quinta-feira, 6 de agosto de 2020

A Teologia da Verdade - II Teologia.

II - Teologia.

Teologia é o estudo sobre Deus e de Deus, então é a ciência, que se ocupa de Deus, dos atributos e da perfeição da Divindade.

Como Deus não muda, pois Ele é o Eterno Presente, então a Teologia nunca poderia ter recebido sobrenomes. O que muda e se aperfeiçoa é o entendimento e conhecimento dos seres humanos sobre Deus. A Teologia se ocupa de estudar e compreender cada vez mais a Deus e todos os atributos perfeitos da Divindade. Teologia é uma palavra de origem grega, que significa “estudo de ou sobre Deus”.

Todo o conhecimento da humanidade está sempre em evolução e se aperfeiçoando, isso também acontece com a Teologia. Os sobrenomes dados à Teologia deveriam ser entendidos como “o pensamento teológico deste ou daquele teólogo”, como também “deste ou daquele agrupamento de pessoas” e até “desta ou daquela Religião”. Os autores do Antigo Testamento (AT) da Bíblia apresentaram um Deus guerreiro, tirânico, ciumento, sedento de sangue e que exigia obediência cega, já Jesus nos apresentou um Deus bom, perfeito e amoroso para com todos.

Agora quando se pergunta a um teólogo algo sobre Deus e como Deus age, recebe-se quase sempre essa resposta: “Deus é um mistério e ninguém pode realmente compreender os desígnios de Deus”. Ainda se ouve respostas, como a que me enviou o teólogo e padre jesuíta João Batista Libânio em 01/11/1992 (2): “Antes de tudo, vale uma célebre afirmação de Santo Tomás: “o que afirmamos de Deus é sempre mais equivocado que correto, pois sabemos mais o que Deus não é do que ele é”. Em termos filosóficos, nosso conhecimento de Deus é analógico. Tem uma dimensão de inadequação. Assim quando falamos que Deus se ofende aplicamos a Ele uma expressão humana. E você mostrou muito bem o lado frágil e errado da afirmação. Mas há também um lado verdadeiro. Deus se ofende pode significar uma maneira de exprimir que todo pecado tem uma dimensão de ruptura de nossa relação com Ele”.

Os teólogos ainda não sabem quem realmente Deus é, eles se sentem satisfeitos com a explicação por meio do mistério e assim continuam defendendo a ignorância sobre Deus por suas próprias ignorâncias. 

A Teologia cristã ficou muito aprisionada e bitolada aos conhecimentos e compreensões dos autores dos livros da Bíblia, que influenciaram aos primeiros teólogos cristãos. Os autores bíblicos do AT defenderam os sacrifícios de sangue como atos agradáveis a Deus, iniciando por Abel, que ofereceu a Iahweh as primícias e a gordura de seu rebanho (Gn 4,4). Noé ofereceu animais puros e aves puras em holocausto sobre o altar e Iahweh considerou agradável o odor das oferendas (Gn 8,20 e 21). A continuação da prática dos sacrifícios de sangue está em toda a história bíblica para o perdão dos pecados e louvor de Iahweh. Iahweh pediu a Abrão animais e aves para serem sacrificados em seu louvor (Gn 15,9 a 18). Iahweh não agradou das oferendas de Caim, que constava de produtos da terra (Gn 4,3 e 5).

Os autores bíblicos do Novo Testamento (NT) consideravam como Escrituras Sagradas apenas os livros do AT, pois para eles o NT ainda não existia. Os livros do NT só foram considerados como canônicos por meio do trabalho de São Jerônimo, na virada do século IV para o V, que é conhecido como a Vulgata Latina. Do século I ao IV, os livros do NT receberam muitas interferências por acréscimos, alterações e até eliminações em função dos interesses de copistas em agradar algum líder religioso ou civil e até mesmo para registrar suas próprias vontades.

Os teólogos cristãos passaram a ensinar que toda a Bíblia era de origem divina e isso agradou plenamente aos líderes religiosos sedentos de poder e envoltos de orgulho e de vaidade. E assim a Bíblia, que é o plural de livros em grego, passou a ser ensinada e aceita como sendo a Palavra de Deus. A Teologia cristã passou a ensinar que a redenção do gênero humano, que foi expulso do paraíso em função da desobediência de Adão e Eva, só aconteceu por causa do sofrimento e do sangue de Jesus derramado na cruz. A doutrina da necessidade do sacrifício de sangue de Jesus na cruz para redimir os seres humanos do pecado da desobediência de Adão e Eva está muito clara nos livros do Novo Testamento e continuou sendo a base fundamental dos ensinamentos dos teólogos da antiguidade, pois para eles não havia outro meio de conseguir o resgate da culpa ou o perdão de Deus. Os estudos dos doutores da Igreja e dos santos padres continuam sendo o alicerce de toda a Teologia cristã.  

