XI - Pluralismo e Liberalismo Religioso.
Veja o que escrevi nas páginas 254 e 255 do livro (16) “Teologia
e Ciências da Religião: A Caminho da maioridade acadêmica no Brasil” sobre
pluralismo religioso e diálogo interreligioso:
“Pluralismo religioso
e o diálogo inter-religioso”: É
preciso tomar muito cuidado, quando se faz referência ao “pluralismo religioso”
para conseguir um bom diálogo interreligioso.
Dizer que todos os
caminhos religiosos são válidos, pois todos levam a Deus, é uma forma de
mostrar uma grande ignorância sobre as religiões e as histórias das religiões.
Na realidade o
pluralismo religioso é um grande perigo, pois se pode cair num imenso labirinto
do sofisma e do qual dificilmente encontrará a saída, mesmo quando chegar ao
mundo vindouro.
Falar que Deus é
um só é sim uma grande verdade. Agora dizer que Moisés, Jesus, Maomé, Martinho
Lutero, Calvino, Henrique VIII, Joseph Smith, Edir Macedo, R. R. Soares e
muitos outros fundadores de religiões foram intuídos por Deus mostra uma grande
ignorância de quem defende este princípio.
Se todos os
profetas e fundadores de religiões fossem intuídos pelo próprio Espírito de
Deus, como cada um deles afirma, então Deus seria imperfeito, injusto e o maior
complicador e enganador que existe em todo o Cosmo, pois ele seria sim o
causador de muitas guerras religiosas entre os seguidores de uma religião com
os de outra. Os fundadores das religiões, com raras exceções, foram intuídos
por espíritos criados, que tinham seus objetivos próprios e usurparam o nome de
Deus.
Vou comentar
apenas sobre os 3 primeiros.
Moisés ensinou e pregou a destruição dos povos
que habitavam a Palestina: “Obra executada por Josué”. Moisés também utilizou
de magia negra contra o povo egípcio, culminado na 10ª praga, que foi a morte
de todos os primogênitos das famílias egípcias (Ex 12, 29 a 34). E também por
meio da magia negra derrotou o Faraó com todo o seu exército e isso não teve
nada de perfeito ou divino. Moisés também utilizou o poder espiritual para
derrotar Amalec (Ex 17,8 a 16) e isso foi sim uma prática da magia negra, que
não é divina.
Jesus ensinou e pregou o perdão e o AMOR para
com todos e até para com os inimigos (Mt 5,44). Jesus ensinou a fidelidade
plena em tudo e até no casamento monogâmico, pois Jesus condenou a infidelidade
até pelo pensamento (Mt 5,27 e 28). Jesus condenou o divórcio, que é uma lei
humana, que legalizou o adultério condenado por ele (Mc 10,11 e 12) e pela lei mosaica
(Ex 20,14 e Dt 5,18). Isso foi divino e perfeito. Jesus não fundou nenhuma
Igreja e nem religião, o cristianismo foi fundado em função das perseguições do
Sinédrio Judeu contra os seguidores dos ensinamentos de Jesus (Atos 4 a 9).
Maomé ensinou e pregou a destruição e a morte
aos inimigos do Islã. Maomé ensinou o casamento conforme o regime da poligamia,
no qual só a mulher tem que ser fiel ao homem e isso é colocar o homem numa
posição de superioridade para com a mulher. Isso foi perfeito e divino?
Toda religião
forma uma “imensa egrégora”, que é também o inconsciente coletivo do grupo
religioso, que sempre terá como líder máximo o espírito, que foi o mentor do
médium ou profeta, que criou o grupo religioso no plano físico e esse espírito também
passa a ser considerado como se fosse o próprio Espírito de Deus por todos os
membros do tal grupo religioso. Todo fundador ou criador de alguma religião
(profeta ou médium) continua sendo o principal responsável por todos aqueles,
que fizeram, fazem e vão fazer parte da tal religião.
Ninguém pode
enganar, destruir, dominar ou matar o outro ou os outros em nome de Deus. Deus
é um espírito (Jo 4,24) e faz parte da Espiritualidade, que é o conjunto que
contém todos os espíritos. Existem muitos espíritos, que usurparam o lugar de
Deus e como Deus respeita plenamente a liberdade de todos, então Deus tem uma
bondade e paciência infinitas para com todos e espera sempre a chegada da hora
certa para intervir no plano físico.
