quinta-feira, 6 de agosto de 2020

A Teologia da Verdade - XII - Onipresença e Imanência da Divindade.

XII - Onipresença e Imanência da Divindade.

Panteísmo, panenteísmo e monismo são três ideias filosóficas semelhantes e falsas sobre Deus. As três são a negação do Monoteísmo onde está sim a Verdade, pois existe um só Deus.

Deus é Único (Dt 6,4) e não trino, como foi imposto pelo dogma da Santíssima Trindade. O politeísmo também apresenta um conceito errado sobre Deus, mas defende a existência de muitos deuses e não que tudo é Deus. 

A ideia sofista do panenteísmo foi assumida pelos teólogos católicos cristãos, quando criaram o dogma da Santíssima Trindade, o Deus Uno e Trino, que apresenta e defende que Deus é onipresente. Assim o caminho para o encontro da Verdade ficou mais complexo ainda, pois a ideia da onipresença de Deus agradou muito ao orgulho e à vaidade dos líderes religiosos, que fizerem de tudo para que a Verdade não fosse realmente compreendida e revelada, pois a Verdade será sempre ótima para todos, mas faz medo naqueles, que pensam que já conhecem a Verdade, mas ficam escondidos na fortaleza do mistério da fé.

O mistério esconde a verdade e a fé não explica nada.

A ideia sofista do panenteísmo, que diz que Deus está presente em tudo não poderia ser defendida por sábios verdadeiros da atualidade, pois isso só veio dificultar a compreensão e o entendimento da Verdade sobre Deus. Fiquei surpreso com o livro: “A Vida Secreta de Deus” (21), do rabino David Aaron, onde o panenteísmo é defendido como verdade, mas falta para ele um bom conhecimento e entendimento da Espiritologia por meio da Teologia da Verdade, Teologia da Libertação e Doutrina Espírita.        

Como em todos os lugares podem existir espíritos, que entram em sintonia com os seres humanos e por causa desta constante presença de espíritos surgiu a ideia da onipresença e imanência de Deus.

Deus é o “Espírito Incriado”, que não deseja ser servido, nem reverenciado e nem ser adorado. Deus deseja sim o bem e a felicidade de todos, até daqueles que não o aceitam ou negam a existência dEle. Todo espírito, que deseja ser servido, reverenciado e adorado, é um espírito ainda não evoluído e nem perfeito, mas Deus é perfeito (Mt 5,48) e por isso respeita a liberdade de todos.

Quem ensinou que Deus, o plenamente perfeito, bom, sábio e humilde, deseja ou quer receber louvores, serviços e adoração? Isso é uma característica própria de espíritos de seres egoístas, de tiranos e reis, que julgam que devem ser adorados pelos seus súditos.

Veja o que escrevi na página 10 do livro: “A Vida Secreta de Deus” (21): ‘Hashem não é um “SER”, que deseja ser servido, inclusive ser adorado. Hashem deseja sim o bem e a felicidade de todos, até daqueles que não o aceitam ou negam a existência dEle. Hashem deseja sim que o amor seja a meta de todos, pois, vivendo e convivendo com amor, todos irão conquistar o autoconhecimento e a plenitude da perfeição (Mt 5,48). Hashem respeita plenamente a liberdade de todos e até daqueles, que não respeitam a liberdade dos outros’. (14/03/2012).

Criação e Evolução são conceitos ou ideias complementares e não exclusivistas. Todos nós, que fomos criados, fomos iniciados no ponto “INICIAL” ou no marco “0”; isto é: simples e ignorantes, mas em momentos diferentes. Cada um busca a sua sabedoria, a sua perfeição e o autoconhecimento. Muitos teólogos e pensadores ainda defendem que cada alma ou espírito é uma centelha de Deus; este conceito veio complicar mais ainda o conhecimento sobre Deus, pois Deus não se divide numa quantidade indefinida e quase infinita de “centelhas Divinas”. Toda obra pode demonstrar a capacidade, sabedoria e perfeição do obreiro, mas não faz parte do obreiro.

Veja o que escrevi nas páginas 43 a 45 do livro “A Vida Secreta de Deus” (21): ‘Acabando de ler este capítulo, tomei a decisão de escrever aqui umas verdades, pois a visão ou ideia do autor sobre Deus, da Torá e da Cabalá é completamente sofista para mim, mas verdadeira para os membros do grupo dele.

