VIII - Teólogos defensores da Teologia da Libertação.
Entre os vários livros e artigos do Leonardo Boff, que li, o
primeiro me foi emprestado por um de meus irmãos, cujo título era: “Vida Além
da Morte”, se não me engano. Lembro de que o assunto que mais me
interessava em função do título e do capítulo foi também o que mais me
decepcionou, pois ele apenas citou algumas frases do teólogo Santo Agostinho,
que morreu no ano de 430. O que ficou claro mesmo para mim é que o grande
teólogo da Libertação estava ainda bitolado teologicamente no início do V
século da Era Cristã sobre assuntos além da morte do corpo físico.
O Boff não conseguiu ver e nem entender as artimanhas dos
inimigos de Jesus e da Igreja e confundiu tudo. Inicialmente, ele descumpriu os
votos solenes, que fez, quando começou a atacar e até a caluniar seus
superiores, aos quais ele prometeu obediência, pois o papa é o superior maior
de todo católico e, principalmente dos religiosos católicos como são os
franciscanos, que fizeram livremente os votos solenes de pobreza, obediência e
castidade (veja o livro: “Igreja Carisma e Poder”).
O Boff deveria se humilhar como fez Pierre Teilhard de
Chardin, quando por ordem de Roma deixou as cátedras europeias e foi para a
China ser missionário de simples e poucos católicos, pois o Boff não aceitou o
segundo pedido de “silêncio obsequioso” em 1992 por parte de Roma, como já
tinha aceitado em 1985, mas deixou a hierarquia da ICAR, deixando também a TL
órfã, pois ele era o seu principal defensor. A teologia do Boff, para mim, tornou-se
colorida, primeiro foi da cor vermelha do marxismo ateu e do PT, quando não
soube diferenciar a Doutrina Social da ICAR da ideologia marxista ateia e
tirânica, e, agora é o verde do PV. Após deixar a hierarquia foi parar no meio
dos ecologistas, que o receberam de braços abertos, mas como foi formado na Teologia
dos mistérios e não em Ecologia, então misturou tudo criando mais confusão em
torno da Teologia. Ele, para mim, nunca irá conquistar a Verdade, pois perdeu-e
na TL e nunca irá chegar na TV. Ele ainda apoiou politicamente a pessoas
defensoras da descriminalização do aborto e aborto para a Bíblia é crime, pois
mata um ser vivo completamente inocente, que não pode se defender. O Boff ainda
está preso nos princípios bitoladores da Doutrina Católica, porque ele entendeu
a TL numa visão exotérica e não esotérica, ficando então perdido no caminho
para encontrar a própria Verdade, que liberta.
Escrevi uma 2ª carta (2) para o Boff no dia no dia
05/05/1997, após ter lido e ficado mais decepcionado ainda com ele em função do
livro: “Brasa sob Cinzas” (8). Neste livro ele defende o sexo livre
(vide páginas 20 e 21). Além de orientações infelizes, para mim, ele não condenou
o terrível e vil voto guerreiro Jefté, quando o citou para comentar sobre uma
virgem, que morreu virgem sem ter praticado sexo! Ele deveria condenar e até
explicar a grande ignorância do líder político e guerreiro de Israel. Jefté fez
o que hoje chamamos de magia negra, pois sacrificou a própria filha (Jz 11,
39).
Se hoje é crime e errado, no passado também o era. Mas o Boff
defende e diz que o choro das amigas da jovem não foi pela ignorância do pai em
cumprir o voto vil e criminoso, mas porque uma jovem morreu virgem. Relação
sexual por relação sexual nunca foi AMOR. O adultério foi condenado por Jesus
até pelo pensamento (Mt 5,28).
Vou divulgar aqui alguns trechos da carta que escrevi para o
Leonardo Boff em 05/05/1997 (2), logo após ter lido o livro “Brasas sob
Cinzas” (8):
1º) Atualmente sou um pesquisador teológico independente e
estudo a “Bíblia Sagrada” sem nenhum compromisso com esta ou aquela
doutrina, ou mesmo preconceito desta ou daquela doutrina. O meu compromisso
é com DEUS-PAI-MÃE e com a VERDADE. Por isso cheguei a conclusões muito
interessantes, que deveriam ser analisadas por especialistas em exegese, que
tenham suas mentes abertas e “coragem para pensar no já pensado”.