Veja o que escrevi no livro: “QUEM, AFINAL, É DEUS?” (30): (“Em oposição ao Deus de ira e de punição, em oposição ao Deus que exige a nossa obediência através de ameaças e de castigos, os relatos da Bíblia destacam cada vez mais outro Deus. O Deus que toca o nosso coração, porque é o Deus de amor e de infinita ternura”. Pág. 95). Vemos também na Bíblia um “Deus” que matou os primogênitos egípcios; mandou afogar nas águas o exército egípcio, destruir os palestinos, matar os moradores de Jericó e arrasar os habitantes da Palestina. Existem coisas a serem explicadas por meio da Verdade. A Bíblia mostra o processo evolutivo dos seres humanos e também a evolução do conhecimento cada vez mais perfeito sobre Deus.

Os teólogos criaram sistemas, doutrinas e rituais, tentando padronizar os métodos para que Deus pudesse agir entre nós, mas foram os próprios teólogos que ficaram aprisionados nos sistemas, doutrinas e rituais padronizados por eles mesmos em função da Teologia Dogmática.

Os estudos sobre Teologia se complicaram muito em função das divergências e até disputas entre os teólogos. Quanto mais importante ficava um teólogo, também suas teses eram mais consideradas e importantes e assim foram sendo criados os sobrenomes para a Teologia. Muitas vezes, para por um fim às discussões inúteis e até estéreis, foi necessária a criação e ou imposição de dogmas, encerrando de vez com as divergências claras e abertas, mas não com as ocultas e fechadas. Os dogmas prejudicaram muito mesmo a busca e compreensão da Verdade.

Na história da humanidade fica claríssimo que todo conhecimento evolui, passando do nível da infância ou da ignorância sobre o assunto até a maturidade. Essa evolução do conhecimento não ocorreu com liberdade na Teologia cristã, pois para muitos teólogos cristãos, que endeusaram a Jesus, tudo ficou restrito ao que já estava contido nos livros canônicos e nos dogmas, que foram sendo criados e impostos pela hierarquia da Igreja. Qualquer um que discordasse de algum ensinamento doutrinário era considerado como herege e imediatamente era perseguido. Nestas perseguições muitos foram eliminados e suas teses destruídas. Nos primeiros séculos ocorreram muitas divergências doutrinárias, mas aquelas, que mais agradavam aos líderes religiosos ou civis, foram as vencedoras, mesmo não convencendo a outros pensadores e perscrutadores da Verdade.

Os teólogos confundiram e ainda confundem Deus com a “Espiritualidade”, que é um conjunto que contém todos os espíritos, inclusive o Espírito de Deus, ou até mesmo com o imenso conjunto cósmico, no qual tudo está contido e nada existe fora dele. Foi criado um imenso mistério em torno de Deus, que só o próprio Deus poderia desvendá-lo por meio de revelações, que foram feitas no final do 2º milênio cristão. (Vide os trechos da 3ª carta para o bispo Dom Célio e da carta para o Doutor Carlos Magno Ramos, que já constam no capítulo I - Deus).

Os teólogos, que realmente desejam entender e compreender a Verdade, que liberta (Jo 8,32), devem estudar a Espiritologia e, após compreenderem bem a Espiritologia, ficarão em condições de estudar a Teologia. A Espiritologia é o estudo que nos ajuda a entender a forma de agir dos espíritos e cada grupo de espíritos possuem seus objetivos a serem alcançados, como também cada espírito pode sim ter seus próprios objetivos ou interesses. Os espíritos podem sim intervir no mundo físico e porem em prática aquilo que decidiram em grupo ou individualmente. Por meio da Espiritologia os teólogos irão começar entender, que no passado muitas pessoas foram facilmente enganadas por falsos deuses ou falsos Cristos (Mt 24,24). Estas pessoas desconheciam completamente a forma de agir do Espírito de Deus, que não faz acepção de pessoas e trata a todos da mesma forma (Mt 5, 45). Em função da ignorância coletiva, os líderes religiosos do passado pensavam que qualquer espírito amigo ou do mesmo grupo (da mesma egrégora), que se aproximava deles, era sim o Espírito Santo de Deus, que foi ensinado no século IV, como sendo a Terceira Pessoa do Mistério da Santíssima Trindade. (Vide o capítulo XII deste trabalho sob a Onipresença e Imanência da Divindade).