Deus participa sim da história evolutiva da humanidade, mas o processo não é como ensinam os líderes religiosos, nem como está escrito na Bíblia, que contém a Torá e nem como tentou explicar os cabalistas.

Deus é sim o Criador Incriado, o ETERNO PRESENTE e o 1º Criador. Deus dirige todo o processo da Evolução Cósmica, incluindo assim os sistemas planetários de cada planeta, mas sempre com sabedoria, perfeição e humildade, pois Deus respeita plenamente a liberdade de todos.

De vez enquanto Deus participa diretamente do processo evolutivo, mas só se aproxima do profeta ou do médium quando chega o momento adequado e o profeta ou o médium já esteja preparado para cumprir a sua parcela ou missão com dignidade e perfeição.

No ato de sentir a presença de Deus, o ser humano envolvido necessita previamente de muito aprendizado e preparação, pois poderá confundir o Espírito Incriado de Deus com a presença de qualquer um espírito criado. Isso já aconteceu com a maioria dos profetas e dos líderes religiosos, que fundaram novas religiões.       

Deus, em sua plena perfeição, sabedoria e bondade, sempre quis, quer e quererá o BEM e o melhor para todos, independente da religião, raça e cor do ser humano.

Muitos confundem Deus com a Espiritualidade; outros o confundem com o imenso conjunto cósmico, no qual tudo está contido e nada existe fora dele.

Todo espírito criado simples e ignorante tem que aprender de tudo em sua caminhada evolutiva rumo à plena perfeição e sabedoria, quando gozará de uma felicidade eterna, já que viverá sempre pleno de AMOR. Todo espírito criado, enquanto encarnado, tem que aprender a obedecer às leis existentes na comunidade física, sejam elas de aspecto físico, moral e ou espiritual. A obediência é essencial para a realização das missões que são assumidas pelo próprio espírito encarnado antes ou durante a encarnação. A obediência gera um acordo ou pacto muito intenso entre os participantes do mesmo e assim surge a fidelidade e confiança de ambas as partes do acordo. Feliz aquele que chegou ao ponto de poder fazer um acordo ou pacto com o próprio Espírito de Deus.

Como só Deus, o Pai, sabe a hora certa (Mt 24,36 e Mc 13,32), então Ele nunca exigiu, exige ou exigirá acordos complexos e difíceis de serem cumpridos ou obedecidos.

No caso de Adão e Eva eles só não podiam comer do fruto da árvore, que estava no meio (no centro) do Jardim do Éden (Gn 2, 15 a 17), mas desobedeceram e então Deus teve que respeitar a decisão deles e se afastou. Logo em seguida vieram outros espíritos, que os castigaram para que sofressem todo tipo de dor na vida terrena (Gn 3, 14 a 19). Os tiranos ainda os expulsaram do Paraíso para que eles não comessem dos frutos da árvore da vida e vivessem para sempre (Gn 3, 20 a 24). Entenda quem puder entender’. (15/04/2012).

Cada SER ou Espírito tem sim uma trajetória única, pois cada Espírito tem uma específica caminhada evolutiva cósmica. Agora tudo é muito bem planejado e quanto mais evoluído é um Espírito, mais ele respeita o livre arbítrio dos outros e também tem a liberdade de agir ou não. Muitos pensam que os Espíritos mais evoluídos agem por ordem do Espírito de Deus e até existem aqueles que os confundem com o próprio Espírito de Deus. Outros ainda confundem Deus como o anjo de guarda, pois todos têm o seu anjo de guarda e ainda existem aqueles que possuem uma multidão de espíritos lhes dão auxílio. Isso deu mais ênfase para a ideia da onipresença e ou imanência de Deus, como também o dogma da Santíssima Trindade e o ensino do panenteísmo.

