,
sempre o fazemos de modo figurado. E nisto há sempre imperfeições e, portanto,
há aspectos que devem ser corrigidos. Assim você tem razão de dizer que Deus
não se ofende, como nós nos ofendemos e nem perdoa, como nós perdoamos. Ora
quando dizemos que “Deus perdoa”, há, porém, um elemento de verdade. – Qual?
Tal afirmação baseada na Escritura revela um aspecto do coração de Deus, que
sempre está disposto a acolher-nos sempre que nós nos tenhamos afastado dele, o
tenhamos rejeitado. Nós o ofendemos, de nossa parte. Ele por sua vez, está a
espera de nossa volta com seu coração aberto. Isto chamamos de “perdão”.
Por hoje é só. Que a Páscoa
lhe dê paz e alegria. (assinado) J. B. Libânio.
Paz plena. Rosário.
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