No atual momento
cósmico, o Espírito de Deus voltou a intervir no plano físico como fez no tempo
de Jesus há dois mil anos. Entenda quem possa entender. (22/06/2011)”. (Vide as
cartas (2) para o Papa João Paulo II (02/09/1989), a 8ª para o frei Basílio
(31/03/1995), a 4ª para o bispo Dom Célio de Oliveira Goulart (21/01/2001) e a
carta introdutória da apostila, que foi enviada para 8 cardeais brasileiros
(29/03/2001) e que está no capítulo VII deste trabalho).
O capítulo VI -
Paz Plena deste trabalho, que é uma profecia para o futuro do Planeta Terra, é
o resultado das revelações recebidas da Espiritualidade, que inclui o Espírito
de Deus (João 16,13) e também uma realização das profecias sobre a paz do
profeta Isaías e do mestre Jesus e que também está profetizado no Apocalipse
13,16 a 18).
Para compreender
que a Era da Paz, que foi profetizada por Isaías, chegou para toda a humanidade
basta estudar e entender o que passou a acontecer na Europa no final do 2º
milênio cristão. Nos dias atuais já se pode dizer que a União Europeia é sim um
grande país, cujos países estão se tornando seus Estados. Estes mesmos países
estiveram guerreando uns com os outros nos últimos três milênios. Quanto se
gastou e se perdeu em torno de todas essas guerras iníquas, devastadores e sem
resultados positivos?
No ano de 2011 tomei conhecimento do fantástico trabalho
(20) do José Pinheiro de Souza (JPS), que se libertou dos ensinamentos
dogmáticos da ICAR já com os 57 anos de vida como um excelente católico, sendo
que, em 12 deles, ele viveu na Congregação Salesiana.
O JPS libertou-se dos ensinos dogmáticos da ICAR e agora ele
precisa se libertar dos teólogos liberais e pluralistas do grupo conhecido como
o “Seminário de Jesus”, pois no meu ponto de vista ele está à frente na
compreensão da Verdade do que a maioria dos membros do “Seminário de Jesus”.
Eis alguns dos meus comentários escritos no livro (20a): “Entrevistas
com Jesus: Reflexões Ecumênicas”:
Pág. 9: Muito interessante mesmo, pois desde o
início da minha vivência mediúnica senti a “necessidade” por intuição da
Espiritualidade do trabalho em prol da Paz Religiosa.
Só agora 31 anos
depois vem ao meu conhecimento livros do José Pinheiro de Souza, que pensa como
eu já pensava desde o início da minha vida mediúnica. (03/06/2011).
Pág. 13: Ninguém
vai prestar contas a Deus, pois Deus AMA indiferentemente a todos e para Deus
todos são iguais, desde aquele que está no último degrau da escala evolutiva
até aquele que está no primeiro degrau da mesma. (03/06/2011).
Páginas 16 e 17: O
AMOR é realmente essencial para implantar a PAZ no seio da humanidade. Jesus, o
Mestre do AMOR, ensinou esse caminho há dois mil anos e por que a PAZ ainda não
foi edificada aqui no Planeta Terra?
O profeta da PAZ,
o Isaías, já anunciou a vitória da PAZ há quase três mil anos e por que o tempo
de PAZ ainda não chegou?
Falar ou defender
a equivalência entre as religiões é desconhecer a VERDADE, que liberta (João
8,32) e comentar sobre assunto que não se conhece e testemunhar aquilo que
nunca se viu (João 3,11).
A verdadeira
construção da PAZ e a vivência do AMOR é realmente a união entre as profecias
de Isaías e a prática dos ensinamentos do Mestre do AMOR, Jesus. Isso é
realmente a construção do CÉU aqui na Terra, que é a vinda do Reino de Deus para
toda a humanidade, como Jesus nos ensinou a pedir na “Oração do Pai Nosso” (Mt
6,10).
Agora só poderá
falar do CÉU e ensinar a construção do CÉU, quem já conhece o CÉU e desceu do
CÉU (João 3,13). Esse é também aquele que vai conduzir a quem quiser à plena
verdade, pois ele será o Espírito da Verdade encarnado na terra (João 16,13).