Cada SER, que foi criado, é um SER único em todo o Cosmo. Eu existo, eu estou aqui e Eu Sou Aquele que Sou. Todo SER criado nunca mais deixará de existir ou de SER. O essencial é saber quem cada um é pelo autoconhecimento e ter a certeza de que todos, que existem, são também essenciais. Quando algum encarnado alcança esse nível evolutivo, ele se transforma num novo mestre e fica em condições de desvendar os enigmas da criação e até de receber revelações dos espíritos, incluindo o próprio Espírito de Deus, que é o Eterno Presente. A primeira fase da formação de um novo mestre é a perda do medo de tudo, depois vêm as fases da coragem e da persistência de ir à busca do conhecimento e entendimento da Verdade, pois o autoconhecimento apenas dá ao novo mestre a liberdade de pensar sem os princípios dogmáticos, que aprendeu e que são bitoladores da liberdade até de pensar.  

A doutrina do predeterminismo ou predestinação foi sim um grande drama para muitos pensadores, como também a compreensão e esclarecimento com relação ao sofrimento, que sempre foi um grande obstáculo que o ser humano, que é um espírito em evolução, tem que vencer. A predestinação só existe nas fases iniciais da evolução dos espíritos, mas, quando os espíritos alcançam um nível evolutivo mais elevado, eles conquistam o livre arbítrio e assim acaba o determinismo para eles.

Uma das coisas mais difíceis para ser dita é como age a Divindade, que respeita plenamente a liberdade de todos e que planejou tudo para que todos fossem plenamente felizes e completos. Todo o planejamento divino nada tem com a doutrina do predeterminismo, pois Deus sempre respeitou o livre arbítrio de todos.

O determinismo pode existir sim, mas não da parte de Deus e sim da parte de falsos deuses, que são espíritos criados e exigem obediência cega, e, são também cruéis com todos aqueles que não os obedecem (Vide no capítulo 16 de Juízes o que aconteceu com o juiz Sansão).

A Divindade, que é Deus ou o Eterno Presente, nunca enviou ou ordenou nada para ninguém e nem criou leis ou mandamentos para serem obedecidos. Leis e mandamentos foram e são criados por espíritos criados. Quando chega a hora certa o Espírito de Deus se aproxima e intui, mas nunca impõe a vontade dEle ao profeta indicado e aprovado por muitos e aceito por Deus. Cabe ao profeta aceitar ou não a intuição para realizar ou não o que foi intuído.

Deus intervém sim no processo evolutivo da criação planetária e cósmica, mas só quando o profeta já esteja adequadamente preparado para aquele exato momento planetário e ou cósmico. As intervenções ou manifestações de Deus acontecem no íntimo do SER HUMANO, mas essas manifestações e orientações internas de Deus só acontecem com um SER HUMANO em cada geração. Este SER HUMANO tem que ser indicado pela Espiritualidade Inferior e aprovado pela Espiritualidade Superior, depois terá que ser aprovado em suas ações corretas, puras e éticas na vida física (Mt 5,8), e, finalmente alcançar as condições de receber a presença consciente de Deus e assim se torna um PROFETA. Uma das características da presença de Deus é o aspecto universal da intervenção e orientação para a evolução de todos e não só de um grupo restrito da humanidade.

Todo aquele que fala que Deus é transcendente e imanente só mostra a própria ignorância sobre Deus. Para entender bem a Deus torna-se necessário receber as revelações do próprio Espírito de Deus. O grande problema são as revelações dos falsos deuses, que complicaram tudo e os pensadores humanos (os teólogos), julgando-se os donos da Verdade, impuseram inverdades como verdades.

Os pensadores necessitam estudar o modo de agir dos espíritos, pois cada espírito possui objetivos e interesses individuais e ou grupais. Quanto mais evoluído é um espírito mais abrangente são os objetivos defendidos por ele. O estudo sobre a Espiritualidade pode ser chamado de Espiritologia.

Destruir o bloqueio em todo caminho para a procura, descoberta e explicação da Verdade, que liberta, tornou-se uma tarefa quase impossível, pois até o processo de revelação dos Espíritos Superiores foi bloqueado. Existe um princípio universal e cósmico que a liberdade de todos tem que ser respeitada e o respeito como a obediência a este princípio é uma característica da evolução de cada um. Assim é uma verdade que quanto mais evoluído é um espírito, mais ele respeita a liberdade do outro e ou dos outros, por isso Deus, o Espírito Incriado, que é plenamente bom e perfeito, respeita a liberdade de todos.

Eu Sou Aquele Que Sou. Deus É Aquele Que É: o Eterno Presente.


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