Com esse objetivo já escrevi para muitos teólogos, membros
da Hierarquia da Igreja Católica Apostólica Romana, mas esses homens estão
muito ocupados com seus trabalhos, “quase profissionais” e não têm tempo de
“buscar a ovelha perdida”; ou possuem um severo compromisso com o “direito
canônico”, por isso respondem-me com o silêncio, ou ainda considerando-me um
herege do século XX. Esquecem que “DEUS” é onipotente e livremente escolhe
os seus enviados ou mensageiros.
2º) A razão dessa carta é porque fui interrogado por uma
amiga sobre o seu livro: “Brasa sob Cinzas”, que foi lançado
Com referência a Verônica, digo que você viu apenas o
efeito, mas para tudo temos que buscar a causa. Não podemos ver na
observação da jovem algo sem causa. A doença dela não foi fruto do acaso ou
uma falha na perfeita criação de Deus-Pai-Mãe, o pleno de AMOR E PERFEIÇAO.
O acaso não existe, para tudo temos que buscar uma explicação, compreensão e
entendimento do porquê e não lamentar o efeito. A justiça invisível é perfeita
e justiça é sempre cega, como também cobra até ao último centavo.
Já a comparação do caso de Verônica, a jovem que
morreu de leucemia e “virgem sem se sentir virgem”, com a triste história
bíblica de Jefté e sua filha, julguei-a muito infeliz. Decepcionei muito
mesmo com a sua atitude, pois você não condenou o nefando e vil voto e sua
realização, mas justificou o choro das amigas da inocente jovem “porque
ela não experimentou o êxtase e o amor fecundo de um homem” (Vide Juízes,
11).
Para mim você perdeu uma ótima ocasião para condenar o
bárbaro erro e crime do guerreiro Jefté, que cumpriu o vil voto feito a um
tirano invisível e nunca a Deus-Pai-Mãe-Amor. Se um ato como aquele fosse
realizado hoje seria crime perante a sociedade e perante Deus, então na antiguidade
também deveria ser: quem evoluiu foram os homens e não Deus! Ou será que
Deus também se aperfeiçoou? Para mim é mais outra grande ignorância e os
teólogos se calam perante ao povo!!!
Existem muitos acontecimento bíblicos, que hoje seriam
considerados como atos de “magia negra”. Se hoje são, ontem também o eram. Não
podemos nunca pensar que Deus-Pai-Mãe-Amor pôde aprovar atos de magia negra, como
expus na 4ª carta para o Padre João Batista Libânio.
No caso do seu encontro e diálogo, após o batizado, do
capítulo II, fiquei perplexo com sua meditação e vergonha de você mesmo. Aquele
ato, ao qual você refere, nunca seria a expressão de um amor maior. Para
mim, você faria um ato de muito amor mesmo, se voltasse lá e a tratasse como
uma pessoa digna de ouvir de sua boca o que Jesus nos ensinou a ensinar e
amá-la como Jesus nos ensinou a amar. Dizer para ela o que Jesus disse para a
mulher adúltera (Jo
Nos dias de hoje se confundem muito o ato sexual como uma
prova de amor e entrega, mas só o ato sexual coloca o ser humano num nível
inferior aos animais irracionais, pois estes procuram e fazem o acasalamento só
na época do cio para a reprodução, não existindo amor e fidelidade plenos. Já o
ser humano se guarda para aquele ou aquela, que juntos irão viver a beleza da
entrega de si mesmo em completa fidelidade... Só haverá a plenitude do amor
físico e da paz na terra, quando existir fidelidade, amor e entrega dos dois
lados. Não havendo fidelidade plena existe o adultério, assim nos ensinou o
mestre Jesus, ou o que está escrito é falso?
Muitos confundem o amor com a infidelidade e traição, e,
a liberdade como a libertinagem!!!
A nossa educação de católicos não nos preparou e nem prepara
para a libertação e a vitória pela morte; isto é: a ressurreição, após uma vida
digna, honesta e pura, mesmo que seja em condições indignas. O que vale,
espiritualmente falando, é aquilo que as traças ou a ferrugem não consomem.
Do capítulo VIII: “A lata de lixo que Deus não tem”,
faço os seguintes comentários:
- “Deus não é família, mas utiliza da família para a
evolução de sua obra, e assim pois possamos vivenciar o seu
grande amor, já que participamos intensamente da evolução de sua obra
criada e com muito amor, sendo nós mesmos os responsáveis por nossa evolução
(salvação).
A trindade ensinada sobre Deus-Pai-Mãe foi e é uma imensa
gafe, como também um grande sofisma, que a ortodoxia buscou nos ensinamentos do
Egito e Oriente (Índia) e nos fez engolir algo como o “Mistério da Santíssima
Trindade”: um dogma e mistério, que nos foi imposto.