Estamos na Era da Verdade Plena, pois o Espírito da Verdade (Jo 16, 13) já está no seio da humanidade desde a primeira metade do século XX.   

A melhor forma de classificar os estudos teológicos seria de falar sobre “pensamento teológico deste ou daquele teólogo, ou até mesmo desta ou daquela corrente teológica” e nunca ficar colocando sobrenomes na Teologia. No livro “Lembranças da minha vida” (5), do papa Bento XVI, consegui catalogar 27 sobrenomes para a Teologia (ver no “Anexo 1”). Cataloguei mais 25 sobrenomes para a Teologia no livro “Teologia e Ciências da Religião” (16), sendo apenas 6 repetidos (Idem); este livro foi elaborado por muitos autores de grandes conhecimentos em vários ramos científicos (relacionei 46 nomes de ciências), mas de Teologia mesmo nada foi ensinado, pois Deus continuou oculto no mistério para todos os autores, inclusive para aqueles que se intitulam de “doutores em Teologia”. Nos livros sobre Jesus de Nazaré do Papa Bento XVI (Joseph Ratzinger): “Infância de Jesus” (25); “Jesus de Nazaré, Primeira Parte: Do batismo à Transfiguração” (26); “Jesus de Nazaré: Da entrada em Jerusalém até a Ressurreição” (27) encontrei mais 40 sobrenomes para a Teologia, sendo apenas 7 deles repetidos (Idem). No livro: “Teologia da Libertação – Perspectivas” (28), do Gustavo Gutiérrez cataloguei mais 67 sobrenomes para a Teologia, sendo 13 deles repetidos (Idem). Nestes livros são encontrados 133 sobrenomes para a Teologia. (Ver XIV. Anexo -1).

Os primeiros teólogos cristãos não compreenderam a verdadeira missão salvífica de Jesus e julgaram que a morte de Jesus na cruz foi uma consequência do plano e da vontade de Deus para redimir a humanidade do pecado de desobediência de Adão e Eva. Eles criaram um labirinto em torno da Vida, de Deus, da Verdade e da própria Teologia e não conseguiram ainda encontrar a saída do mesmo.

No livro “Tratado de Teologia Profana” (17), o autor Huáscar Terra do Valle se confundiu tanto no labirinto criado pelos teólogos em torno de Deus, que até negou a existência da Espiritualidade e de Deus. O próprio nome do livro já apresenta uma contradição: Teologia Profana. Para o autor ateísta todo o processo da vida na terra está alicerçado nos “genes”, pois para ele os genes matam os doentes, pois o objetivo é aprimorar a raça e eliminam os velhos, que não podem mais gerar filhos e por isso são simplesmente descartados como lixo. Parar o Huáscar, um homem sábio e ateísta, todos os seres vivos, e, principalmente os seres humanos são escravos dos genes. Agora o autor não explica o início da existência dos “genes”, que passaram a controlar todo o processo da evolução da humanidade. Os genes mesmo sendo infinitamente pequenos são físicos ou materiais. Os genes por meio dos óvulos e dos espermatozóides são os responsáveis pela manutenção das espécies. Como surgiram os genes e como surgiram as espécies? O autor não explica. A resposta, no meu ponto de vista, só poderá ser alguém, que nunca teve início, que é Deus, o objetivo único da Teologia.

No livro “Em Busca da Verdade” (14), o rabino Eliyahu E. Dessler demonstra pensamentos teológicos, que ainda apresentam a Deus com muitas imperfeições humanas, como:

“Deus recompensa os malvados neste mundo por seus atos bons para livrar-se deles no Mundo Vindouro” (pág. 122).

“Nesta situação o homem sente que deve submeter sua vida somente a uma única e exclusiva meta – o serviço Divino” (pág. 232).

“Deus disse sobre o santo Rabi Chanina ben Dossa: “Todo mundo é alimentado em função de meu filho Chanina” (pág. 281)”.

A visão teológica dele ainda está ligada a do Antigo Testamento (AT), pois a Torá para ele é a excelência da revelação divina.