Entende quem puder entender... (04/06/2011).
Página 173. “Jesus
histórico” e “Cristo da fé”:
Quando Paulo falou ou escreveu isso, como todos os outros autores dos livros do
NT, então o “Cristo da fé” era sim uma continuação perfeita do “Jesus
histórico”, pois todo “ser humano”, quando desencarna continua agindo como agia
no plano físico: é isso que ensina a Doutrina Espírita, então o “Espírito de
Jesus” continuou agindo conjuntamente com os seguidores dele (Atos 9,1 a 18).
Nesses casos e em
função do nível evolutivo do espírito, o “espírito” passa a ter um “poder” tão
grande, que protege a todos os seus amigos encarnados. Logo após a
desencarnação os agentes do trigo, que são da LUZ, passam a agir com toda a
LIBERDADE. Aonde eles chegam tudo se transforma em LUZ e os agentes do joio,
que temem a própria sombra, desaparecem no meio da LUZ e fogem para as trevas
exteriores, que também estão nos interiores deles, aqui também semelhante atrai
semelhante.
Veja, leia e
analise os seguintes relatos bíblicos no Novo Testamento: o nascimento de Jesus
(Lc 2,1 a 20); apresentação de Jesus no Templo (Lc 2,22 a 38); os diversos
relatos dos trabalhos de Jesus, quando auxiliou aos obsedados; a Transfiguração
de Jesus (Mt 17,1 a 13; Mc 9,2 a 8 e Lc 9, 28 a 36); os acontecimentos logo
após a desencarnação de Jesus na cruz (Mt 27,51 a 56); o Pentecoste bíblico
(Atos 2,1 a 41); o caso do casal Ananias e Safira (Atos 5,1 a 11); a espantosa
libertação dos apóstolos da prisão (Atos 5,17 a 33); a intervenção de Gamaliel
a favor dos apóstolos (Atos 5, 34 a 42); o discurso e a desencarnação de
Estevão (Atos 7); a conversão de Paulo (Atos 9, 1 a 19).
Depois do capítulo
12 de Atos, outros espíritos poderosos e seguidores de Jesus começaram a
desencarnar e também começaram a agir no plano astral a favor dos seguidores de
Jesus e o primeiro destes foi o apóstolo Tiago, que foi decapitado (Atos 12,2)
e imediatamente agiu com o poder da LUZ, que já possuía e libertou o apóstolo
Pedro da prisão (Atos 12, 3 a 17).
Com o passar dos
dias, dos meses, dos anos e dos primeiros séculos o plano astral foi ficando
“cheio de espíritos desencarnados”, que seguiam a “doutrina cristã” e como
todos continuaram agindo como agiam antes, então semelhantes do plano astral
aproximavam de semelhantes no plano físico e por causa das ações dos “espíritos
desencarnados”, então o conjunto deles passou a ser chamado de “Espírito Santo”
(como se fosse um só e não um conjunto), e para representá-los foi criada a 3ª
pessoa do Mistério da Santíssima Trindade, que juntamente com a 1ª pessoa, Deus
Pai e a 2ª pessoa de Jesus, Deus Filho, formaram o Deus Uno e Trino, que foi
transformado em “dogma”.
As disputas do
plano físico foram sendo transferidas para o “plano astral” e o conjunto do
“Espírito Santo” foi crescendo e crescendo e surgiram novos conceitos: “O Eu Superior
e o ego ou eu inferior”.
Finalizando digo
que o “Cristo da Fé” dos primeiros seguidores de Jesus, era o próprio Espírito
de Jesus desencarnado e o “Cristo da Fé”, depois de Atos 12, passou a ser a
“união ou o conjunto de todos os seguidores de Jesus desencarnados”. E o
“Cristo da Fé” a partir do ano “100” da Era Cristã nada mais tinha a ver com o
“Espírito de Jesus”, pois as divisões doutrinárias do plano físico foram para o
plano astral.