Só existe “mistério” por causa da ignorância e
orgulho dos sábios e “dogma” é a fórmula encontrada por aquele (ou aqueles),
que mandava ou manda e sabe menos, impor a vontade dele, já que quem discordava
era considerado como um excomungado ou herege. Tivemos que calar perante
muito pseudos dogmas impostos como a verdade pura e cristalina.
3º) Em “A terra dos justos e dos bons” podemos ver a
constante busca da paraíso perdido. Ensinar que este encontro só acontece com a
morte física do corpo, é ainda uma decepcionante fórmula de nos ensinar a
beleza da vida, da libertação e da ressurreição. Jesus mesmo já nos ensinou:
“Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará” (Jo
8,32) e “Eu vim para que tenham vida e vida em abundância” (Jo
10,10), também: “O Reino de Deus está dentro de vós”. Temos que viver o
“céu” já aqui na terra mesmo. Céu não é um lugar, mas um “estado de
espírito”.
4º) Quem evolui somos nós, os seres humanos. Na hora
certa, que só o Pai sabe, Deus-Pai-Mãe intervém e vai se revelando a medida que
aparece alguém que pode receber, entender e divulgar a revelação do próprio
“Espírito Incriado”, que é Deus-Pai-Mãe. Esse alguém tem que ter coragem
para enfrentar as estruturas organizadas, que só aceitam aquilo que está de
acordo com elas ou com o interesse de seus dirigentes. Jesus foi crucificado
por causa disso.
Quem escolhe os representantes de Deus na terra é o
próprio Deus e não as estruturas humanas, que foram e são orientadas
para só receberem aquilo que querem receber como orientação do “Espírito
Santo”. Por isso tudo muitas Verdades foram condenadas como heresias.
Você sabe muito bem disto, já que sentou na mesma cadeira,
que foi utilizada por Galileu Galilei e Giordano Bruno. Um foi perdoado, porque
retratou e o outro condenado a morrer na fogueira, já que era mais corajoso e
cheio de fé, porque conheceu a Verdade, que liberta dos princípios que
bitolam a nossa mente e a nossa liberdade de pensar.
5º) Lendo os livros: “Face Oculta da Mente” e os dois
volumes de “As Forças Físicas da Mente” do Padre Oscar Gonzalez Quevedo, pode-se
ver como a ignorância sobre DEUS por parte dos teólogos é imensa. Esse
grande sábio homem da Hierarquia da Igreja Católica Apostólica Romana e da
parapsicologia desviou a ignorância dele sobre DEUS para o “inconsciente”,
dizendo que tudo tem sua razão e explicação no “inconsciente”. Esses livros
quando referem e explicam sobre a “mente consciente” são fantásticos mesmos,
mas quando referem à “mente inconsciente” não valem nada mesmo; isto é: uma
ignorância plena ao lado de uma grande sabedoria, que contradição! (Final dos
relatos da carta para o Leonardo Boff).
Sobre o livro “Consciência Planetária e Religião –
Desafios para o século XXI” (9) digo apenas isso: “seus autores são
defensores da Ecologia e nada sabem sobre Teologia. Teologia é uma ciência bem
diferente da Ecologia e só consegue entender isso quem já encontrou a saída do
labirinto, que foi criado pelos teólogos cristãos nos 20 séculos de
cristianismo. Muitos ainda confundem Deus com a obra de Deus e defendem que
Deus está imanente em toda criatura. Isso cheira panteísmo, monismo e ou
panenteísmo”.
No livro “Espiritualidade - um caminho de transformação”
(7), o teólogo Leonardo Boff confunde o Espírito de Deus com a
“Espiritualidade”, que é o conjunto de todos os espíritos, inclusive do
Espírito de Deus (Jo 4,24) e ou com o imenso conjunto cósmico, que é o TODO e
no qual tudo está contido e nada existe fora dele. Após ler mais esse livro ficou
claro para mim, além da falência do Boff como um verdadeiro teólogo e defensor
da TL, ele se complicou também como mestre.