No livro “Jesus e Javé: os Nomes Divinos” (11), de Harold Bloom, que se apresenta como agnóstico. O autor faz uma comparação entre os nomes Jesus e Javé, mas o Jesus do qual ele fala está ligado à visão do povo norteamericano, que demonstra uma fé absoluta em Jesus e que só se salva pela fé em Jesus como o único Salvador, que derramou o sangue em prol daqueles, que acreditarem nele.

Escrevi no livro: “QUEM, AFINAL, É DEUS?” (30): Aqui temos um sofisma teológico e o autor o aceita como justificativa para a ignorância dele sobre Deus. (“A resposta ao sofrimento humano é o sofrimento divino”. Pág. 107). Neste item 4.8 (“4.8 – Sofrimento e dor, e a experiência do Deus da vida que ressuscita os mortos”. Pag. 104 a 111), o senhor e autor Renold J. Blank ainda não compreendeu a beleza libertadora por meio da verdade e nem a perfeição de Deus. Pois Deus é perfeito, é amor, é alegria, é vida, é saúde. E onde entra aqui a dor, o sofrimento e a morte? Neste item 4.8 se vê um grande sofisma teológico e porque é aceito este sofisma, então tudo fica parecendo como sendo ilógico.

Quando falamos de Teologia estamos fazendo referências a Deus, que é um espírito perfeito (Mt 5,48), bom (Mc 10,18) e puro, então para receber a presença de Deus tem que ter o coração puro (Mt 5,8) e isso só acontece por meio da pureza e fidelidade plenas em tudo. Onde existem perfeição, sabedoria e bondade não podem existir guerras e lutas entre classes, povos ou religiões.

Os teólogos cristãos transformaram Deus num terrível tirano sanguinário, pois só perdoou ao gênero humano da desobediência de Adão e Eva, após o cruel ato de alguns homens terem traído a Jesus, o julgado injustamente, o flagelado e o matado, pregando-o numa cruz.

A Teologia é a ciência que procura demonstrar a bondade, a perfeição, a sabedoria, a onisciência e a onipotência de Deus.

Os teólogos transformaram a Teologia numa ciência, que estuda a caminhada vivida pelos seres humanos e que só se refere a Deus como um mistério de fé, ensinando que se sabe mais o que Deus não é do que o que Deus é. A Teologia dos teólogos não é libertadora e nem evangélica, pois se tornou uma ciência opressora de SERES HUMANOS para com SERES HUMANOS. Esta Teologia, ao invés de deixar que Deus aja com liberdade e amor, que ama a todos da mesma forma (Mt 5,45), impôs e impõe princípios padronizados para Deus.

Como Deus respeita a liberdade de todos, então se criou um labirinto que só Deus mesmo poderia mostrar a saída, como aconteceu nos anos de 1983 e 1984 (Vide a carta introdutória da apostila para os cardeais brasileiros, incluída no capítulo VII adiante e a 3ª e 4ª carta para o bispo Dom Célio de Oliveira Goulart (2)), mas até agora os teólogos não entenderam nada ou silenciaram com medo de entender aquilo, que não querem entender: a Verdade, que liberta (Jo 8,32).

Os pensadores cristãos construíram um complicado labirinto teológico em torno da Bíblia, de Jesus, da Vida e de Deus, que quase não permitiu o encontro e a compreensão da verdade, que liberta (Jo 8,32) e da verdade plena (Jo 16,13). Os teólogos cristãos tentaram padronizar as formas para que o próprio Espírito de Deus pudesse agir para ajudar a humanidade a encontrar o caminho da paz, como também a solução para todos os dramas vividos pelos seres humanos. Quando chegou o momento certo, então Deus desceu para trabalhar em prol da união dos seres humanos em torno da paz, do amor e da verdade e não para separá-los (Gn 11,1 a 9). O verdadeiro Deus é de paz, amor e união. Nos últimos 20 anos do século XX, o Espírito de Deus preparou o Espírito da Verdade para conduzir todos à verdade plena (Jo 16,13) e assim por meio do amor, da união e da paz a humanidade irá construir na Terra o Reino de Deus (Mt 6,10).