O “Cristo da fé”
da atualidade nada tem a ver com “Cristo da fé” dos primeiros séculos da Era
Cristã, pois o plano astral está “lotado de seguidores de Jesus desencarnados”
e com ideias totalmente opostas entre eles e bem diferente dos ensinamentos de
Jesus, enquanto vivia como um ser humano.
É isso que ensina
a Doutrina Espírita, a qual os membros do “Seminário de Jesus” não conhecem ou não
querem aceitar nada da mesma! (07/10/2011).
Eis alguns textos
que escrevi no livro (20d) “Paulinismo – A doutrina de Paulo em
oposição à de Jesus”:
Pág. 17: Discordo da tese sobre o “Paulinismo” porque quem converteu o
Saulo para o Paulo (Atos 9, 1 a 18), que deixou o judaísmo e passou para o
cristianismo, foi o “Espírito de Jesus”, que também foi o 1º mentor dos autores
dos livros do Novo Testamento. (11/12/2011).
Pág. 121: Digo com toda a sinceridade que quem defende a tese do
“Paulinismo” e do “Cristianismo” desconhece de verdade a VERDADE. Este precisa
estudar, compreender e se libertar via Doutrina Espírita, Teologia da
Libertação e Teologia da Verdade. É necessário fazer uma síntese entre
“Paulinismo” e “Cristianismo”.
É duro dizer que todos os membros do grupo “Seminário de Jesus” são
sofistas em torno da Teologia e até da Cristologia.
Jesus é um “Espírito criado e evoluído”, que encarnou entre nós e
ensinou como um ser humano e trabalhou como um espírito logo em seguida, como o
maior mentor de seus seguidores do 1º século cristão (Atos 9, 1 a 18).
Atualmente o Espírito de Jesus está reencarnado na Terra e é irmão do
Espírito, que foi sua mãe, Maria de Nazaré. Jesus veio participar do
encerramento da transformação da Era de Provas e Expiações para a Era de
Regeneração do Planeta Terra. Tenho dito e escrito. Rosário (02/01/2012).
Páginas 126 e 127: Os ensinamentos da Doutrina Espírita nos
possibilitam o estudo e a compreensão das ações de um “espírito” durante a sua
vida, como encarnado aqui na terra e o que ele fez antes e logo após a sua desencarnação.
A Doutrina Espírita ensina que um ser humano logo após a sua
desencarnação continua pensando da mesma forma e passa a agir em torno daqueles
que têm condições de levar adiante as realizações dos seus objetivos, enquanto
estava encarnado e foi isso que fez o “Cristo da fé” em torno do apóstolo Paulo
(At 9, 1 a 18). O Paulo era um homem em condições de retirar ou libertar seus
primeiros seguidores do dogmatismo judaico.
Se Paulo não tivesse existido, pois antes da conversão ele era o Saulo,
dificilmente iria existir cristianismo, pois os ensinamentos de Jesus iriam
sucumbir perante o que tinha ensinado o grande legislador e profeta hebreu, o
Moisés. O Moisés é seguido “ipsis literes” pelo judaísmo até hoje. Falta da TV
via TL e DE para os condenadores do Paulo. (04/01/2012).
Eis dois textos,
que escrevi no livro (20f): “Três Maneiras de Ver Jesus – A maneira
histórica, a mítica literal e a mítica simbólica”, de José Pinheiro de
Souza.
Pág. 9: A prática do AMOR, no meu ponto de vista, não pode
ser adequadamente chamada de “a verdadeira religião”, pois o religioso tem que
acreditar em Deus e na vida espiritual e todo bom ateu também pratica atos de
AMOR para com todos. (05/01/2012).
Páginas 217 e 218.
Encerrando a
leitura deste 6º livro do José Pinheiro de Souza, decidi escrever um pouco
sobre a forma imperfeita de ensinar que “Deus está dentro de nós” e outras expressões
semelhantes: Cristo interno, o Deus interno, a Centelha ou Chama divina que
está dentro de nós.
Veja na 3ª carta
escrita (29/01/2000) para o bispo Dom Célio (2) a explicação, que foi dada
sobre o Mistério da Santíssima Trindade e complementada pela carta para o
Doutor Carlos Magno Ramos. Muitos teólogos, filósofos e pensadores confundiram
Deus com o imenso conjunto cósmico, no qual tudo está contido, inclusive o
Espírito Incriado de Deus e nada existe fora dele. Muitos outros pensaram que
Deus era o conjunto de todos os espíritos, que é a Espiritualidade, como já
existiam o Deus Pai, que é o ETERNO PRESENTE e Jesus, como Deus Filho, então
eles criaram o Deus Espírito Santo para representar a Espiritualidade, que foi
criada.