Após ter lido o livro: “Lembranças de minha vida” (5),
do cardeal Joseph Ratzinger, deu para entender um pouco do drama existente
entre o cardeal Joseph Ratzinger e o teólogo Leonardo Boff. Hoje dou razão ao
papa Bento XVI, pois realmente o Boff estava errado quando não conseguiu ver a
diferença entre a Doutrina Social da ICAR e o Evangelho da ideologia enganosa
do comunismo marxista ateu. O Boff deveria ter se humilhado e aceito o 2º
pedido de silêncio por Roma, seguindo o caminho e o exemplo do teólogo e padre jesuíta
Pierre Teilhard de Chardin, e, ai ele iria ter tempo para entender e reconhecer
que a TL é para todos e não só para os pobres (OPP). A libertação também só
acontece via conhecimento e compreensão da verdade (João 8,32 e 16,12 a 15).
Quem sabe o Boff poderia até ter chegado à compreensão da Verdade ou da TV?
O Boff deveria estudar e entender bem a epístola de Paulo a
Filêmon, pois isso iria ajudá-lo a entender com clareza a TL e até, quem sabe,
a TV. Ele, como franciscano, era um verdadeiro comunista, pois os franciscanos
por livre e espontânea vontade renunciam a tudo e fazem os votos solenes de
castidade, pobreza e obediência, vivendo assim num verdadeiro sistema
comunista, pois tudo entre eles é comum. Ele não conseguiu separar a verdadeira
Doutrina Social da Igreja, que é evangélica e até comunista, pois no início os
cristãos tinham tudo em comum (Atos 2, 44 a 47 e 4,32 a 35) da enganosa e
traiçoeira ideologia do marxismo ateu, que nunca foi comunista, mas sistemas de
governos tirânicos, que tomavam tudo de todos e tudo pertencia ao Estado. Agora
o “Estado” era de uns 5 a 10% da população, que reinava com o poder de vida e
morte sobre todos os outros 95 a 90% da população, que eram apenas escravos ou
servidores do Estado.
No livro “Força Ética e Espiritual da Teologia da
Libertação” (3), do Pablo Richard vê-se a continuação de uma visão
exotérica e não esotérica da TL: “Nossa
proximidade era maior com os revolucionários ateus que com os opressores
idólatras” (página 27) e também “Devemos assumir o opção preferencial pelos pobres e excluídos” (página
38). As bases da TL do Pablo Richard são ainda muito bitoladoras, pois a
principal libertação só virá por meio da compreensão da Verdade, que liberta
(João 8,32).
No livro “Teologia e Ciências da Religião” (16), também
continua a visão exotérica da TL. No capítulo “O Círculo hermenêutico na
Teologia da Libertação”, o autor Paulo Sérgio Lopes Gonçalves cita 87 vezes a
palavra “fé”, só nas páginas 189 e 190 a palavra “fé” foi citada por 36 vezes.
Quanto mais “fé” tem o crente, menos ele terá condições para conhecer e
entender a Verdade, pois a “fé” cega o crente. Os homens-bombas possuem sim uma
imensa fé e por isso eles agem como agem, quando suicidam matando os inimigos
de sua crença. Veja o que foi escrito na página 192: “Sem os pobres, a Teologia da Libertação não consegue visibilizar o
conteúdo da fé com eficácia. Sem a fé, o discurso na perspectiva dos pobres se
torna ideologia e, portanto, não será teologia. Para ter os pobres como locus
theologicus faz-se necessária a
hermenêutica em sua integralidade de movimento de compreensão e de
interpretação, no qual a história, as diversas ciências e as fontes do conteúdo
da fé se movimentam como um jogo, cujo objetivo é que os horizontes da fé e dos
pobres se fundam na constituição do supracitado novum”. O autor escreve e
escreve, mas nada explica, pois a visão dele da TL é exotérica e está bitolada pela
cegueira da fé. Ele precisa conquistar a libertação nua e crua e a verdade, via
TL e TV.
No livro “Teologia da libertação - Perspectivas” (28),
do Gustavo Gutiérrez, pode-se ver com muita clareza e lucidez que o autor, que
fala muito em libertação, ainda não se libertou da doutrina dogmática da Igreja
e está perdido no labirinto teológico criado pelos teólogos cristãos, que foi
iniciado no primeiro século da Era Cristã. Ele tenta falar de uma falsa
liberdade, pois está semeando discórdia entre classes e pondo mais lenha numa
fogueira, pois está gerando mais confusão de conceitos e ideias... Onde já se
viu falar em Teologia da Revolução e da Política? A opção preferencial pelos
pobres é sim um dos principais objetivos da Doutrina Social da Igreja e não um
assunto de Teologia. A Teologia deve sempre nos falar da perfeição e bondade
infinitas de Deus, nos ensinar a viver e conviver bem com todos: esses
objetivos serão alcançados só por meio da harmonia e auxílio mútuo entre as
diversas classes da sociedade humana. Jesus nos ensinou a amar a todos e até
aos inimigos (Mt 5,44), como também nos orientou a agir como serpentes e pombas
(Mt 10,16), pois ele enviou os discípulos para trabalhar entre lobos e essas
feras humanas ainda são encontradas nas encruzilhadas da vida!
