terça-feira, 14 de julho de 2020

Segunda resposta do João Batista Libânio


(Eis a 2ª resposta, que recebi do padre João Batista Libânio da minha carta de 01/01/1993).
Belo Horizonte, 10 de Abril de 1993.
Prezado Sr. Rosário: Hoje é Sábado Santo. Nesta noite a Igreja celebra o mistério fulgurante da Ressurreição. Que a alegria e esperança do Ressuscitado lhe encham a vida.
Recebi sua carta. A sua carta revela grande manuseio e conhecimento da Escritura. Hoje ela é um mundo de pesquisas e descobertas. Assim para cada passagem podemos recorrer a especialistas.
Você levanta a questão de que Deus não perdoa porque ele não se ofende. Acontece que quando falamos de Deus, sempre o fazemos de modo figurado. E nisto há sempre imperfeições e, portanto, há aspectos que devem ser corrigidos. Assim você tem razão de dizer que Deus não se ofende, como nós nos ofendemos e nem perdoa, como nós perdoamos. Ora quando dizemos que “Deus perdoa”, há, porém, um elemento de verdade. – Qual? Tal afirmação baseada na Escritura revela um aspecto do coração de Deus, que sempre está disposto a acolher-nos sempre que nós nos tenhamos afastado dele, o tenhamos rejeitado. Nós o ofendemos, de nossa parte. Ele por sua vez, está a espera de nossa volta com seu coração aberto. Isto chamamos de “perdão”.
Por hoje é só. Que a Páscoa lhe dê paz e alegria. (assinado) J. B. Libânio.
 
 
Paz plena. Rosário.


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