Nós, espíritos
encarnados, somos sim um espírito criado em evolução, uns estão mais adiantados
do que os outros. Dentro de cada ser humano está um espírito criado encarnado e
é esse espírito, que já teve muitas encarnações, que é confundido com o
Espírito de Deus, que está dentro de cada um, ou com a Centelha ou Chama
divina, até mesmo com o Cristo Cósmico, ou o Ser Profundo de cada ser.
Estuda a TV
(Teologia da Verdade), TL (Teologia da Libertação) e a DE (Doutrina Espírita) e
irá poder entender o que aqui estou tentando explicar.
E também por causa
desta forma inadequada de pensar sobre Deus é que surgiu a ideia da imanência
de Deus em cada criatura. Isso, para mim, está muito claro na resposta dada à
pergunta 15 de “O Livro dos Espíritos” pelos espíritos: “O homem não podendo se
fazer Deus, quer ao menos ser uma parte dele” ou que Deus habite nele de uma
forma imanente ou que ele seja uma Centelha ou Chama divina. (Rosário.
23/01/2012. Às 15,16horas).
Veja o que escrevi no livro (19) “Em Plena Liberdade”:
Pág. 3: “Em
Plena Liberdade” - Na realidade só poderá existir liberdade quando for
aceita e compreendida a Teologia da Libertação por meio da Teologia da Verdade
e todos os ensinamentos dogmáticos forem retirados da Teologia. O mistério da
fé não explica nada e nem convence mais a quem busca a Verdade com plena
liberdade.
Páginas 7 a 11: Pluralismo e Liberalismo Religioso.
Eis aqui um ensinamento bem sofista em termos da Teologia e
da Verdade.
Teologia nos ensina a compreender e conhecer cada vez mais a
Deus, mas os seres humanos só podem realmente entender a Deus por meio de
revelações feitas pelo próprio Espírito de Deus e para receber as revelações de
Deus é necessário ter puro o coração (Mt 5,8).
Agora como Deus pode se revelar e todos os espíritos,
encarnados e desencarnados, foram criados à imagem e semelhança do Espírito de
Deus (Gn 1,27), então qualquer espírito criado pode também se revelar.
Um espírito criado, enquanto vive num corpo de carne, recebe
muitas informações e ensinamentos, que para ele passam a serem informações
corretas e verdadeiras. Os dogmas da ICAR, por exemplo, são princípios, que
foram ensinados como verdades indiscutíveis e absolutas.
Deus não fundou nenhuma religião, então nenhum templo ou
igreja de pedra é a casa de Deus, mas todo templo ou igreja de pedra é um local
de um líder religioso de um pequeno ou grande agrupamento de pessoas. Qualquer
líder religioso defende que a sua igreja é a igreja verdadeira e que foi
fundada diretamente por Deus.
Deus não é um patrão que fiscaliza o que se leva para Ele,
Deus recebe e trata a todos de uma forma totalmente igual. Deus não é um SER a
quem devemos prestar contas, pois os que cobram as contas são os “juízes”, que
devem obedecer as exigências das leis, que devem ser sempre cumpridas e
obedecidas.
A caminhada evolutiva de cada Espírito criado simples e
ignorante pode ser representada pela comparação de um “rolo de linha”, que vai
sendo feito pelo próprio espírito, enquanto caminha rumo à perfeição.
No início da caminhada o espírito recebe uma certa quantia
de linha para ir enrolando em uma de suas pontas, sendo o ponto inicial da
caminhada. Quando o volume da linha acaba, então ele ganha ou adquire um novo
rolo de linha e emenda a ponta final do seu rolo com a ponta do novo rolo e
continua enrolando o seu rolo. E assim continua fazendo enquanto continua a sua
caminhada, que poder ser muito longa ou não.