O autor está sim perdido no labirinto mental, que foi sendo
criado pelos seguidores de Jesus desde o primeiro século da Era Cristã. Ele
deveria ou deve compreender muito bem o que está escrito no Apocalipse 13,16 a
18, pois todos serão controlados por alguém de direito e com conhecimento de
causa: essa época chegou!
Veja o que escrevi nas páginas 209 e 210 deste livro: (“O Deus que liberta Israel é o Criador do
mundo”. Pág. 209). Discordo do autor, pois Iahweh libertou os
israelitas (Êxodo 3 a 15) com matanças e pragas e ainda deu ordens para
destruir outros povos (Ex 3,8 e Dt 7,1 e2), ordens que foram realizadas
conforme Josué 1 a 12: Isso não foi algo divino e nem perfeito, foi então obra
de um falso deus! (15/04/2014).
(“A criação, já o lembramos, é pensada em
função do Êxodo, fato histórico salvífico que estrutura a fé em Israel. Esse
fato é uma libertação política na qual se expressa o amor de Javé por seu povo,
e se acolhe o dom da libertação total”. Pág. 210). O Gustavo Gutiérrez nada
cita sobre a sequência de condenações ao anátema e quantos povos foram passados
ao fio da espada (Josué 1 a 12) – veja Josué 12,7 a 24. Isso não foi obra de
Deus, o perfeito e bom! (15/04/2014).
Interessante, pois esse texto está citado na encíclica do
papa Francisco: A Alegria do Evangelho
(6g) (Item 187). Ambos os autores omitem a ordem para matar e destruir outros
povos, como também a destruição depois, que foi realizada sob o comando de
Josué.
(“Javé convoca-o
não apenas para deixar o Egito, mas também, e sobretudo, “para levá-lo desse
terra a uma terra boa e espaçosa, terra de onde jorra leite e mel” (Ex 3,8)”.
Pág. 210). Que visão míope do Gutiérrez, mas isso é porque ele está preso no
labirinto teológico e mental criado pelos autores bíblicos e aprovado pelos
pensadores cristãos. A terra, que corre leite e mel, pertencia a outros povos,
que foram depois massacrados!
Como o teólogo não viu e nem entendeu isso!
(15/04/2014).
Idem - página 364: Neste livro e em todos os livros
sobre estudos bíblicos e teológicos existem muitas citações das epístolas de
Paulo de Tarso, que antes era conhecido pelo nome de Saulo (Atos 7,58 e 9), que
passou a ser chamado de Paulo (Atos 13,9). Ele, o Paulo, foi educado na lei de
Moisés, na qual constavam os rituais de sacrifícios de sangue (Lv 1 a 10; 1Sm
1,21; 1Rs 8,62 e 63; Lc 2,23 e etc.) e Paulo passou a considerar a morte de
Jesus na cruz como o sacrifício perfeito para redimir o gênero humano do poder
do pecado.
Para Paulo de Tarso todos os homens morreram em Adão e
receberam a vida em Cristo (1Cor 15,21 e 22); Jesus entregou-se por nós a Deus
como sacrifício (Ef 5,2); Cristo morreu por nossos pecados (1Cor 15,3) como um
sacrifício único pelos pecados (Hb 10,12). A função do sacerdote para o Paulo
era a de oferecer dons e sacrifícios pelos pecados (Hb 5,1).
Como se vê Paulo, que foi educado na lei do sacrifício,
aceitou e ensinou que a morte de Jesus foi sim um sacrifício perfeito.
Por meio das epístolas de Paulo foi iniciada a construção do
labirinto mental e teológico sobre a missão salvífica de Jesus, como também
sobre Deus, a Vida e a Verdade.
A conversão do perseguidor, Saulo ou Paulo, dos seguidores
de Jesus para o grupo dos discípulos de Jesus foi sim por intermédio de uma
intervenção do Espírito de Jesus (Atos 9,1 a 18) e Paulo ficou cego e sem comer
e beber por 3 dias (Atos 9,9). Para alguém compreender bem o Paulo, que foi o
único seguidor de Jesus, que foi convertido por Jesus em Espírito, precisa sim
viver ou ter vivido algo semelhante ao que foi vivido por Paulo.
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