Veja estes dois textos da 4ª carta, que escrevi para o bispo Dom Célio (2) em 21/01/2001:

“a) Irei revelar um segredo para você, meu amigo Dom Célio, mas nem “todos os visíveis e invisíveis podem tomar conhecimento desse meu segredo”, pois descobri o que é o inconsciente, como ele age e como tudo e todos fazem parte dele, então precisamos ser “pombas e serpentes ao mesmo tempo”. Jesus já nos orientou: “Eis que eu vos envio como ovelhas entre lobos. Por isso, sede prudentes como as serpentes e sem malícia como as pombas” (Mt 10,16).

Para quase toda a maioria eu só falo sobre a “PAZ PLENA” na terra inteira e na “construção do Reino de Deus ou dos Céus aqui na terra”. Não podemos ficar esperando o Céu futuro como se fosse um lugar secreto e oculto na imensidão, quase infinita do Cosmo, para o qual só iremos após a morte física do corpo.

Muitos ensinaram e alguns ainda ensinam que quanto mais renunciarmos o mundo e fazermos o nosso corpo sofrer mais facilmente conquistaremos o Céu. Mas Jesus já nos ensinou que o Reino de Deus ou dos Céus está dentro de nós, então temos que conquistá-lo já aqui e agora no nosso interior, só depois poderemos expandi-lo para o exterior. Então o “Céu” não é um lugar, mas um estado de espírito e do mesmo jeito é o inferno.

b) Resumindo digo que para a grande multidão só refiro à bandeira da “PAZ PLENA”, mas para um grupo seleto e escolhido a dedo eu falo na VERDADE, que encontrei após o “meu nascimento do alto” (Jo 3,3 e 7) ou o meu batismo “com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3,11 e Atos 1,5).

Quando dirigia o meu carro pela Rua Felipe dos Santos, um quarteirão antes de chegar na Av. Olegário Maciel, o espírito da Conceição me falou:

- “Cuidado com os seus pensamentos que o REI está aqui!”.

Logo compreendi que era Deus-Pai, pois Jesus já tinha vindo. Senti uma fortíssima e indescritível emoção ou vibração com a aproximação do REI e quase desmaiei no volante do carro. Após o fortíssimo choque emotivo pela presença da Divindade comecei a diminuir a velocidade do carro para parar um pouco, até passar a imensa e envolvente emoção, que sentia, mas antes de parar vi que não precisava e continuei dirigindo. Observei que apenas o meu carro trafegava pela rua e nem havia outros carros parados onde tentei parar o meu. Deus-Pai me perguntou:

- “Filho, você está indo onde teve a sua primeira sintonia espiritual?”.

- “Sim”. Respondi. Consegui falar “sim” apesar da grande e imensa emoção, que quase paralisou a minha voz.

- “Vou ver como está tudo por lá”. Continuou falando-me Deus-Pai e aí diminuiu um pouco a minha emoção. Chegando lá resolvi tudo rapidamente e não conversei com ninguém para não demorar. Logo que entrei no carro e saí do estacionamento, Deus-Pai voltou a me falar:

- “Eles não o querem aqui mais”.

Dirigi em completo silêncio e com receio até de pensar. Chegando ao meu apartamento nº 101, na Rua Cardeal Stepinac 369, Cidade Nova e, ainda meio apavorado, disse para os meus filhos:

- “Vou dar uma volta por aí!”. Desejava dar uma volta na rua, deixando Deus-Pai em meu apartamento, mas logo que saí na rua o espírito da Conceição me falou com muita energia, segurança e um poder, que me dominou com muita facilidade e amor:

- “O que é isso, Rosário! Você deixa a sua visita em seu lar e sai para a rua. Volta para lá e fica perto dEle”. Imediatamente voltei, fui para a sala e após fechar a porta, disse-Lhe:

- “Peço-Lhe desculpas, pois estou muito emocionado”.

Fiquei sentado em silêncio um pouco, depois peguei uma revista Planeta e comecei a passar as suas folhas, pois não conseguia ler nada. Quando senti um forte sono, disse para Deus-Pai:

- “Peço-Lhe desculpas novamente, mas está me dando um sono muito pesado e por isso vou deitar um pouco aqui mesmo”.

Deitei e dormi por uns 30 a 40 minutos. Acordei e não senti mais a presença de Deus-Pai. Então perguntei para a Conceição:

- “Onde está Ele?”. Ela respondeu-me:

- “Ele foi embora e deixou um abraço para você. Disse que voltará depois”.

Dom Célio, assim foi o meu primeiro encontro real e consciente com a Divindade, que passou a me orientar com muita frequência. Sei e entendo que é muito difícil que os outros aceitem essa realidade, mas também não posso ficar calado.