Enquanto caminha ele mantém diálogos com diversas pessoas,
umas possuem mais conhecimentos do que ele e outras nem sonham para que fazem o
seu “rolo de linha”. Num dos diálogos, alguém lhe fala que todos estão numa
certa disputa enquanto caminham e no final irá vencer aquele que tiver o maior
rolo.
Outro já fala que o vencedor será aquele que tiver o maior
rolo, mas executado com perfeição, então o rolo tem que aparecer com uma bola
perfeita. Outros ainda dizem que aquilo é uma bobagem e ninguém precisa fazer
rolo algum, pois foi algum lunático que falou sobre isso.
Mas por desconhecimento do futuro e por segurança todos vão
fazendo o seu próprio rolo.
Finalmente alguém descobriu que no “rolo de linha” está
registrado todo o passado de cada ser e por meio do mesmo será feito o
julgamento final ou conseguir a possibilidade para entrar no “CÉU”, que é um
lugar de felicidades e gozos eternos, onde todos irão poder descansar no “Reino
de Deus”, que foi preparado para os bons.
Depois vieram muitos outros e ensinaram que um “homem” já
tinha ajeitado para que todos pudessem entrar e bastava acreditar no que esse
homem disse e ensinou, morrendo por quem acreditasse nele. Esse homem é Jesus e
os muitos outros são aqueles, que ensinam e acreditam que Jesus derramou o
sangue na cruz por todos aqueles, que acreditassem nele como o único salvador.
Mas alguém, que teve sua vida toda complicada e cheia de
pecados e sabia que aquele seu “rolo de linha” tinha que ser grande e que
registrava toda a sua história de vida, aproximou-se de um pastor e relatou
suas dificuldades. O pastor então lhe deu este conselho, após saber quanto de
linha ele já tinha enrolado: “Acredita em Jesus e isso lhe basta. E para a sua
tranquilidade adquire outra quantidade de linha suficiente e entra para o seu
quarto e faça um novo rolo, queimando o primeiro e ninguém mais irá saber o que
você fez, pois o “sangue de Jesus já o salvou””.
Mas quando chegou a hora de entrar para o “CÉU” foi lhe
pedido o rolo e o mesmo estava executado com perfeição. O porteiro do “CÉU” o
recebe com alegria e o deixa ficar numa área reservada para todos aqueles que
vão chegando e lhe diz:
“Fica aqui, pois o seu rolo vai ser revisto pelos
responsáveis pela segurança do “CÉU”, pois só poderá entrar quem estiver em
condições perfeitas. Agora pode ficar tranquilo, pois o seu rolo foi feito com
perfeição”.
Logo que os responsáveis começam a rever a história daquele,
que chegou, viram que o início da linha estava em branco e logo um deles foi
conversar com o novato. De cara foi lhe dito:
“O seu rolo é uma enganação, pois a partir de um certo ponto
ele está em branco. Sua vida até ali foi ótima, mas só podemos aprovar a você
depois de vermos a parte que está em branco”.
Logo aquele indivíduo se defende dizendo que fez aquilo
porque foi orientado pelo pastor “X”.
Então o responsável lhe diz: “Bom, então você vai procurar
pelo pastor “X”, pois aqui você não pode ficar. O problema é todo seu com o
pastor X”.
Para quem julga e acredita na vida única, o rolo de linha é
apresentado como a história de sua vida, onde tudo está registrado e as
“emendas” representam as fazes de sua vida. Já para quem conhece as vidas
sucessivas os intervalos entre as “emendas” representam cada encarnação, que o
espírito já teve.
E cada um chega ao plano espiritual do grupo (ou egrégora)
no qual desencarnou. Já a entrada final no “CÉU” só irá depender das atitudes e
ações de cada um. Ninguém pode passar para o outro seus créditos pessoais ou
ninguém pode “salvar” o outro, mesmo que possua um imenso AMOR.
Só poderá sentir e viver na presença do grupo dos eleitos
aqueles que já têm o coração puro (Mt 5,8). E quem libera um SER para ir para o
grupo dos eleitos é o fundador da egrégora na qual o SER desencarnou. Após a
liberação do fundador, o SER será analisado pelos responsáveis para a entrada
para o grupo dos eleitos. Entenda quem puder entender. (29/01/2012).
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