Deus só comunica conscientemente com uma só pessoa de cada vez e este belo e quase impossível fenômeno acontece com muita raridade na terra, pode-se dizer que a penúltima vez foi com o nosso Mestre Jesus de Nazaré. Na atualidade a pessoa aprovada e escolhida por Deus sou eu, mas também lutei bravamente para conquistar o direito de ser o escolhido. Desde quando tudo começou em janeiro de 1980 nunca poderia imaginar que chegaria aonde cheguei, mas sabia que havia algo muito bom e fantástico mesmo” (fim da citação dos dois trechos da 4ª carta para o Dom Célio).

Quem quiser realmente encontrar a saída do labirinto criado pelos teólogos em torno da Teologia e de Deus deve sim estudar a Codificação do Allan Kardec (18), mas com a mente aberta e sem esquemas bitoladores preconcebidos. Allan Kardec, por meio de um trabalho profundo, analítico e abrangente, conseguiu desvendar o enigma em torno da Espiritualidade, pois ele estudou, pesquisou e explicou como age a Espiritualidade.

A Espiritualidade é o conjunto dos espíritos, inclusive o Espírito de Deus (Jo 4,24). Cada espírito pode ter seus interesses e objetivos individuais ou grupais; poucos espíritos têm como objetivo maior o bem comum e o amor para com toda a comunidade planetária, incluindo espíritos encarnados, que estão vivendo em corpos de carne, ou desencarnados, que estão livres no plano espiritual, pois quase todos ainda pertencem a alguma determinada egrégora. Para compreender melhor o que é ou como funciona uma egrégora estude sobre a Igreja Militante, Padecente e Triunfante e também leia obras psicografadas, que divulgam e defendem a Doutrina Espírita tanto no plano físico como no espiritual.

Passei a chamar o estudo sobre a Espiritualidade e de como agem os espíritos criados e desencarnados de Espiritologia.

A presença constante de espíritos ao lado dos que vivem em corpos de carne foi considerada pelos teólogos cristãos nos primeiros séculos da Era Cristã como a Terceira Pessoa do Mistério da Santíssima Trindade, pois ainda não era a hora certa para a revelação da Verdade (João 16, 12 a 15), pois só o Pai sabe a hora certa (Mt 24,36 e Mc 13,32).

Escrevi vários comentários no livro “O Gênesis e o Big Bang” (29), de Gerald L. Schroeder e aqui vou divulgar uma parte deles:

OK. Antes da criação não existiam o tempo, o espaço, a energia e a matéria. Tudo, exceto Deus, teve o seu início. (21/06/2012). (“Embora seja difícil de compreender, a criação do Universo trouxe consigo a criação concomitante do tempo”. Pág. 77).

OK, pois o ensino da Verdade não é realmente fácil para ninguém. (22/06/2012).

O Nada Absoluto, pois Deus iniciou a criação do Nada, mas isso é difícil para ser aceito pelos cientistas materialistas! (“Tal condição quase parece uma impossibilidade, pois não conseguimos visualizar uma absoluta ausência de espaço e de tempo”. Pág. 81). 

Dentro da visão matemática, no campo da geometria, há sim uma lógica para mostrar o ponto zero do tempo: na figura do “ponto”, onde todas as figuras geométricas se iniciam, não existe nenhuma dimensão, então o “ponto” representa o “Nada Absoluto”. (22/06/2012). (“Se forem empregadas apenas as dimensões do mundo real, não há como incluir o ponto zero do tempo – o princípio – no âmbito da matemática e da física”. Pág. 83).

É muito importante o que está escrito na página 81, pois a Verdade É e quem conseguiu entender a Verdade de verdade se liberta de TUDO e de TODOS.

Pág. 105. Há alguns anos, após analisar tudo o que já tinha apreendido sobre a Bíblia, Ciências em Geral, Teologia e Matemática, cheguei à conclusão de que Deus, o Espírito Incriado e 1º Criador, não foi o único “criador”. Existem disputas de “poder” entre os “criadores criados”. Apenas contra Deus, o Criador Incriado, ninguém consegue disputar ou lutar, pois é derrota na certa. Após essa conclusão consegui entender o processo da existência de muitas religiões na face da Terra e das disputas entre os adeptos das diversas religiões, pois isso não poderia ser obra do mesmo Espírito.  

A energia também foi criada e continua sendo criada. (“Quando o Universo era muito jovem, era também muito pequeno. Toda a energia que hoje se espalha pelas vastas extensões do espaço estava concentrada no confinado volume primordial”. Pág. 109).   

Há sim. Veja na página 105. Como o Espírito de Deus iniciou a Criação do Nada Absoluto, então os outros criadores criados também fizeram ou fazem o mesmo. (22/06/2012). (“Nosso sistema solar é um exemplo dessa reciclagem: nós somos feitos de pó estelar reciclado. Não há outra maneira de explicar a abundância no Universo de elementos mais pesados que o hélio que seja compatível com o nosso entendimento dos processos cosmológicos”. Pág. 113/4).

Matéria Escura: quando os cientistas não sabem ainda como encontrar a solução, eles criam uma ideia nova ou um termo novo, mas sem dar a explicação e assim fica até que surge outro cientista e consiga dar um novo avanço no conhecimento: evolução do conhecimento.

Os cientistas precisam estudar a Espiritualidade para compreender melhor a Teologia. Deus iniciou a Criação do “nada absoluto”. (23/06/2012).

Existem fontes de energia, que possuem o poder e a capacidade de gerar “energia”, que gera massa, sem consumir “energia”. (“A primeira lei afirma que, independentemente das reações que ocorram num sistema fechado, a soma da energia e da massa do sistema permanece constante”. Pág. 121).

Aqui os cientistas se perdem na compreensão do início primordial e de cada novo início, pois todo o início vem do “nada absoluto”. (Pág. 105). (23/06/2012). (“Quando a supercompressão de massa e energia explodiu no Big Bang, a energia contida no âmago do Universo foi convertida parcialmente em energia cinética...” Pág. 126).

Ver pág. 190. Pág. 130. A “VIDA” surgiu como fruto da união de um “espírito” com a “matéria”. Os espíritos foram, são e serão criados simples e ignorantes e só se evoluem por meio da matéria.

Ver páginas 134. Pág. 132. Quem aceita o “aleatório”, também aceita o “acaso” e a “sorte”. Na realidade tudo o que existe foi pensado e planejado antes; então o “acaso”, o “aleatório” e a “sorte” só existem para quem ainda desconhece a “Verdade”. (26/06/2012).

George Wald pode ser um ótimo biólogo, mas é sim um péssimo matemático, pois a Matemática é uma ciência exata, mas não deixou de fazer um estrago no caminho da busca e compreensão da Verdade. Ele demonstrou com sabedoria materialista a grande ignorância dele sobre Teologia e Espiritologia. (26/06/2012). (“Infelizmente, a habilidade matemática de Wald parece estar aquém do seu talento na biologia, e é na matemática das probabilidades que o seu argumento não muito original repousa”. Pág. 134).

Ver página 130. Até aqui vejo que o autor ainda não conseguiu ou não falou sobre a real origem da vida, que é a união perfeita de um Espírito em evolução com uma parte da matéria (=corpo físico). Os “Espíritos” podem evoluir em conhecimento e bondade em todas as moradas na Casa do Pai; isto é: do Cosmo ou do Universo. (27/06/2012).

Discordo. Deus é sim o 1º Criador e iniciou a Criação do Nada Absoluto. Deus não reservou só para Ele o segredo do poder criador, então existiram e existirão outros criadores como Deus o foi. (27/06/2012). (“No entanto, estudiosos da Bíblia reconhecem que a matéria da qual tudo o que existiu, existe e existirá no Universo foi criada no início do primeiro dia”. Pág. 154).

Ver página 190. Página 161. A seleção natural é sim uma falácia de quem ainda não compreendeu o “sistema da evolução de toda a criação”. Quem dirige a evolução cósmica é Deus. Quando chega a hora certa o Espírito de Deus se aproxima com AMOR e SABEDORIA e auxilia a quem já possui um coração puro (Mt 5,8) e assim inicia uma nova etapa da evolução planetária e ou cósmica. A intervenção divina recente aconteceu no dia 12/04/1984. Entenda quem puder entender. (28/06/2012).

Ver página 171. Página 162. OK. Realmente existem intervenções de Deus, que são raras, mas existem também intervenções de espíritos criados, que foram criadores ou não, e muitos destes agiram sem AMOR e com muito ódio ou desejo de complicar (Gn 3,1 a 7); outros com vingança e castigo (Gn 3, 8 a 24); com desejo de destruição (Gn 6 até Gn 8); outros por medo (Gn 11, 1 a 9). (28/06/2012). (“Uma teleologia (ou meta significativa) de inspiração divina é claramente contrária a uma teoria da seleção natural aleatória entre as espécies – a teoria proposta por Darwin”. Pág. 162). 

Deus, o bom, o perfeito, o sábio e plenamente humilde não impõe a vontade dEle, mas espíritos criados impõem sim a vontade deles, pois estes não são infinitamente sábios. (28/06/2012). (“Forças naturais influenciam o desenvolvimento da vida; mas a tradição insiste que, em momentos críticos, essas forças foram e são dirigidas por Deus”. Pág. 164).

Não, mas um conhecimento superior que só vem via revelação. (28/06/2012). (“e parcialmente enigmático, uma conclusão que em algum estágio exige um salto de fé”. Pág. 171).

Ver página 162. (“Nosso mundo parece alternar entre ser movido por causas aparentemente naturais e ser movido pela vontade e intervenção ocasional de um ser que decidimos chamar “Deus””. Pág. 171).

A maior dificuldade para que os sábios cientistas é o entendimento do processo evolutivo, pois a evolução dos seres vivos não é igual a uma semente, que quando plantada nasce outra da mesma espécie.

Como teólogo e estudioso da Espiritologia, eu digo que o autor tenta provar o que é improvável, pois a Bíblia não é a Palavra de Deus, mas nela estão contidas revelações e intervenções de Deus, mas também muitas revelações e intervenções de outros espíritos, que foram criados simples e ignorantes e que adquiriram muito conhecimento. (28/06/2012).

Discordo, pois Deus iniciou a criação do Nada Absoluto e depois outros criadores criados fizeram também suas criações do nada absoluto, pois agiram com o poder mental. (29/06/2012). (“No início, afirmam eles, o Universo estava concentrado num ponto do espaço menor que um grão de mostarda, que constituía a totalidade da existência”. Pág. 183).

Discordo, pois outros criadores fizeram suas criações que não foram tão perfeitas. (29/06/2012). (“A criação produziu tudo o que existiu, existe e existirá no Universo”. Pág. 184).

Discordo, pois se isso fosse verdadeiro, então Deus não era sábio, perfeito e bom infinitamente como Ele o é. (“Também na Bíblia podemos acompanhar a passagem de caos para cosmos”. Pág. 185).

Página 190. Deus dirige todo o processo evolutivo do Cosmo, mas respeita o livre arbítrio de todos os “outros espíritos”, até daqueles que não respeitam a liberdade dos outros. (Ver pág. 161). (29/06/2012).

Esses versículos do Êxodo 32,10 a 14 nunca foram de Deus, o bom, perfeito, sábio e humilde, mas de um “falso Deus”, cheio de ira e vontade de vingança. (29/06/2012).

O autor aceita que tudo na Torá é de origem divina e tenta provar isso de todas as maneiras. Para o autor Deus jurou dar aos israelitas a Palestina. A teologia antiga foi sim fruto de grandes erros em função da ignorância e do orgulho dos líderes religiosos. Estes consideravam que qualquer espírito amigo e que os ajudasse fosse o próprio Espírito de Deus.

Só com o trabalho do Kardec tornou-se possível compreender como os espíritos criados fazem suas intervenções no mundo corporal e cada um possui sim objetivos individuais e coletivos. (03/07/2012).

Eis aqui um dos objetivos do autor: provar que a Torá foi escrita por Moisés e que Moisés a recebeu de Deus. Moisés não foi o autor de toda a Torá, pois podem ver na Torá intercalações de autores das diferentes linhas: eloísta, sacerdotal e deuteronomista. O livro de Deuteronômio foi escrito no Reino do Norte e foi levado para Jerusalém no reinado de Josias (2Reis 22,3 a 23,14 e 2Cr 34,3 a 35, 1 a 18), essa minha tese fica clara no seguinte versículo: “E em Israel nunca mais surgiu um profeta como Moisés – a quem Iahweh conhecia face a face” (Dt 34,10). O “espírito”, que foi o mentor de Moisés, foi muito tirânico, vingativo e não era bom e nem perfeito, então não era Deus, o bom e perfeito. (04/07/2012). (“O texto escrito que Moisés recebeu é dividido em cinco livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio”. Pág. 212).


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